A arte imita o corporativo ou o corporativo imita a arte?
Este ano, mais uma vez, alguns grandes clubes do futebol brasileiro tiveram os holofotes voltados a eles, porém, desta vez o foco está sendo a má administração por trás dos times e me lembrou de Moneyball (O homem que mudou o jogo), que como em muito outros filmes, ensina algo a alguém.
Baseado no livro Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game (Michael Lewis) – traduzido como A Arte de vencer um jogo injusto - o filme conta a trajetória de um destemido gerente geral de um time de baseball (Billy Beane) que conhece e enxerga o potencial, em meio a uma reunião frustrada de transações de jogadores famosos, Peter Brand um economista recém-formado que usa sua habilidade com os números para criar estatísticas que mudariam em médio prazo o time de Oakland Athletics, e juntos mudariam o jeito de administrar times. Há clichês no filme, assim como, também há muito do corporativo.
O fato é que Billy Beane, com toda sua experiência e talvez pela situação econômica do time não se fechou as vozes menos ativas de uma reunião e, enxergou em um jovem recém-formado um mundo de possibilidades novas, e o melhor, a baixos custos.
O filme também mostra que seu protagonista abre mão de um contrato milionário, com um grande time da (Boston Red Sox) o qual o tornaria o profissional mais bem pago da história da liga, para cumprir seu contrato com honra e dignidade e para ter seu nome estampado na história do Oakland Athletics.
Coincidências entre os dois mundos
O filme mostra conceitos de Marketshare, liderança, planejamento estratégico e gestão de pessoas, que estão explícitos no decorrer da história. Moneyball trás outro conceito importante na gestão de negócios que é o CHA (Competência, habilidade e atitude – são qualidades intrínsecas de Billy Beane - que são essenciais para o planejamento do time), além é claro da coragem do gerente em não se acomodar com um sistema já ultrapassado de gestão no esporte e que mesmo em condições de falência os empresários do time teimam e manter.
Para quem não assistiu, mas se interessou independente dos comparativos, verás mais uma sensacional atuação de Brad Pitt que junto de Jonah Hill e Philip Seymour Hoffman fazem deste filme – pelo menos pra mim – um dos melhores de 2012.