Anatel publica estudo sobre habilidades digitais com foco no Brasil e seu contexto mundial.
Glades Chuery

Anatel publica estudo sobre habilidades digitais com foco no Brasil e seu contexto mundial.


Anatel publica estudo sobre habilidades digitais com foco no Brasil e seu contexto mundial, e os resultados são "assustadores". Mas tudo isso, depende do seu ponto de vista.

Os dados que compõem o indicador de habilidades digitais são aferidos no Brasil por meio da Pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC.br) – um departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

A pesquisa realizada pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações , se debruçou num período de 2015 a 2023. A evolução dos indicadores de habilidades digitais da população brasileira com 10 anos ou mais apresentou tendência de queda até 2019, desde o nível básico até o avançado, como se verifica na Figura 1.

Em 2020, todos os níveis de habilidades digitais mostraram aumento em relação à 2019. No entanto, como a própria pesquisa destaca, houve a alteração na metodologia da pesquisa TIC Domicílios devido às restrições na coleta de entrevistas presenciais durante a pandemia de Covid-19. Em 2021, com o retorno da coleta presencial, observa-se que as proporções em todos os níveis voltaram a um patamar semelhante ao de 2019. É importânte que se destaque este fato da pândemia, uma vez que a colata de dados, inclusive com maior precisão, ficou restrita, impactando, por óbvio os indicadores.

Esta pesquisa, ao meu ver, releva a um pedaço do problema que vivemos, não apenas no Brasil, mas em toda a dimensão do globo. A era digital está a postos, mas quem realmente aproveita seus beneficios e sua totalidade?

Sobre diversidade

Outros dados que devem ser "analisados com lupa". Segunda a pesquisa, entre os anos 2022 e 2023, as habilidades digitais da população do sexo masculino apresentaram aumento significativo em todos os níveis – conforme demonstrado na Tabela 2.

Em 2023

  • 32,5% da população do sexo masculino possuíam habilidades básicas;
  • 21,2% intermediária e;
  • 6% avançada.

Por outro lado, a proporção feminina apresentou evolução positiva apenas nas habilidades básicas, de 25,6% em 2022, para 27,4% em 2023.

Em algumas pesquisas, ocorre a prática de atribuir um "eufemismo" para um indicador desfavorável. Está aqui os dados relativo a diversidade de gênero, para não me deixar mentir.

Sobre igualdade de oportunidades e renda.

As habilidades digitais em 2023, classificadas por classe social, segundo os dados do CETIC.br e do IBGE, estão divididas categorias: básicas, intermediárias e avançadas.

  • Na classe A, 53,5% possuem habilidades digitais básicas, 30,9% intermediárias e apenas 1,8% avançadas.
  • Na classe B, 48,9% têm habilidades básicas, 31,0% intermediárias e 9,8% avançadas.
  • Na classe C, 28,3% possuem habilidades básicas, 16,7% intermediárias e 2,9% avançadas.

Por fim, na classe DE, 12,5% têm habilidades básicas, 6,4% intermediárias e 1,3% avançadas.

Esses dados revelam que a maior parte das pessoas de todas as classes sociais possuem habilidades digitais básicas, com uma diminuição progressiva nas categorias intermediárias e avançadas conforme se desce na escala social.

Considerando que o indicador de habilidades avançadas trata basicamente da capacidade de desenvolver códigos de programação, duas explicações possíveis e complementares para essa diferença pode ter relação com:

i.o nível de renda aferido em empregos relacionados a essa habilidade; e

ii. o grau de instrução das pessoas que relataram ter criado programa de computador ou aplicativo de celular usando linguagem de programação nos três meses anteriores à realização da pesquisa. Certamente! Aqui está a versão aprimorada do seu texto:

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Deixamos de lado os dados para apresentar os fatos.

Estamos longe de ser um país socialmente responsável, especialmente quando se trata do ecossistema digital. A disparidade é E N O R M E. Além disso, uma grande parte da nossa população não tem acesso ao mínimo necessário para garantir uma vida digna, quanto mais melhorar nas habilidades digitais.

Muitos reconhecem que as habilidades digitais são essenciais para a inclusão digital e o acesso equitativo às oportunidades oferecidas pela era digital. Sabemos ainda que abrangem desde tarefas básicas, como enviar e-mails e usar ferramentas de edição de texto, até habilidades mais complexas, como programação e análise de dados.

Mas aqui vai a minha pergunta: o que estamos fazendo para mudar essas estatísticas? Ontem mesmo, comentava que as mulheres, especialmente as #pretas e #pardas, ainda representam um número alarmante de desempregadas (CLT), sendo forçadas a aceitar trabalhos que não remuneram adequadamente.

Quando é que nós, que possuímos melhores habilidades, vamos realmente desenvolver algo que cause um impacto significativo na vida de nossa população?


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👋Muito prazer, eu sou Glades Chuery , mãe da Helena, gosto de aprender e dividir conhecimento. E é isso me encoraja a seguir e é isso que você encontrará aqui! Todos os dias um artigo novo para você. ! 😃

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#anatel #habilidadesdigitais #diversidade #inclusão

Marcelo Palladino

Analista de Riscos Sênior | Marchesan S.A.

6 m

Acho importante este tipo de análise. No entanto, não podemos nos esquecer de que as profissões consideradas menos nobres, muitas vezes são as mais importantes para a nossa própria sobrevivência. Assisti a uma reportagem na TV aberta ontem, falando exatamente sobre isso. Profissões como encanador, eletricista, pedreiro etc., estão sumindo do mercado. Por isso que esse tipo de mão de obra está cada vez mais cara, enquanto está chovendo bacharéis desempregados no mercado. Sem falar na parte considerada a mais importante (digo do mundo), que é a agricultura. Tudo bem que a tecnologia está chegando também no campo, mas o grosso mesmo da produção que chega na maioria dos pratos, depende da mão de obra humana. Por isso, acredito que, assim como sempre existiram essas grandes lacunas, vai continuar existindo, para o bem de toda a humanidade. Parabéns pelo artigo.

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