Alavancamos o nosso crescimento com o apoio de mentores

Boa parte de minha carreira eu desenvolvi no velho estilo “self-made”. Ou seja, procurei sempre vencer sozinha os meus desafios. Obviamente, contei com o apoio:

• dos meus pais,
• namorado que se tornou meu marido e grande companheiro de vida,
• alguns amigos mais próximos e outros pontuais, mas não menos valiosos,
• um ou outro bom chefe direto ou indireto.

Afinal, ninguém se faz sozinho.

Mas, em grande medida, sempre fiz grandes esforços por mim mesma.

Olhando pra trás e também para o meu estágio atual, vejo que eu compliquei a vida desnecessariamente.

Somos seres sociais. Tentar evoluir sozinho num mundo rápido não é efetivo nem mesmo para heróis.

Hoje, eu mudei. Sempre busco contar com bons mentores que vão me ajudando a adquirir novas competências mais rapidamente. Eles ampliam as minhas perspectivas e contribuem para eu superar velhas visões de mundo. Abrem meus horizontes, mostrando janelas que eu nem imaginava.

Percebo, claramente, que eu poderia ter aproveitado melhor no passado os mentores que apareceram naturalmente no meu caminho. E que não o fiz, seja por orgulho, por insegurança, por medo de perder autonomia ou por receio de “incomodar os outros com os meus problemas”.

Minha vida bem poderia ter sido mais fácil. Eu teria encurtado os caminhos e reduzido o esforço e o grau de ansiedade. Eu teria superado minhas crenças limitantes e minhas resistências a mudanças mais rapidamente

Refletindo sobre o assunto com uma amiga querida estes dias, ela me alertou para o fato que em nosso tempo: a visão colaborativa não existia. Isto também é verdade. Colaboração, bem mentoring e coaching, difundiram-se mais recentemente.

Para facilitar o caminho na busca de bons mentores, listei as seguintes dicas:

1. Busque mentores que são bons e reconhecidos em competências que você ainda precisa desenvolver. Nenhum mentor tem superpoderes, ou seja, é bom em todas as áreas.
2. Diferencie apoiadores de mentores. Mentores te fazem crescer. Apoiadores, em geral, mantém o status quo.
3. Ter um bom mentor nem sempre envolve custos. É incrível o número de pessoas que gostam de contribuir com o nosso crescimento. Muitas vezes a distância entre você e um bom mentor é sua iniciativa em elogiar as habilidades específicas da pessoa que admira e dizer que gostaria de desenvolvê-las. E a pergunta chave e simples: Você teria 30 min para ajudar no meu crescimento?
4. Mentorias podem ser coletivas. A vantagem delas é que você aprende muito com o grupo e a compartilhar suas vulnerabilidades.
5. Trabalhe seus medos internos. Pergunte-se: Afinal, qual o meu grande medo vinculado a ter um mentor ou fazer mentoria coletiva?

Procure mentores com abordagens baseadas na ciência e não em seus próprios modelos. Para conversas rápidas, você pode ter diferentes mentores sem formação ou base científica. Mas, para uma jornada de mudança, é importante a base científica.