A arma "silenciosa" da liderança de alto nível: Comunicação

A arma "silenciosa" da liderança de alto nível: Comunicação

Na gestão de negócios, muito se fala sobre estratégia, inovação e performance. Mas pouco se debate sobre o que realmente move as engrenagens: a comunicação cuidadosa e bem elaborada.


Não, não estou falando de e-mails sem alma ou discursos prontos em reuniões. Refiro-me à arte de se comunicar com impacto, inteligência e gentileza.


Sim, gentileza. Antes que você torça o nariz achando que isso é papo de coach motivacional, ouça-me: a comunicação gentil não é fraqueza, nem excesso de formalidade.


É uma ferramenta de poder que separa gestores medianos de líderes extraordinários.


A comunicação violenta esteve muito presente nos anos 80 e 90, onde o estereótipo do executivo "tubarão" esteve em alta. Líderes gritavam ordens, impunham respeito pelo medo e acreditavam que resultados vinham à força. E adivinhe? Isso funcionou... até que deixou de funcionar.


Hoje, a comunicação agressiva não só destrói relacionamentos no ambiente corporativo, mas também impacta diretamente o desempenho. Pesquisas mostram que ambientes de trabalho tóxicos afundam a produtividade e afastam os melhores talentos.


Líderes inteligentes entenderam isso. Eles sabem que o tom faz toda a diferença. A mesma mensagem pode inspirar ou desmotivar, construir pontes ou queimá-las.


Como disse a frase que me inspirou a escrever este artigo:
"Se a mesma coisa pode ser dita de mil maneiras, por que não escolher a mais gentil?"


Então vejamos, gentileza não é ser condescendente ou permissivo. Não se trata de evitar conversas difíceis ou fugir de conflitos. Trata-se de como você se posiciona: com respeito, clareza e empatia.


Imagine um CFO comunicando cortes orçamentários. Ele pode dizer:

  • "Vamos cortar sua equipe em um terço, apresse-se e lide com isso."
Ou:
  • "Com os desafios atuais, precisamos reavaliar prioridades. Como podemos diminuir um terço da sua equipe sem comprometer a entrega?"

Ambas as frases transmitem a mesma mensagem, mas qual delas você acha que incentiva a colaboração?


CEOs, líderes seniores e conselheiros têm um papel desafiador: alinhar interesses diversos, muitas vezes conflitantes, e guiar a organização para o futuro. Neste nível, onde as decisões impactam milhares de vidas, a comunicação não é só um soft skill. É uma arma estratégica.


Por exemplo: em negociações complexas um tom gentil desmonta barreiras emocionais e abre portas para acordos melhores; em gestão de crises, ou seja, na turbulência, uma comunicação calma e respeitosa transmite confiança e evita o caos.


Além do mais, é fato que o exemplo vem de cima, portanto o líder que trata as pessoas com respeito cria um efeito cascata em toda a organização.


Se você está no topo, sua comunicação é um reflexo do que você quer construir. Então, pergunte-se:

  • Você inspira ou intimida?
  • Você resolve problemas ou cria novos conflitos?
  • Você é lembrado como um líder que se faz entender ou como alguém que manda e ponto?


Comunicação gentil não é frescura, é estratégia de negócios. É sobre saber o que dizer, como dizer e, acima de tudo, porque dizer.


Em um mundo corporativo onde todos estão ocupados demais, que tal se destacar pela maneira como você se comunica? Escolha as palavras certas. Crie conexões reais. E lembre-se: gentileza nunca foi sinal de fraqueza. É um sinal de inteligência.


Então, da próxima vez que você for abrir a boca ou enviar aquele e-mail, pergunte-se:
"Essa mensagem ajuda a construir ou destruir?"

Porque no fim das contas, o que você diz pode fazer ou quebrar o que você está tentando construir.

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Luciana Tegon

Head Tegon People e Tegon Advogados

1 m

A comunicação é, de fato, uma das ferramentas mais poderosas no mundo dos negócios! O texto traz uma reflexão essencial: as palavras têm o poder de transformar ambientes e pessoas. Como líderes, temos a oportunidade — e a responsabilidade — de usar nossa voz para construir pontes, inspirar e motivar.

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