#assédiomatapordentro
Você já morreu pelo seu trabalho? Eu já! E não precisei morrer fisicamente, pois o impacto das cicatrizes que carrego mataram-me por muito tempo. Mas renasci. Quer saber como?
Certa vez ouvi de uma colega durante um curso sobre felicidade, que eu não poderia desistir porque eu tenho uma "missão". Achei uma fala forte, mas aquilo ficou na minha cabeça durante muito tempo. Naquele dia tinha compartilhado como a violência organizacional é devastadora, como já tinha sido alvo e por conta disso tinha transformado minha dor em pesquisa.
O que não cheguei a dizer foi que apesar de estudar tanto desde 2010 e ter feito um projeto pelo Instagram sobre o futuro do mundo do trabalho "O mundo do trabalho mudou...E agora?" em 2020 @kariuchoa, foi que estava vivendo uma nova morte: a da minha identidade profissional, do meu crachá, daquilo que até então me fazia tão feliz e realizada, motivo pelo qual acreditei que podia fazer a diferença no mundo do Compliance.
Apesar de nada ter falado, ficou claro o quanto meu brilho nos olhos foram substituídos por lágrimas, e as palavras que se fizeram ausentes foram facilmente compreendidas e trocadas por abraços afetuosos de quem estava presente.
Por mais que tente compreender o que faz uma pessoa violentar alguém no ambiente de trabalho, os dados sempre trarão características, mas não uma fórmula que possa evitar que o fenômeno continue acontecendo todos os dias em todos os lugares e não escolhe gênero, idade ou cargo.
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As feridas são invisíveis, mas não significam que são inexistentes. E quando falo sobre o tema sempre deixo claro que precisamos falar sobre prevenção para que possamos promover ambientes mais seguros psicologicamente e principalmente investir em acolhimento, real pautado na integridade e na transparência.
Mas a realidade é bem diferente: sabe aquela máxima que "na teoria tudo é lindo, mas na prática...", pois bem vivi isso na pele. Depois de construir todo um projeto com o objetivo de contribuir para um legado que sempre teve como foco o coletivo, conheci o olho do furacão da violência organizacional com personagens bem peculiares e passei a vivenciar, através daqueles que deveriam defender os princípios e os ideais em prol de uma sociedade mais justa e solidária, situações cada vez mais humilhantes e traumáticas.
Confesso que fui ao fundo do poço e com uma rede de apoio poderosa (protagonizada pela minha família que nunca largou a minha mão), consegui emergir com pouco ar, mas o suficiente para voltar a nadar em uma mar de oportunidades fortalecendo minha autoestima e entendendo o que era a chamada "missão".
Hoje mais do que nunca, trilho um caminho sem volta: fortalecendo a rede de apoio de outras pessoas, orientando quando necessário casos que chegam todos os dias sobre o mundo do trabalho e divulgando a todos os cantos do planeta que #assédiomatapordentro!
Riscos e Seguros | Diretora de Riscos e Empreendedorismo
3 mQuanta expressividade nesse post! Justamente no fechamento de mais um ciclo. Acompanhei de perto a sua história, as lágrimas que vinham do âmago e também te vi ressurgir mais fortalecida, procurando entender o seu processo e, generosamente, compartilhar a sua vivência. Uma nova era e trajetória se abrem a sua frente, abraços e acolhimento não vão te faltar. Você tem apoio e é fantástica, grande e forte abraço querida Karina Uchôa! 💐💞
BRICS | Law | Traffic | Archival and Information Science
3 mQuerida Karina, torço junto contigo que você faça o melhor sobre aquilo que fizeram com você, parafraseando Sartre. Com o seu exemplo, mais uma vez está ensinando.
Advogado | Executivo em Compliance e Investigações Corporativas | Liderança Estratégica em Gestão de Riscos e Governança | Especialista em Direito Penal | Delegado Federal Aposentado
3 mAlém de destruir a autoestima e a saúde emocional, o assédio pode, tragicamente, levar a consequências ainda mais graves, como depressão, suicídio ou outras tragédias. É urgente combater o assédio em todas as suas formas: educando sobre o que ele é, tomando medidas fortes para preveni-lo e agindo firmemente contra os casos que surgirem. E deixar claro que cabe a todos denunciar o assédio. Sinto muito pelo que passou e espero que as pessoas que o fizeram tenham pago o preço por esse delito. Assédio mata por dentro e também pode matar por fora! Cada ação conta para criar ambientes de trabalho mais saudáveis, agradáveis e seguros para todos.
Coordenação de Relacionamento Institucional na Prefeitura do Rio de Janeiro
3 mNão morramos mais! Nunca mais!
Sócia na FALE Consultoras, professora, palestrante e facilitadora de processos e pessoas.
3 mUma reflexão pra lá de necessária :(