Alerta ao povo e ao Brasil!!
Alerta ao povo e ao Brasil!!
Como todo brasileiro, gosto de futebol e carnaval, mas isto não quer dizer que não estou alerta a situação econômica brasileira e os efeitos que a crise em países amigos e parceiros como China e Argentina, terão na economia brasileira em 2020.
Primeiro, concordo com o diagnóstico do Prof. Pastore de que o crescimento do PIB, não virá do mercado interno, vítima dos altos spreads dos bancos, os maiores do mundo e que geraram uma taxa enorme de desemprego/subemprego e de inadimplência no Brasil.
Não virá do mercado externo, exatamente por causa da crise na China com o coronavírus e na Argentina pela alta dívida, agora prestes a dar um calote no mercado. Temos ainda a Trade War, a estagnação na Europa e Japão e a consequente queda do preço das commodities no mundo.
Não virá de investimentos governamentais, por causa do seu alto déficit, que mesmo minimizado por uma taxa básica menor e entradas extras de dinheiro, são insuficientes para gerar um investimento governamental.
Resta portanto, as Privatizações, que sem a Petrobras Banco do Brasil e Caixa, não passa de uma limpeza na casa e as concessões estas sim uma esperança para ajudar a induzir o investimento privado no país.
Fora isto, temo as prioridades estratégicas do governo que são as reformas administrativa, importantíssima para estabilizar os gastos do governo e a reforma tributária uma anseio de toda a classe produtiva, que pode responder bem se a mesma simplesmente racionalizar o sistema, juntando tributos e tornando o país mais atrativo a investimentos.
O que mais me assusta é que estamos finalizando fevereiro e sempre lembrando que no segundo semestre teremos as eleições no Brasil e nos Estados Unidos e isto tende a parar o mercado e o congresso brasileiro e o governo sequer enviou ao congresso uma proposta de reforma administrativa e nem da tributária.
As privatizações, estão andando a passo lento e o governo insiste que é um sucesso, por incorporar venda de ativo de empresas que são S/A e, portanto, não tem nada a ver com ele, como se isto fosse privatização.
No início do ano, vimos outra questão tomar forma, que é a questão do meio ambiente. Desde que tomou posse, este governo insiste em atacar a tudo e a todos, mas esquece que um país em desenvolvimento como o Brasil depende de investimentos externos.
Pois bem, Larry Fink, Ceo da BlackRock, deu o tom daquilo que investidores pensam, em sua carta a investidores e Ceos do mundo, onde coloca claramente que não vai compactuar com o mal feito com governos e empresas que não respeitam o meio ambiente.
O BIS (BANK FOR INTERNATIONAL OF SETTLEMENTS) lançou seu livro “the Green Swan” onde coloca o efeito que más políticas ambientais podem trazer ao ambiente econômico e financeiro, culminando com outra crise mundial na economia.
Portanto, o Brasil não pode repetir este ano o descalabro de incêndios criminosos na Amazônia, sobre o peso de ter investimentos cancelados por fundos como a BlackRock, que faz a gestão de nada mais, nada menos do que US$7,5 trilhões e pode sim complicar a vida deste governo.
Voltando a questão da China e o coronavíruos, ontem como de hábito, ao assistir a RAI na Itália me assustei, porque assim como está acontecendo na Coréia, apareceu um foco do coronavírus na Lombardia e o governo decidiu a radicalizar e isolar o foco, como forma de tentar barrar sua propagação, mas já tinha aparecido um foco secundário em Veneza.
No Brasil, temos o Carnaval, que é uma festa do povo e até por falta de coordenação do governo, o povo está alienado da situação, achando que o problema é só na China, lembrando que São Paulo possui uma colônia com aproximadamente 180.000 chineses e portanto a coisa pode sair do controle.
Não sou um profeta e, portanto, não estou pregando o caos, mas o governo tem que deixar de criar factóides como os criados por um Presidente que insiste em ser hostil com jornalistas, a defender criminosos e principalmente não fazer seu trabalho que é ser o Ceo do Brasil.
Este negócio de posto Ipiranga, falando asneiras e soltando números inconsistente, já deu o que tinha que dar e agora precisamos agir para que o país cresça.
No meu ponto de vista, enquanto o governo não enquadrar bancos, que como disse cobram os maiores spreads do mundo e basicamente destruíram o mercado interno, o país não terá futuro. Lembrando que ano passado, apesar da queda da SELIC, os bancos aumentaram os spreads e isto é inexplicável.
Espero, que ainda dê tempo para recuperar o tempo perdido em janeiro e fevereiro, mas até agora, foi muito papo e pouca coisa útil.