Amar a si mesmo da mesma forma que você quer ser amado
Quem nunca quis fazer algo por si mesmo e ouviu que é egoísta por isso? Olha, meu bem, amor próprio não é egoísmo. Você querer o seu próprio bem, a sua felicidade, você ir atrás dos seus próprios sonhos não é egoísmo. E se você tiver que deixar de fazer algo com alguém no caminho ou pensar um pouco mais em você do que nos outros, faz parte.
Pensar nos outros, seja em uma pessoa na rua, em um amigo, família ou namorado é muito lindo, o altruísmo é belíssimo, admirável. Mas a partir do momento que isso custa a sua felicidade, deixa de ser bonito.
Por exemplo, eu odeio frio, já tive a experiência de morar em um lugar bem frio e chuvoso. Se o meu namorado ou marido quisesse se mudar pra um lugar assim, eu não iria. Porque eu sei que seria infeliz uma hora ou outra, então pra mim não faz sentido.
Só fazem conosco aquilo que permitimos.
Já ouviu essa frase? O amor próprio é necessário por isso. Quando nós temos a consciência do que nos faz bem, dos nossos limites e principalmente, dos nossos valores, nós não deixamos outra pessoa ferir isso. Ela pode até tentar, mas não vai conseguir.
Eu sempre uso um exemplo meio extremo, mas que funciona muito bem. Se alguém te chamar de “assassino”, você vai se sentir mal? Isso vai te atingir? Não, porque você não é um assassino – eu espero – e tem consciência disso. Assim como se alguém me chamar de “escrota”, “vagabunda”, “mentirosa”, “falsa” etc eu não vou me atingir, porque eu me conheço, eu me amo e eu sei quais são os meus valores.
Assim como eu me aceito. Por completo. E uma pessoa que se aceita, não deixa o outro limitá-la, nem fazê-la se sentir mal por simplesmente ser ela. Na verdade, ninguém deveria fazer isso. Obviamente.
Conforme vamos nos auto descobrindo, nos amando, vamos aprendendo a dizer “não”. Você para de ter paciência pra lidar com certas situações e pessoas, você nunca mais vai se humilhar por alguém, não deixará ninguém te fazer de troxa, nem vai se encontrar em um lugar onde não quer estar.
Quando a gente se ama, a gente aprende a ir embora e a ir atrás também. Sabe aquele negócio de fazer joguinho? Você não precisa disso, você é bem resolvida e sabe o que quer. Se tem vontade de falar, você fala. Se tem vontade de fazer, você faz. Ou não. O importante é você ter a consciência do que te faz bem ou não e ir atrás disso. Não deixar ninguém abalar o seu bem estar.
O amor próprio é necessário para nos relacionarmos
Só quando nos amamos inteiramente que conseguimos dar o devido amor ao próximo. Com a falta de amor próprio, vem as inseguranças, desconfianças, dúvidas, carência, humilhação… Muitas coisas. É claro que mesmo as pessoas que possuem esse amor todo por si mesmo, têm dias que não se sentem bem. E aí sentem tudo isso e um pouco mais.
Todos temos dias ruins. Dias que queremos nos doar para o outro mais do que deveríamos, que esquecemos um pouquinho do amor próprio e apostamos todas as fichas em um amor duvidoso. Se todos nós não passássemos por isso, não aprenderíamos com nossos erros. A vida e o amor são feitos de aprendizados.
No final, o foco dessa reflexão é a importância do amor próprio, de encontrarmos nós mesmos dentro de nós, de entendermos como funcionamos, do que gostamos e não gostamos, o que queremos, sonhamos.
É apreciar a própria companhia na ausência do outro. É o autoconhecimento, saber quais são nossos maiores valores, defeitos e saber trabalhar com isso. Procurar evoluir. E não deixar ninguém nos abalar por algo que não precisamos em nossa vida. Não aceitar o que não faz bem. Saber dizer não. Gostar de dizer sim.
Amar a si mesmo da mesma forma que você quer ser amada.
PS: eu comecei a escrever esse texto com a ideia de mostrar que amor próprio não é egoísmo, mas gostei tanto dessa frase que ele virou isso. Um grito ao amor próprio!
Este texto foi publicado originalmente em sarabitu.com
Sara Bitu, sempre sorrindo, comunicando, escrevendo ou desenhando. No canto do caderno, em seu diário ou em qualquer uma das redes sociais presentes nesse imenso mundo chamado internet. Amor por inspirar.
Mentora de Melhoria de Resultados e Prosperidade de Negócios
5 aA maior verdade de todas: primeiro nos amamos, depois, ao próximo. Temos nossa eterna criança interior que muitas vezes reprimimos por seu jeito "inadequado". Se amar é acolher essa criança do jeitinho que ela é, como um pai ou mãe, e incluí-la na nossa vida, dado que é parte inseparável de nós, Quando fazemos isso, estamos prontos para amar ao próximo do jeito que ele é