Ajuda

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Vim a pé do Chiado até ao Marquês de Pombal: deu para arejar as ideias. 

1. O Chiado está pejado de pedintes que molestam insistentemente os passantes. Além destes, outros em grupo deitados no passeio na Rua Nova do Carmo, grupos de drogados sentados o dia todo sem nada fazerem e porquíssimos. Não devem tomar banho há meses. Convinha o Presidente da CML tomar providências no sentido de lhes dar abrigo, banho e comida e impedir que façam destas ruas local de culto. É indignante estarem todos os dias arrogantemente sentados no chão com cães lazarentos e magros para que os passantes se apiedem. Para se ter turismo em abundância é preciso saber como geri-lo. 

2. Ouvem-se muitos idiomas e estrangeiros com um ar feliz com o sol e com os nossos monumentos e esplanadas.

3. Parei para engraxar os sapatos num engraxador já mais velho, bem -educado e muito competente. Temos grandes conversas sobre a vida e ele tem uma sabedoria popular interessante. Sou fotografado sem cessar por estrangeiros de múltiplas nacionalidades “que espalharão o meu engenho e arte” pelo mundo global. Sinto-me ridículo por me tirarem fotografias mas vou distribuindo bilhetes de visita com o número do telemóvel e tenho tido já respostas e convites!

4. Subi a Avenida da Liberdade devagar e com uma grande angústia interior. Fui andando e olhando para todo o lado para captar sinais de alegria e de serenidade. São precisas de vez em quando “injecções” de optimismo e eu sou sensível à companhia dos amigos/as para desanuviar. Não acredito que ninguém não tenha estes momentos de desânimo.

5. Ao escrever este pequeno desabafo, estou a ouvir um coro maravilhoso a acompanhar a voz da Kiri Te Kanawa.

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