Alexandre Siqueira

Fala pessoal! Espero que estejam todos bem! 😊

Meu nome é Alexandre, tenho 51 anos e sou carioca morando desde 2020 em SP. Sou casado há 21 anos com a Dani e pai do Bernardo, que faz 17 anos agora na primeira semana de setembro.

E espero que, ao compartilhar um pouco da minha história aqui, eu consiga inspirar a sua! ✨

Não posso deixar de começar a minha história sem falar (e sempre agradecer) do Gelson e da Joséli. Hoje, tenho noção da potência dos meus pais: 2 jovens adultos negros de Bento Ribeiro, subúrbio do Rio de Janeiro, formados na Universidade Federal do Rio de Janeiro (ele em estatística e ela em letras), na década de 1970, no meio da ditadura e ainda sem política de cotas.

Eu entrei para a faculdade em 1991, na Engenharia da UFRJ, mas desisti depois de 3 anos. Depois de uma tentativa em paralelo na Economia da UERJ, acabei fazendo um novo vestibular e, em 1994, comecei o curso de Processamento de Dados, na PUC - curiosamente, a profissão que meu pai seguiu e trabalhou a vida toda.

Minha vida profissional começou em 1993 com um estágio na fábrica da Coca-Cola, a partir de um curso de programação que fiz na PUC, já na época da transição Engenharia-Computação.

De 1994 a 2004, passei por várias empresas e por várias funções em Tecnologia. Traduzindo para os nomes atuais, fui Dev, Tech Lead, Arquiteto, PO - mas na época os nomes dos cargos e funções eram outros.

Em 2005, entrei na Nokia e por lá fiquei 8 anos. Lá foi onde aprendi e me tornei líder de pessoas e, posteriormente, líder de líderes. Aprendi a estruturar áreas do zero, fazer gestão de orçamento, implantar sistemas robustos como SAP, gerir times remotos dentro e fora do Brasil, e várias outras disciplinas que até hoje trago como referência.

Em 2013, tive a oportunidade de trabalhar na Nissan e fazer parte de um projeto incrível: a construção de uma fábrica de automóveis do zero, desde o início da construção até a produção e distribuição dos carros. Uma experiência cultural e um aprendizado enorme de gestão e implantação de sistemas complexos.

Em 2017, fui para o Grupo Globo, trabalhar na tecnologia da operação de TV fechada (antiga Globosat). A ida para a Globo foi um marco na minha carreira pela minha identificação com o negócio da empresa. Foi uma época onde consegui, de forma orgânica, juntar minha profissão com meus hobbies.

Em 2020, vim para São Paulo e logo depois saí da Globo. Fui para a Salesforce, uma empresa de tecnologia de San Francisco, onde estou hoje. A Salesforce era um dos fornecedores de tecnologia que eu contratava, e essa aproximação naturalmente me levou para uma oportunidade. Eu, que sempre trabalhei como cliente, fui experimentar a vida do outro lado do balcão, como fornecedor de tecnologia, atendendo grandes clientes financeiros como Itaú, XP, C6, BTG e outros.

Desde 2013, participo de iniciativas de diversidade nas empresas e genuinamente acredito que parte das minhas atribuições em todas as funções que exerço é apoiar e dar oportunidades para outras pessoas negras. De todas as empresas que passei, uma coisa em comum foi a ausência de referências e lideranças negras, e, reconhecendo agora como a minha carreira poderia ter tido ainda mais oportunidades, é que me engajo em todas as iniciativas possíveis que possam, de alguma maneira, contribuir com a carreira de outras pessoas negras. ✊🏾

Um grande abraço! Alexandre