Amazônia: um olhar sobre a conservação sustentável e a esperança de um futuro

Amazônia: um olhar sobre a conservação sustentável e a esperança de um futuro

Hoje, no Dia da Amazônia, é essencial refletirmos sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e o que estamos fazendo para mitigar os danos causados à região e para impulsionar o seu desenvolvimento.

Com um território vasto e diverso, a Amazônia demanda iniciativas adaptadas às especificidades de cada sub-região. Este é um dos patrimônios naturais mais preciosos da humanidade, um refúgio de biodiversidade, vital para a regulação do clima global e responsável por abrigar cerca de um quinto da água doce do planeta. Abrangendo nove países da América do Sul, incluindo Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname, França (Guiana Francesa) e Brasil — que detém a maior parte —, sua conservação está conectada com o equilíbrio do planeta e deve envolver a todos nós.

Mas, na prática, não é isso que vem acontecendo. Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), desde 1985, as queimadas, muitas vezes causadas por ações humanas, já consumiram 68% da vegetação nativa, totalizando quase 200 milhões de hectares do Brasil, uma área maior que o território de países como o México. Além do fogo, a região sofre com o desmatamento desenfreado que é, inclusive, a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, agravando a crise climática. Tal ação impacta também na economia do país: o Banco Mundial estima que a devastação da floresta custa ao Brasil cerca de US$ 317 bilhões anuais, aproximadamente R$ 1,8 trilhão.

Cuidar da Amazônia é responsabilidade de todos

Nesse sentido, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) globais da Organização das Nações Unidas (ONU), assim como a Agenda 2030 da Organização, convocam os 193 países signatários, incluindo o Brasil, a se envolver em temáticas como justiça climática, direitos humanos para as populações originárias e o bem-estar da floresta, para assegurar um futuro saudável para a humanidade.

Este ano, começamos a atuar de forma mais direta na região. Ao lado do PSA - Projeto Saúde e Alegria , desenvolvemos o Escola Floresta Ativa, pensado e desenhado para atender às demandas da comunidade. Alinhado ao ODS 4 (Educação de Qualidade), a iniciativa promove qualificação em áreas como empoderamento digital, manutenção de painéis solares, economia criativa, artesanato da floresta, gestão e proteção territorial e turismo de base comunitária. Atenderemos cerca de 500 pessoas que vivem em Santarém (Pará) e no entorno da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.

Além disso, o Escola Floresta Ativa também se prepara para um evento histórico: a Conferência do Clima da ONU, a COP 30, que será realizada em Belém (PA), em 2025. O projeto visa deixar um legado de profissionais qualificados que contribuirão não apenas para o evento, mas, principalmente, para a conservação e o desenvolvimento sustentável da Amazônia a longo prazo.

O Dia da Amazônia é um chamado à ação, um lembrete de que a conservação das florestas é uma questão de justiça ambiental e social. Com sustentabilidade, educação e qualificação, as comunidades locais podem enfrentar os desafios que ameaçam a vida na Amazônia e garantir um futuro para todos que dependem desse tesouro global.

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