A ARQUITETURA E O DESIGN DE INTERIORES NÃO EXISTEM UM SEM O OUTRO

A ARQUITETURA E O DESIGN DE INTERIORES NÃO EXISTEM UM SEM O OUTRO

Coube à MR21.DESIGN, empresa fundada pela arquiteta e designer de interiores Rita Ambrósio de Sousa, dar o mote final para o conforto e o bem-estar que se respira na sede da Detailsmind.

Com mais de vinte anos de experiência e projetos em todo o mundo, Rita Ambrósio de Sousa afirma que “o Design de Interiores é a patine final de um projeto de Arquitetura, o espaço mais vivido, mais personalizado.”

A MR21.DESIGN oferece projetos taylor made que primam pelo rigor e competência, sendo a sede da Detailsmind – com enfoque no bem-estar e nos materiais naturais – prova da sua expertise. 

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Para a MR21.DESIGN e para os seus clientes, “o céu é o limite”. Seguindo a máxima “menos é mais”, “procuram-nos por não sermos o mais comum atelier de decoração”, refere. Na leveza e naturalidade dos ambientes, na aposta no eco-design aliado a ideias exclusivas, lê-se a sua assinatura e a preocupação com o futuro, em linha com as tendências atuais.  

Numa entrevista a Rita Ambrósio de Sousa, procurámos saber como foi a passagem da Arquitetura para o Design de Interiores, o que a apaixona e motiva, numa área com cada vez maior destaque e importância nos segmentos da construção e reabilitação. 

A Rita é arquiteta e designer de interiores. Conte-nos um pouco sobre essa mudança de área. Como nasceu o interesse por esta disciplina?

O Design de Interiores “foi-me apresentado” por uma professora no ensino secundário quando nos foi pedido um trabalho de renovação da sala do Diretor da Escola da Escola que frequentei. Entusiasmei-me, pois não me limitei a “brincar” com a mobília como fizeram os meus colegas. Entusiasmei-me, controlei as paredes, o teto e até o chão. Olhei para aquele espaço como uma tela em branco pronta para receber ideias. Estávamos na área de Artes e rapidamente me convenci de que a Arquitetura seria o meu caminho.  

Como define o Design de Interiores?

Ele acaba por ser a patine final de um projeto de arquitetura. As duas complementam-se. O Design de Interiores será o mote lpara o conforto, o espaço mais vivido, mais personalizado. Centra-se mais nos ambientes, nas texturas dos materiais interiores e naturalmente no remate final, que é o mobiliário e peças decorativas e Arte.  

A MR21 é recente. Quais foram as principais motivações para iniciar este projeto em 2021?

Os meus pais foram sempre a minha grande inspiração. Os dois engenheiros, empresários, professores universitários, na área de hidráulica e cada um com a sua própria empresa. Para mim era algo que nunca foi muito pensado – ter o meu próprio atelier – porque foi algo muito natural. Apenas precisava de ter experiência para depois ser eu própria. E assim foi!  

O que considera ser o vosso elemento de diferenciação?

A preocupação pelo futuro. O eco-design aliado a ideias únicas. Projetos exclusivos e acima de tudo uma entrega incondicional. A paixão com que nos entregamos a cada projeto reflete-se nos resultados e nas boas relações com todos os nossos clientes.  

Como aborda a sustentabilidade, que impacto ela tem nos seus projetos?

Sem dúvida que a sustentabilidade no Design é algo que nem se deveria distinguir do Design em si… transversal a todas as artes de criação e não só. Os materiais têm que ser todos classificados com pegada ecológica reduzida. Temos no nosso ADN a escolha de soluções compostas por peças recicladas ou recicláveis e a própria reutilização. Parte de cada um de nós a escolha de materiais e estilos de vida ecologicamente responsáveis.  

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DR

Conte-nos um pouco do seu processo criativo…

Cada projeto tem como pontapé de saída uma base de um conceito que se debruça sobre a história de cada espaço ou uma história que queremos contar. Desenvolvem-se plantas, definem-se linguagens formais, materialidades, texturas… algo que nos rodeia ou que nos despertou a atenção pode ser o início de tudo. Até um pequeno objeto com muito significado pode ser o centro de tudo.  

Há algum trabalho que destaque como especial na sua memória?

Esta pergunta é de difícil resposta…  Todos os trabalhos nos ficam na memória. Mas se me perguntar qual o que mais prazer me deu…? A casa que tive a oportunidade de desenhar para toda a minha família. Um sonho da minha Mãe e do meu Pai …foi exigente para todos! O resultado é algo que apenas me faz sentir prazer e poesia, por sentir que “viver a nossa casa” só resulta em sorrisos.

O Design está, na sua opinião, destinado a ser algo efémero?

O Design rodeia cada um de nós. Mesmo sem termos noção. Sabia que o interruptor com que acende alguns candeeiros foi criado por um dos designers de referência de sempre nos anos 60, Achille Castiglioni? A forma segue a função, um dos princípios do Design do século XX. Por isso, este está e estará sempre presente.  

Acredita que estes novos tempos trouxeram um novo olhar sobre a casa?

Caindo no erro de repetir o que muitos já disseram, depois do que todos vivenciámos em 2020 e 2021 quando tivemos que viver incansavelmente a nossa casa, sim! Sem dúvida que a casa deixou de ser apenas a base, passou a ser (de novo) experienciada e vivida de uma forma mais intensa. O patamar de exigência elevou-se. Todos começámos a olhar para a nossa casa e para detalhes na escolha dos interiores que antes não seriam tão relevantes.  

Quais as tendências atuais no design de interiores?

“Less is more”, como disse o Arqto Mies van der Rohe. A simplicidade ocupa cada vez mais as nossa vidas. Procuram-nos exatamente por não sermos o mais comum atelier de decoração. Temos uma forma de ver e viver o espaço de maneira que a leveza e naturalidade de ambientes que criamos faz parte do nosso ser. A arte está no prazer de criar.  

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A entrevista até aqui foi centrada na Arquitetura, design e processo de criação. Mas os clientes são fundamentais e parte integrante dos projetos, oque pretendem, as suas expectativas e ideias. A Detailsmind convidou a Rita para participar na remodelação da sua Sede.  

Como foi a relação com o cliente neste projeto?

Como qualquer relação, a confiança é algo determinante. Depois vem a linguagem estética que entre o design de interiores e o cliente deve ser a mesma. A comunicação deve ser aberta e o respeito mútuo. A relação torna-se muito pessoal muitas vezes, especialmente em casas privadas. Com o David Marques, criou-se uma relação de confiança profissional e também um excelente entendimento e empatia a nível pessoal.  

Sobre o projeto Sede Detailsmind: quais foram as premissas, quais os problemas encontrados e de que forma os abordaram?

Foi-nos pedido um espaço onde todos se sentissem em casa. Um espaço onde cada colaborador da Detailsmind se sinta bem, num ambiente confortável. A confirmação desse bem estar levou-nos a soluções com tecidos, cor e essencialmente com materiais naturais como a lã, a madeira natural, a pedra. As peças decorativas que vão preenchendo o espaço, conferem também essa sensação de aconchego. Os problemas surgiram, mas as soluções também. Tudo tem solução com a equipa de profissionais com que costumamos trabalhar nas diferentes vertentes e no fim o resultado é fantástico.  

O que priorizou ao “criar” este espaço?

A sensação de bem-estar e a exclusividade de soluções.  

Sentiu que teve liberdade para criar a sua narrativa?

Muita liberdade. É muito fácil trabalhar com e para o David. O elemento principal que percorre todo o espaço foi a peça mais desafiante e também uma das mais fáceis de ter a aceitação do Cliente.

O que teve de especial este projeto?

O Cliente, e um projeto de base de um Arquiteto que considero um dos melhores da atualidade nacional – o Arquiteto Tiago Silva Dias.

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