Aulas não são jaulas
Refletir sobre a prática docente é tarefa diária do educador que vislumbra qualificar suas aulas.
Criança precisa de espaço, de movimento... precisa ser aceita e entendida como criança e não como adulto em miniatura (como nos ensina Rousseau, em seu Emílio).
Professores são aqueles que se debruçam sobre o novo, que lutam pelos direitos dos alunos, que os ensina a reivindicar e argumentar.
Há os 'dadores de aulas' cujo horário da semana anseia o próximo fim da mesma.
Encontrei em Teresinha Rios, o aporte que move este meu pensamento e faço dele, um convite à mudança.
“Uma das coisas que realizo com maior alegria é ensinar, fazer aulas. Gosto das aulas tanto quanto gosto daquilo que ensino. Fui escolhendo devagar o meu ofício e hoje tenho certeza de que não poderia fazer escolha melhor. Pode soar romântico este testemunho, quando se considera a situação em que vivem os professores no Brasil. Não pensem que sou uma exceção, um caso raro. Não deixo de enfrentar limites, de querer de vez em quando “largar tudo”, de ver às vezes a esperança se afastar. Entretanto, é no próprio espaço do trabalho que “esperanço” de novo, que retomo com vigor a luta, que encontro possibilidades e alternativas. Auxiliam-me nesse movimento a prática e a reflexão sobre ela, o fazer e o pensar crítico sobre ele, num exercício que mescla razão e paixão”. (RIOS, 2009)
Eis a questão: enfrentar com altivez os percalços diários, sem deixar de ter esperança no/a menino/a.