Aprendendo com a experiência dos outros - Carillion e a Lei 8.666
Por Eng Civil Marco Antonio de Faveri - Conselheiro CREA-SP
Carillion e a Lei das licitações
Como uma empresa desse porte, com equipe qualificada, com auditorias, acervo técnico, .... fecha as portas?
No Financial Times a pergunta final foi: Por que o governo permitiu que eles ganhassem contratos em termos tão desastrosos?
Não quero falar da Carillion, quero refletir sobre a pergunta do Financial Times e a forma do pensar inglês.
Aqui no Brasil, isso também acontece, e acontece diariamente com empresas de grande, médio e pequeno porte, nas capitais e no interior.
Diariamente, vemos empresas tendo contratos auditados, prejuízos, prefeituras com obras paradas, obras embargadas, etc, um problema grave, gravíssimo, para o administrador público, e para os empresários honestos, sem citar a população que é o último elo da corrente.
Corrupção? Será apenas ela a culpada pelo desastre que aflige esses contratos.
Passou da hora de fazer uma reforma na lei das licitações, onde a técnica se sobreponha ao mais barato.
Há de ter projetos, contratos e obras com qualidade e fiscalização, e incentivar a criatividade e a inovação nas pessoas e empresas.
A técnica sendo relegada a segundo plano pelos legisladores, e agredida anos a fio pelos senhores que defendem a justiça, criou um ambiente hostil para se projetar e construir no nosso País.
Tenho a opinião que precisamos colocar o sistema CONFEA/CREA e todos as instituições, sindicatos, associações e profissionais que pertencem ao nosso sistema, e convidados, em ação, junto as frentes legislativas das engenharias, para escrevermos as leis, para podermos corrigir os erros, vistos e aprendidos, pois a evolução é constante.
Investimentos em Engenharia e Infraestrutura um compromisso com o Brasil!