Antes que seja Tarde Demais para os advogados é preciso Reavaliar suas próprias Habilidades
A Estratégia do Oceano Azul da Advocacia | Como explorar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante - Alan Almeida

Antes que seja Tarde Demais para os advogados é preciso Reavaliar suas próprias Habilidades

Tem um ditado que fala que, quanto mais bem preparado você está, mais sorte você tem, pois no mundo de hoje quem não aguenta pressão não entra na panela! Então é preciso ser sócio majoritário da sua existência.

Não é bem intuição, é competência. Você tem que estar preparado, ter capacidade analítica, saber enxergar uma peça de teatro por trás do cenário. Gestor veterano da Bolsa Dório Ferman , sócio-fundador do Opportunity

Em uma época que a bolha da invisibilidade está sufocando os advogados, alguns já se deram conta mas a grande maioria não, e acredite sua concorrência já sabe e já está trabalhando nessas habilidades. Recentemente a OAB SP entrega sua carteira nº 400 mil, isso mesmo que você leu, a entidade ganhou uma marca especial atingindo o número de inscrições 400 mil.

Brasil tem mais faculdades de direito que China, EUA e Europa juntos; é preciso saber como se destacar no mercado!

Apenas em 2015, 105.317 pessoas formaram-se em direito em cursos presenciais no Brasil, segundo o Censo de Educação Superior. Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declarou que o Brasil tinha 1.240 cursos para formação de advogado, enquanto outras nações, incluindo China, Estados Unidos e todas da Europa, somavam 1.100. É natural, portanto, que exista a preocupação com a saturação do mercado.

Thiago Bottino, coordenador geral da graduação da FGV Direito Rio, afirma que, mesmo assim, é possível ter boas oportunidades em qualquer segmento do mercado. “Não é necessário descobrir o que tem menos gente fazendo, e sim saber se diferenciar dos demais”, afirma. 

Será azar ou sorte? Acho que não viu, o dilema aqui é outro...

No mundo empresarial, o QI (coeficiente de inteligência) alto consegue um bom emprego. O QE (coeficiente emocional) alto garante promoções. Daniel Goleman
“Inteligência emocional não é o oposto de inteligência racional, mas sim a confluência das duas”.

Ser bem-sucedido na carreira e na vida, depende muito mais de saber controlar as próprias emoções do que ter altos níveis de QI (coeficiente de inteligência). Ser capaz de gerenciar as emoções e não permitir ser sequestrado por elas é fator determinante para a felicidade e sucesso.

Na Universidade de Harvard Daniel Goleman, popularizou o conceito por meio do livro Inteligência Emocional (leitura obrigatória).

Os advogados têm uma reputação de aversão ao risco e lento para mudar. 

Mas, afinal, o que é essa demanda “a mais” que os clientes de hoje têm? Os clientes querem uma entrega maior de valor dos advogados. Não se satisfazem com um advogado que apenas “apaga incêndios”, porque para começo de conversa são esses mesmos advogados que deveriam ter prevenido o incêndio.

A melhor maneira de adicionar ou criar valor para os clientes de hoje é fornecendo insights úteis, sacadas brilhantes. Esse brilho, muitas vezes, não virá das leis, mas sim de um novo ponto de vista, uma maneira nova de ver a mesma situação. 

A bola da vez é gerar valor e atitude, "Mas a atitude é atributo de poucos, e o mercado está buscando e remunerando atitudes", ressaltou Eduardo Tevah.

O segredo não está nas planilhas de Excel, mas na visita ao mercado, na conversa com o consumidor, no mergulho em uma cultura regional distinta. Fabio Alperowitch, gestor do fundo de ações Fama Investimentos (gestor que rejeita o óbvio).

Invista, e invista sempre emocionalmente em você, principalmente quando o mercado cai, porque isso vai fazer diferença. A maior parte do seu dinheiro, você ganha investindo em si mesmo.

Estou convencido de uma coisa: 90% dos casos de sucesso ou insucesso devem-se à personalidade do advogado. Se o advogado é volátil, a advocacia é volátil. Se o advogado é conservador, ele tem um medo tremendo de errar e inovar: não pode errar não pode. Tudo isso se reflete na advocacia. Lembre-se: um negócio bom pode ser destruído por um gestor, como uma má alocação de capital. Então, os números do Excel fazem diferença, mas não só números, é preciso ser menos quantitativo e mais qualitativo, sempre FOCADO EM GENTE.

O psicólogo norte americano Stanley Rosner, autor do livro O ciclo da auto sabotagem, diz que a auto sabotagem é a tendência a repetir, indefinidamente, atitudes destrutivas. O indivíduo prefere acreditar que a insatisfação é apenas fruto de algo externo. E essa negação faz com que ele siga em frente, sempre sofrendo.

O hoje Advogado Sabotador, pode se transformar em um Motivador Interno. Como fazer isso? Identificando-o e transformando-o em aliado.

Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.  Henry Ford
“As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”  Peter Drucker

Para realmente transformar a advocacia, você não pode fazer mais do mesmo melhor. Você não pode fazer somente melhorias marginais, reestruturação financeira ou alavancagem, esse tipo de coisa.Você tem que realmente entrar no Core Business [ Núcleo do negócio] e tentar criar um sistema que inclui o propósito da advocacia, a cultura, como as pessoas se relacionam, qual é o sistema de gestão,

É ser QUALITATIVO: ter a capacidade de atrair as melhores pessoas, construir uma cultura moderna, baseada no ser humano, em servir a sociedade, gerar valor e ter um propósito.

Como desenvolver uma armadura Profissional?

Que bom que perguntou.

Você já deve ter percebido que desenvolver uma “armadura profissional” não será bom apenas para o mundo dos negócios, mas para todas as dimensões da vida.

"O vento sempre soprará contra, e, tentará lançar seu barco contra as pedras da derrota, do insucesso, da mediocridade. Na vida corporativa, principalmente, isso é comum".
"É insano lutar contra o vento; um erro primário. Ele não vai cessar, não temos controle sobre o vento, nem nunca teremos. O que podemos, e, devemos fazer, é,  ajustar as velas de nosso barco para que ao soprar, o vento nos impulsione em direção ao que queremos".

No mercado jurídico atual, as necessidades dos clientes são cada vez mais sofisticadas. Como consequência, os serviços demandados dos novos advogados exigirão que eles ampliem seus conhecimentos para outras disciplinas, e não apenas aprofundem o conhecimento da lei. No livro The 21st Century T-Shaped Lawyer, a autora R. Amani Smathers defende que “mudanças no mercado jurídico, a ética dos advogados e os novos empregos que surgem para esses profissionais demonstram uma demanda por profissionais do Direito em forma de T”. 

Ao contrário dos advogados no século XX, os advogados do século XXI devem se buscar um desenvolvimento profissional em forma de T, e não em forma de I. Os advogados “I” não possuem a capacidade de transitar por outras áreas de conhecimento, e os clientes muitas vezes vão precisar disso porque querem uma solução pragmática para suas questões. 

Então, caros colegas do Direito, não permaneçam advogados em forma de “I”. Desenvolvam suas habilidades em forma de “T”. Nunca tratem áreas externas ao meio jurídico como alguns advogados tratam a jurisprudência desfavorável: negando até que seja tarde demais. Não comprometam a carreira de vocês. Busquem se interessar por negócios, comunicação, finanças, geografia, tecnologia, programação, economia etc.

Até a próxima!

Alan Almeida

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Alan Grizalho de Almeida

Executive Director | C-Level | Advisory Board Member

7 a

Olá Suzy Lima vai tudo bem! Imagina muito obrigado, mas na verdade é uma humilde tentativa de vitaminar a profissão, acredito que a advocacia passa por uma crise mais antiga do que a que estamos vivendo no Brasil. Uma crise de credibilidade e confiança no advogado somado as mudanças que estão acontecendo no mercado, como afirmamos no texto. Muitíssimo parabéns Suzy Lima por conhecer a Estratégia do Oceano Azul, fico imensamente feliz em descobrir que colegas de profissão estão Pensando Foca da Caixa e honrado pelas suas observações. De muitas assertiva suas, destaco em "administrar com maestria, conhecimento e brilho nos olhos", afinal a mudança não virá se esperarmos por outra pessoa ou outros tempos. NÓS SOMOS AQUELES POR QUEM ESTÁVAMOS ESPERANDO. Nós somos a mudança que PROCURAMOS.

Suzy de Lima

Advogada Especialista em Tributação e Energias Renováveis | CBIOs | Carbono | Newsletter sobre Gestão, Inovação e ESG

7 a

Alan, tudo bem? Espetacular sua abordagem. De fato, o mercado busca e remunera atitudes! Esse 'brilho' que você comenta- uma maneira nova de identificar a mesma situação - terá como ponto de partida a formação multidisciplinar do operador do Direito, super defendida no seu texto, parabéns! A propósito, hoje mesmo aqui na rede, comentei sobre a estratégia do Oceano Azul. Na verdade, indiquei para leitura, em complemento a postagem de um Colega, pois compartilho daquele entendimento (sobre a importância das ferramentas, ciências correlatas, para alcançar as demandas jurídicas ). Embora ressignifique o cotidiano profissional, não são temas abordados/enfrentados (maioria esmagadora) nos bancos acadêmicos. E o quê fazer? Caprichar no desenvolvimento profissional 'em forma de T'. E, como ressaltou em seu texto, é preciso ser sócio majoritário da sua existência para administrar com maestria, conhecimento e brilho nos olhos, os interesses dos nossos clientes - de maneira individualizada e preventiva (precisa aumentar). Reavaliar, planejar, liderar e o mais importante: executar.

Suzy de Lima

Advogada Especialista em Tributação e Energias Renováveis | CBIOs | Carbono | Newsletter sobre Gestão, Inovação e ESG

7 a
Julia Turrek

Sustentabilidade │ ESG │ Direito Ambiental │ Direito Imobiliário

7 a

Mariane Schappo Larissa Melo deLarissa Melo deLarissa Melo de Andrade

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