Aprendizagem personalizada com metodologias ativas (5 práticas educativas)
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Aprendizagem personalizada com metodologias ativas (5 práticas educativas)

A aprendizagem personalizada possibilita o maior engajamento da aluna e do aluno no seu processo de aprendizado. Com isso em mente, as escolas estão utilizando cada vez mais as metodologias ativas para atender às necessidades individuais de aprendizagem da (o) estudante.

Com as metodologias ativas a aluna e o aluno desenvolvem diversas habilidades: pesquisa, empatia, colaboração, resolução de problemas, compartilhamento de ideias, criatividade e pensamento crítico.

Confira o artigo para saber mais sobre a aprendizagem personalizada com metodologias ativas!

O que é aprendizagem personalizada?

A aprendizagem personalizada é uma proposta pedagógica para desenvolver a formação integral e individual. A aprendizagem está de acordo com o ritmo e aprendizado de cada aluna e aluno. 

Cada aluno é único, com interesses e talentos próprios e responde única a estímulos de aprendizagem. (PORVIR)

Saiba mais: Personalização de ensino

As principais características da aprendizagem personalizada:

·        Desenvolvimento de diferentes habilidades;

·        Maior engajamento do (a) estudante;

·        Qualificação para o mercado de trabalho;

·        Viabiliza uma aprendizagem mais prática;

·        Protagonismo da (o) aluna (a) na aprendizagem;

·        Adaptação as necessidades da (o) aluna (a);

·        Melhoria no rendimento da (o) estudante. 

Confira o vídeo que trata do ensino-aprendizagem personalizado:


As metodologias ativas possibilitam a eficiência da aprendizagem personalizada. Vamos conferir algumas delas!

5 metodologias ativas em sala de aula

1. Aprendizagem por pares

A aprendizagem por pares (Peer Instruction) é uma metodologia desenvolvida por Eric Mazur (professor de Física da Universidade de Havard) após de diversos estudos sobre rendimento escolar de estudantes do curso de Física e também com os seus alunos.

Para implementar essa abordagem pedagógica, Mazur desenhou a metodologia para sua aplicação em seguintes etapas. Vamos conhecê-las?

1.  Organizar os materiais pedagógicos e videoaulas para acessar em casa ou qualquer outro espaço antes das aulas.

2.  Em sala, aplica alguns questionamentos para um grupo grande de alunos para verificar a aprendizagem ou não sobre o tema da aula. Caso a maioria responda corretamente às questões, o professor pode avançar no conteúdo, ao contrário, ele tem que executar a próxima etapa.

3.  O professor divide a turma em pequenos grupos mistos, entre quem compreendeu e quem não compreendeu, oportunizando a troca de conhecimento e chegar a novas ideias sobreo o assunto. Depois disso, o professor aplica novamente uma série de questões para que o grande grupo responda. Se ainda continua com a dúvida, tem a próxima etapa.

4.  O professor expõe o tema ou solicita os alunos pesquisam diversas fontes com a sua mediação, para depois disso, retornar o assunto com o grande grupo.

Para saber mais sobre aprendizagem por pares, assista a entrevista de Eric Mazur.

2. Gamificação na educação

A gamificação utiliza elementos do games para a aprendizagem. É uma ferramenta que promove uma aprendizagem com desafios com distribuições de pontuações para atividades, prêmios e feedbacks.

Os principais benefícios da gamificação na educação:

·        Aumenta a motivação e o engajamento;

·        Desenvolve novas habilidades e competências;

·        Aumenta a compreensão dos conteúdos;

·        Maior autonomia, pensamento crítico e raciocínio lógico;

·        Aumenta a capacidade de resolver problemas;

·        Melhora a expressão linguística (oral e escrita);

·        Aumenta a retenção de conhecimento.

Os jogadores apresentam persistência, ousadia, atenção aos detalhes, criatividade na solução de problemas – todas habilidades que, idealmente, devem ser demonstradas na escola. (The Education Arcade no MIT, apud Geekie)

Saber mais: Gamificação na educação: o que é e como é aplicada

A gamificação na educação desempenha um papel importante para engajar as alunas e os alunos no processo de aprendizagem.

Então, vamos ver como construir a gamificação na educação?

·        Defina o objetivo da aula e o que pretende alcançar com a gamificação.

·        Defina as áreas de conhecimento, os temas, a missão/objetivo e as competências.

·        Conheça bem o perfil dos (as) jogadores (as).

·        Conheça a lógica dos games e interaja com os games.

·        Desenvolva a narrativa do jogo.

·        Crie as regras do jogo.

·        Defina as recompensas e o ranking.

·        Defina os recursos necessários.

·        Analise os resultados alcançados. 

Saiba mais como elaborar uma gamificação: o que é gamificação na educação

3. Aprendizagem baseado em projetos

A aprendizagem baseado em projetos centrada na aluna e no aluno com um ensino interdisciplinar para que elas (es) possam aprofundar em um tema e desenvolver competências sociemocionais.

Os projetos podem nos ajudar a desenvolver essas habilidades socioemocionais como a criticidade, criatividade, colaboração e comunicação de forma intencional e sistematizada, além de tornar o ensino mais estimulante e criar estudantes que tenham verdadeira paixão por aprender. (Lilian Bacich, 2019).

Ela se baseia em três princípios:

1.  A aprendizagem de contexto-específico.

2.  As alunas e os alunos são ativamente envolvidas (os) no processo de aprendizagem.

3.  Os (as) estudantes atingem um objetivo comum por meio de interações sociais e compartilhamento de conhecimentos.

Como funciona a aprendizagem baseado em projetos?

Segue o seguinte caminho:

1.  Pergunta-orientadora para contextualizar o problema.

2.  Proposta de um desafio ao grupo e estimulá-los a buscar as respostas.

3.  Investigação das causas possíveis do problema e elaboração de hipóteses.

4.  Aplicação das hipóteses.

5.  Uso de ferramentas tecnológicas para expandir as possibilidades de aprendizagem.

6.  Criação de um produto de solução do problema (relatórios, vídeos, esboços, portfólio etc).

7.  Avaliação.

Para saber mais assista o vídeo aprendizagem baseado em projetos: 

4. Aprendizagem por problemas

A aprendizagem baseada em problemas, ou simplesmente conhecida como ABP (ou até mesmo PBL, sigla oriunda do inglês Problem Based Learning) é uma ferramenta pedagógica para construção do conhecimento por meio da resolução de problemas.

Quais as vantagens da aprendizagem por problemas?

1.  As aulas mais divertidas e mais dinâmicas.

2.  Desenvolvimento da autonomia e do protagonismo dos estudantes.

3.  Apresentação de situações aos alunos em que deverão definir o que aprender, como aprender e, às vezes, como serão avaliados.

4.  Estimula o desenvolvimento cognitivo (aumenta a capacidade de análise e síntese).

5.  O professor como facilitador das atividades de investigação e descoberta (mais colaborador do que docente).

A aprendizagem centrada na aluna e no aluno se torna relevante responder as demandas de seu futuro educacional e/ou profissional.

Os estudantes adquirem a habilidade de avaliar seus pontos fortes e fracos, de determinar suas próprias necessidades e de aprender a atender a essas necessidades. (GLASGOW, 2019)

Como a aprendizagem por problemas funciona?

Ao contrário do modelo tradicional de educação, a aprendizagem por problema destaca a resolução de problemas através de um percurso de aprendizagem:

1.  Estabeleça o problema: apresenta um problema geral (pode ser desdobrado em vários outros, resolvidos um a um);

2.  Brainstorm (tempestade de ideias): uma ótima ferramenta para dispor dos conhecimentos necessários para solução do problema;

3.  Organize as ideais: selecionar as ideias mais relevantes para solucionar o problema;

4.  Formule os objetivos: para cada objetivo uma atividade a ser realizada para atingi-lo;

5.  Pesquisa: adquirir conhecimentos específicos para solucionar o problema.

6.  Apresentação dos resultados: relatório, portfólio, apresentação oral, dramatização, filmagem, assim por diante.

Confira o vídeo Mão na Massa para saber mais sobre a aprendizagem baseado em problemas:

5. Design Thinking na educação

O Design Thinking é uma metodologia que ajuda o desenvolvimento do pensamento crítico e o processo criativo para solucionar um problema do cotidiano.

A seguir, confira alguns dos benefícios do Design Thinking na educação:

1.  Exercitar as empatias;

2.  Incentivar o gosto pela aprendizagem;

3.  Desenvolver soluções eficientes;

4.  Promover um aprendizado colaborativo;

5.  Ajudar o processo criativo e a inovação;

6.  Proporcionar uma aprendizagem colaborativa;

7.  Atender à necessidade humana.

Como inserir no contexto escolar? 

1.  Defina um tema específico, como, por exemplo: saneamento básico na comunidade x. (quando mais delineado o objeto melhor será a profundidade da pesquisa e a solução final).

Depois segue o itinerário:

Empatia: compreender os atores e o contexto em que estão inseridos.

Definir: depois de observar e coletar os dados da etapa anterior, definir o problema do projeto.

Idear: é a hora de gerar ideias de solução! (Usar o brainstormings).

Prototipar: é o momento do teste de hipóteses. Não se prenda a ele, provavelmente será descartado no processo.

Testar: agora é testar com o público-alvo.

Implementar: colocar o projeto no mundo!

Leia mais: Cases de Design Thinking na educação

Portanto, com a aprendizagem personalizado com metodologias ativas a prática educativa incentiva as alunas e os alunos serem protagonista no seu processo de aprendizagem, tornando-se um sujeito autônomo com senso crítico e com a postura ética para atuar na sociedade. 

Gostou das práticas educativas?! Aproveite para conhecer Metodologias Ativas e traga mais significado as suas aulas. 

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