Alternativa para financiamento, mercado de crédito privado bate recorde
Confira nesta VNews uma análise do mercado de crédito para as empresas em 2024, além de quais setores devem ser mais beneficiados com a criação do mercado de créditos de carbono brasileiro.
Para conseguir se financiar ao longo deste ano, as empresas foram ao mercado de crédito como nunca. A emissão de instrumentos de renda fixa já é recorde este ano, segundo a Anbima, até outubro, foram captados R$ 633,6 bilhões. Este valor é superior ao maior volume anual de captação até então, os R$ 609,9 bilhões de 2021.
O movimento foi a alternativa encontrada pelas companhias para conseguirem recursos em um ano em que, mais uma vez, não houve nenhum IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês). E no qual as taxas de juros foram sendo elevadas ao longo das reuniões do Copom. A última, encerrada em 11 de dezembro, levou a Selic a 12,25%, maior nível desde setembro de 2023. O Copom, inclusive, sinalizou que deverá fazer ao menos mais duas altas no próximo ano.
O cenário de 2024, desta forma, ficou difícil para quem estava endividado. A Virtus BR Partners fez levantamentos ao longo do ano que revelaram o tamanho do problema em dois setores.
As companhias de varejo listadas na B3 tinham R$ 56 bilhões em dívidas em negociação ou com alta probabilidade de serem renegociadas, como mostramos em uma de nossas VNews. Mais recentemente, estimamos que as empresas do setor agropecuário tinham cerca de R$ 90 bilhões em débitos com potencial de entrarem em processos de repactuação.
Para 2025, a perspectiva é que os juros sigam em patamares elevados, o que costuma desenhar um cenário mais difícil para quem precisa de crédito.
Estamos preparados para auxiliar as companhias que precisarem estruturar captações de recursos ou repactuações de dívidas, com a expertise da Virtus BR Partners já reconhecida pelo mercado.
Quais setores mais vão se beneficiar do mercado de crédito de carbono no Brasil
O Senado aprovou, em meados de novembro, o projeto de lei que cria o mercado formal de créditos de carbono no Brasil. A medida visa fazer empresas pagarem um valor se emitirem gases de efeito estufa acima de determinado limite. Esses recursos, em contrapartida, serão direcionados a empresas e projetos que capturem carbono da atmosfera, o que permitirá o financiamento de práticas mais sustentáveis.
A previsão é que o mercado de carbono brasileiro esteja totalmente implementado em 2030. Antes disso, a Câmara precisa avaliar e votar o projeto de lei novamente, devido a alterações no texto feitas pelo Senado.
Para o Ministério da Fazenda, entre 2030 e 2040, os negócios gerados com esse mercado deverão impulsionar o PIB brasileiro em 5,8%.
Os setores mais beneficiados com a medida de acordo com a presidente da ABCarbon, Rita Ferrão em entrevista ao Valor Econômico são três:
No próximo ano, o Brasil vai sediar a COP 30 (Conferência das Partes Sobre a Mudança do Clima). Será uma oportunidade para as empresas brasileiras divulgarem a investidores estrangeiros o potencial que têm para os créditos de carbono. Potencial que será mais palpável caso o mercado brasileiro já tenha um marco legal.
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Os conteúdos a seguir foram publicados em nosso LinkedIn, trazendo insights valiosos e tendências sobre o mercado de trabalho, finanças, concessões e setor elétrico. Confira os destaques:
Na visão da presidente Cristina Palmaka da SAP para América Latina e Caribe, buscar diversidade nas empresas contribui para ampliar a visão que a companhia tem sobre variados assuntos.
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