Atlas Solar da Bahia - Parte 1: Visão Geral
No último dia 25 de maio de 2018, no SENAI Cimatec, foi lançado oficialmente o Atlas Solar da Bahia. O estudo, iniciado em 2016, teve investimento superior a um milhão de reais do Governo do Estado da Bahia, por meio das Secretarias de Infraestrutura e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação. A execução do estudo ficou a cargo do SENAI Cimatec e seu centro de supercomputação, com o apoio da Camargo Schubert e AWS Truepower, mesmo trio responsável pela elaboração do Atlas do Potencial Eólico da Bahia em 2013.
Tal como outros estudos similares, o Atlas Solar da Bahia traz inicialmente a caracterização do estado. O grande destaque dessa primeira seção é a apresentação do Consumo de Energia Elétrica por Microrregião, considerando apenas o mercado cativo, e classe de consumo, exemplificando bem a variação do perfil de clientes das concessionárias de distribuição existentes no Estado.
Em seguida são apresentados a fundamentação teórica sobre a radiação solar e climatologia. O principal ponto apresentado aqui são as primeiras interações que mostram uma primeira comparação e superposição entre os potenciais eólico e solar do Estado. Posteriormente, o Atlas apresenta as restrições ambientais existentes na Bahia e que serão impeditivos ao desenvolvimento de projetos solares, tais como: unidades de conservação, terras indígenas, quilombos e assentamentos rurais.
O próximo item do Atlas detalha o histórico e a evolução da tecnologia solar fotovoltaica. São apresentados também critérios para a identificação de locais com potencial para o aproveitamento da geração solar centralizada e distribuída. Por fim, são descritas no Atlas a metodologia utilizada (WRF-Solar - Weather Research and Forecasting Model) e apresentados os mapas consolidados de irradiação global, difusa e direta, considerando os períodos anual, sazonal e mensal.
Após todas as considerações anteriores, é demonstrado o potencial solar do estado, tanto para a geração centralizada quanto para a distribuída. A estimativa para o potencial de grande porte é estimado em cerca de 100GW para a tecnologia de silício cristalino e sem rastreador (também estão disponíveis as avaliações com trackers e tecnologia de filme fino). Já a geração solar distribuída é estimada com um potencial de 177 MW, considerando outros critérios e premissas bem diferentes da geração centralizada.
Porém, o grande destaque desse capítulo do Atlas é a análise do potencial híbrido solar-eólico para a geração de energia, uma inovação do estudo baiano e que aponta resultados bastante promissores.
O Atlas Solar da Bahia estará disponível em breve nos sites das Secretarias de Infraestrutura e de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia. Nas próximas partes da nossa série desvendando o Atlas Solar da Bahia abordaremos a fundamentação teórica e, em seguida, a metodologia e os resultados do estudo.
Um abraço.
Head of O&M - Global Wind Service na Voltalia
6 aNossa Bahia na pole position
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