Agro é Tech, Agro é Pop, mas falta comunicação

O agronegócio inevitavelmente está no nosso dia a dia e praticamente tudo provem dele. Porém, especialistas do setor dizem que a sociedade esta distante do agro e não sabe ao certo como ele funciona. Isso é uma falha de comunicação e informação.

Nesses tempos de crise, o setor agropecuário vêm servindo como carro chefe para a economia brasileira, que em 2017 representou cerca de 25% do total do PIB (IBGE), e em 2018 há uma grande probabilidade desse número crescer, devido a crise que a Argentina enfrentou no setor de grãos e também a guerra econômica entre EUA e a China.

Embora a Rede Globo esteja vinculando a campanha “Agro é Tech, Agro é Pop”, que aproxima o telespectador da realidade do campo, ainda há muito a ser feito para a sociedade dar o devido valor ao setor.

No fórum do Agronegócio promovido pela Sociedade Rural do Paraná, na ExpoLondrina 2018, a Senadora Ana Amélia Lemos comentou que o setor continua enfrentando um preconceito elevado pela população urbana, que desconhece as dificuldades do campo. O produtor é chamado de caloteiro, desmatador por puro  desconhecimento porque o setor se comunica mal. Precisa ter um dinamismo e protagonismo urgente” explicou.

Uma realidade recente sobre a falta de comunicação do campo com a cidade é a resistência da população em aceitar a proposta de lei que moderniza a legislação atual sobre o uso, registro, pesquisa e comercialização de defensivos agrícolas no Brasil. A lei que está em vigor nos dias de hoje é de 1989, muito antiga para as tecnologias que temos hoje, sem contar que o tramite para aprovação de um novo defensivo demora em média dez anos e com a nova lei ele poderá ser comercializado em dois anos. O Brasil é o único pais que aumentou sua produção, sem aumentar sua área plantada e para que consigamos manter essa tendência de produzir mais com menos é necessário que entre em pauta os dados técnicos e científicos e que fiquei de lado o senso comum sobre a falta de informação da sociedade.