A atual Inadimplência no Brasil
Cerca de 59 milhões de brasileiros estão na lista de inadimplentes. O total de dívidas chega a R$ 255 bilhões. A situação da inadimplência no Brasil é pior que revelam os indicadores públicos e privados. A grande parcela da população brasileira se encontra endividada ou inadimplente em razão da crise ocasionando problemas que vão muito além do dinheiro, envolvendo até mesmo relações familiares e saúde. Esse crescimento, com certeza tem muito em relação à crise política e financeira atual, todavia, outras questões também são geradoras desse problema.
Os fatores mais comuns estão o acesso fácil ao crédito, falta de planejamento, falta de controle, necessidade de status e vários erros que levam ao endividamento e a inadimplência. A proporção de inadimplentes entre todos os tomadores de crédito aumentou expressivamente ao longo do último ano, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, e isso pode ter um grande impacto sobre a economia.
Estudo pela Serasa Experian revela que os jovens, de 18 a 25 anos, representavam em março deste ano 15,7% da inadimplência no país. São cerca de 9,4 milhões de pessoas com dívidas atrasadas dentro desta faixa etária, que ocupa o segundo lugar no ranking de brasileiros negativados. Os jovens também estão sendo afetados pela falta de emprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre do ano, a taxa de desemprego da população de 18 a 24 anos ficou em 24,1%, representando um crescimento de 6,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. A faixa etária entre 41 e 50 anos concentra atualmente a maior parte da inadimplência (19,1%), no entanto, o grupo de jovens é o que mais apresentou crescimento nos últimos trimestres; o crescimento do desemprego e a alta da inflação e dos juros impactaram diretamente na quantidade de jovens com dívidas atrasadas no país. Além disso, a falta de experiência deles no crédito e a maneira mais impulsiva na hora de fazer compras também contribuem para esse resultado.
Quem tem a educação financeira, requisitos básicos para se viver bem, saberá controlar, planejar e usar melhor seu dinheiro, podem evitar a inadimplência e certamente, poderá desfrutar muito melhor desta vida. Enfim, vamos todos investir em nossa saúde financeira para dar sustentabilidade às nossas principais saúdes: física, mental e espiritual.