A ANA e os eventos críticos: entenda a atuação da Agência

A ANA e os eventos críticos: entenda a atuação da Agência

Realizar gestão eficiente dos recursos hídricos em país de dimensões continentais como o Brasil é tarefa desafiadora. Se, em condições normais, o esforço de coordenação e liderança já é uma missão complexa, isso se torna ainda mais difícil nas situações de crise e nos eventos críticos.

Nos últimos anos, eventos hidrológicos extremos – secas e inundações - têm demandado muita atenção da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Cuidar das águas do Brasil em meio às secas, por exemplo, exige trabalho articulado para garantir o acesso aos usos múltiplos dos recursos hídricos, e a coordenação de resposta demanda o uso de instrumentos específicos de acordo com cada problema a ser enfrentado.

Entre os instrumentos que a ANA emprega para gerir riscos e eventos críticos, estão as Salas de Crise ou de Acompanhamento, ambientes de coordenação de esforços construídos para que órgãos e entidades envolvidas possam trabalhar conjuntamente a fim de solucionar determinados desafios.

Cada uma existe com um propósito. São criadas para atender às demandas e abrangências geográficas específicas, normalmente em torno de sistemas hídricos e bacias hidrográficas que disponham de infraestrutura hídrica. Compreender as suas diferenças é importante para entender o trabalho da ANA.

Sala de Acompanhamento

As Salas de Acompanhamento são ambientes de coordenação regulatória instaladas, normalmente, com o intuito de acompanhar o comportamento de um sistema hídrico após a implantação de condições de operação para os reservatórios.

Existem, atualmente, 3 Salas de Acompanhamento coordenadas pela ANA que observam os seguintes sistemas hídricos: São Francisco, Tocantins e Paraíba do Sul.

A grande vantagem desses grupos é a capacidade de observar a efetividade de medidas já adotadas e realizar decisões tempestivas para evitar impactos nos usos e usuários da água.

Sala de Crise

Como o próprio nome diz, a ANA propõe este esforço para coordenar momentos de crises relacionadas a eventos hidrológicos. A ideia é que essas reuniões aconteçam periodicamente, enquanto a situação de crise justificar e que os atores envolvidos possam obter tempestivamente a melhor informação e prognóstico disponíveis e buscar soluções aos problemas verificados. As Salas de Crise envolvem autoridades e a sociedade civil organizada, além de usuários da água e produtores de conhecimento sobre o tema em questão.

Atualmente, estão em funcionamento as Salas de Crise do Paranapanema e da Região Sul. Outras como Hidrovia Tietê-Paraná e Madeira, por exemplo, são instaladas sempre que se observa situação hidrometeorológica com potencial de ocasionar impactos adversos. Além dessas, nos últimos cinco anos, estiveram em funcionamento por períodos específicos as Salas do São Francisco, Grande, das cheias no Sudeste, da seca no Pantanal, da cheia no Parnaíba, entre outras.

Como acompanhar?

Parte importante dos desafios de gestão dos recursos hídricos é informar a todos os interessados a respeito das decisões tomadas e da situação e perspectivas diante de potenciais crises.

Por isso, a ANA disponibiliza, na sua página, as informações referentes a cada uma das Salas existentes, entre eles o link para assistir às suas reuniões ao vivo. Além disso, é possível assistir às gravações dos encontros, publicadas no YouTube da Agência.

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