Agricultura 4.0 para aplicação localizada de agrotóxicos
Agricultura 4.0 caracteriza-se pelo uso da conectividade para automação e troca de dados nas fazendas agrícolas, utilizando máquinas e implementos agrícolas conectados na internet. Esse conceito se destaca pela evolução da agricultura 3.0, que utiliza como principais atributos Agricultura de Precisão, gerenciamento de dados e telemetria, passando para o conceito de agricultura 4.0, incrementando os conceitos de internet das coisas (IoT), big data e agricultura digital (BONGOMIN et al., 2020).
A revolução digital afetou todos os setores da economia e na produção de alimento isso não é diferente. O monitoramento da plantação com hardware e software já é uma realidade em muitas fazendas inteligentes ou smart farms, usando dados em tempo real para interpretar a variabilidade espacial das culturas como auxílio na tomada de decisão mais eficiente e sustentável na aplicação de agrotóxicos (REGAN, 2019). Esse monitoramento com utilização de tecnologia é importante na cultura da soja para garantir agilidade na coleta e aplicação dos dados na pulverização dos agrotóxicos de maneira seletiva, quando ocorrer a distribuição de pragas e plantas daninhas de maneira heterogênea.
Os estudos nessa área da ciência demonstram a coleta de dados utilizando diferentes tecnologias digitais, com potencial de se tornar estratégicos para os agricultores (WOLFERT et al., 2017). Embora alguns entendam como uma obrigação, com essa tecnologia pode-se transformar o processo produtivo com emprego do conhecimento digital nas propriedades agrícolas (RIJSWIJK et al., 2019). Com esse ganho de escala, a tecnologia digital está incrementando o monitoramento das áreas agrícolas, com a necessidade de aumentar a eficiência dos sistemas produtivos, através de uma análise detalhada de cada metro quadrado da lavoura. Essa precisão de monitoramento deve ser mantida independentemente da escala da produção, pois a aplicação de agrotóxicos de forma desordenada pode causar aumento nos custos de produção e problemas ambientais (KARTAL et al., 2020).