Analisando Personagens #1 - Ryan Atwood e sua mudança de Caráter
Ryan Atwood (Benjamin MacKenzie) em The O.C. 2005

Analisando Personagens #1 - Ryan Atwood e sua mudança de Caráter

Ryan Atwood no início da série era um típico bad boy, mas para entendermos o quão complexo é sua história, precisamos antes ir até Chino, um subúrbio no Estado da Califórnia, pois é lá que é seu local de nascimento e foi onde ele passou sua infância e adolescência. Sua mãe era uma alcóolatra, seu pai havia sido preso por bater em sua mãe e seu irmão tinha vários mini delitos, até que inicia o episódio piloto e vemos que ele é preso de fato por porte ilegal de armas, drogas e por roubar um carro junto de Ryan, que é o persona que vamos analisar juntos aqui, e paralelamente vamos tentar identificar como a história de vida dele pode se encaixar com a história de vida de algumas pessoas que lerão isso que foi preparado com muito amor e carinho.

Vamos tentar transformar este quadro aqui do blog em algo permanente, analisando diversos personagens de tramas em filmes, séries e curtas que são relevantes para nos inspirar, inspirar a juventude brasileira e até global, já que estamos falando de juventude e todos desde os bebês aos idosos ou terão que passar, ou já passaram por isso, e o mundo no estado em que está, com o crescimento de ansiedade crônica e depressão, precisamos falar sobre assuntos atuais que envolvem a juventude de modo geral, sempre lembrando que pra ser jovem, basta estar vivo, não importa a idade (risos).


Ryan Atwood antes da transformação

Ryan é preso, como dito anteriormente, e o Estado designou Sandy Cohen, um defensor público judeu para defendê-lo e libertá-lo da cadeia, pois ele não tinha antecedentes criminais e supostamente toda a culpa dessa situação recaiu sobre seu irmão mais velho, Trey Atwood, pois ele pegou uma pena de 4 anos por porte ilegal de armas, algumas buchas de maconha e por ser o mandante e principal suspeito do roubo do carro ao qual envolveu Ryan. Então seria moleza defender o garoto. Mas quando Ryan volta pra sua casa, sua mãe se embriaga mais uma vez e o expulsa de casa, não deixando alternativas à Ryan a não ser ligar para Sandy e pedir para dormir em sua casa, Sandy se comove e o leva para Orange County, um condomínio fechado de mansões da Elite da Califórnia, que foi construído por seu sogro Caleb Nichols, e sua esposa Kirsten Cohen.

Quando ele chega nesse condomínio, conhece Seth Cohen, e Marissa Cooper, e consequentemente o namorado dela, Luke que logo de cara já implica com o novato, e ambos brigam muito ao longo dos primeiros 10 episódios da primeira temporada, arrastando essa briga por longos períodos e nos deixando aflitos. Uma rivalidade que logo cai no esquecimento com os incontáveis erros de Luke com a namorada, fazendo com que ela terminasse com ele e desse uma chance ao garoto que lutaria bravamente por seu amor, indo contra tudo e todos por ela, que se torna sua obsessão e a sua fonte de energia. Mas sempre mostrando seu lado negro, seu lado que está exposto, seus traumas familiares e sua personalidade dura, calejada e machucada.

Um garoto de Chino, um garoto ferido, que precisa constantemente lidar com essa fúria avassaladora, até conversar abertamente com seus guardiões e simplesmente cair a ficha de que o lugar dele não é mais Chino, agora é Orange County, agora é na casa dos cohens, o que significa que ele precisa começar a acreditar que seus maiores sonhos podem se tornar reais, ele só vai precisar lidar com isso, essa raiva que persegue ele, e se dar uma oportunidade de fazer o que é certo para si mesmo e provar para Sandy e para Kirsten que eles fizeram uma excelente escolha escolhendo adotá-lo.

Sinta a dor do processo

Sim, isso mesmo que você leu. Foi necessário sentir essa dor para que viesse depois o prazer da evolução. Ele antes precisou entrar numa escola, completamente perdido do que fazer, com apenas uma certeza: "preciso melhorar". Ele se perguntou sobre o que seria bom e sobre o que não seria. Ele teve de estar parado, mas com convicção de que precisaria começar o seu processo de aprendizado. Precisou deixar o tempo fazer seu trabalho e apenas se decidiu, decisões são as partes mais difíceis de todo o processo.

Posso aqui fazer um paralelo. Digamos o seguinte: o que torna Ryan um puta personagem de sucesso em toda a trama? Persistência em aprender com seus próprios erros e acertos- mas principalmente com seus erros -, Saber que ele era uma pessoa que veio do nada, ou menos que isso, e que estava recebendo ali uma oportunidade de ouro, sendo assim precisaria sem sombra de dúvidas agarrar esta oportunidade e dar o seu melhor, e por último, em uma conversa que teve com Kirsten sobre uma das maquetes dela, ele percebeu que lidava muito bem com plantas de residências e teve uma virada de chave absurda sobre a profissão que ele queria ter, arquitetura. Ele simplesmente deixou acontecer naturalmente, e o problema dos jovens de hoje é que esperam decidir isso sem ser de forma natural. Não deixam a virada de chave mental ocorrer, pois são bombardeados centenas de vezes por dia com múltiplas oportunidades de graduação em múltiplas universidades e centros universitários sem se darem o luxo de escolherem a que mais se encaixa com seu próprio perfil pessoal. A famosa confusão indecisa.

Ele se dedicou com unhas e dentes aos estudos e testes e descobriu que Sandy e Kirsten se conheceram na universidade de Berkeley, na Califórnia mesmo e se decidiu a ir para lá quando terminasse os estudos.

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R. Atwood na festa de apresentação do colegial (Camisa irada por sinal)

Seus conhecimentos vão de física e cálculo aplicados, à história, geometria plana e diversos outros assuntos que ele se dedica diariamente em paralelo aos seus relacionamentos interpessoais, familiares e de romances. Ele aprende a gostar de hq's graças à Seth(Adam Brody), que mostra para ele o que é o amor verdadeiro de um irmão confidente. O relacionamento e o convívio dos dois é super emocionante e de partir o coração em alguns momentos, mas é sobre isso o cotidiano, ou pelo menos deveria ser assim. Essa união é engraçada, descontraída e super combinante, mas além de super heróis, ele lê diversos livros na literatura norte americana e livros técnicos de física e de cálculos matemáticos, o cara tem bom gosto.

E sim, ele é minha maior inspiração porque eu só tive bons resultados nos meus últimos anos de ensino médio, porque passei a viver como ele, não copiando seu estilo de vida, mas buscando obter os mesmos resultados disciplinares e acadêmicos que Ryan. eu comecei a ler e a realmente me interessar pela leitura porque eu vi nesse personagem em específico verdades que via em mim também. Este blog aqui só existe hoje, porque eu amo escrever e só passei a amar a escrita, porque encontrei um sentido nisso tudo assistindo the O.C.

Se você leu até aqui, gostaria muito de te agradecer por isso. Que mais pessoas vejam sentido neste texto e se sintam confortáveis em buscar se aprimorar, buscar novas fontes de conhecimento, novas maneiras de se adaptarem e buscar relevância em si mesma.

Eu não escrevo para ganhar likes, escrevo porque eu nasci para fazer isso.

Sinta-se a vontade para assistir esta série e comprovar por si mesmo se ainda não assitiu, atualmente ela está presente no Globoplay. Espero que divirta-se assistindo e maratonando esta maravilhosa trama.

Te vejo na próxima.


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