Benefícios da LGPD para as empresas

Antes de definir obrigações e punições, a LGPD tem como objetivo orientar o tratamento de dados pessoais para uma gestão baseada em riscos, com mais responsabilidade e transparência.

Antes de ser um risco em si, a LGPD é um compilado de instruções sobre boas práticas, prioriza a ética, o respeito e a transparência nas relações com os públicos de interesse.

O empresário que assume esta responsabilidade agora está na vanguarda do mercado, pois as regras de proteção de dados não são apenas obrigações legais, elas representam a sustentabilidade do mercado movido a dados.

Além do aspecto inovador da LGPD, há outros benefícios. Trata-se de uma trilha que visa conhecer, organizar e gerenciar todos os dados pessoais que compõem o patrimônio da organização. Se o processo de adequação for bem planejado, estimula a empresa a elevar seu grau de governança de forma geral.

Inventário: permite a mensuração correta do patrimônio de dados que a organização gerencia.

Desenho de processos de negócios: permite a identificação dos dados efetivamente necessários para cada operação, além de permitir melhor gerenciamento por processos.

Saneamento: traz mais agilidade e economia de recursos.

Consolidação de bases de dados: facilita o gerenciamento e os controles.

Gestão baseada no risco: permite maior clareza no gerenciamento e nas tomadas de decisão, pois os processos estão bem desenhados e enxutos.

Accountability: ter gestão sobre todo o patrimônio de dados não apenas permite que extraia dele os benefícios desejados, permite também que se preste contas com mais facilidade e segurança;

Cultura organizacional: o processo de transformação cultural reforça a segurança e permite maior controle sobre todo o fluxo de dados da empresa.

Responsabilidade na cadeia de fornecimento: tende a trazer um redesenho no mercado de fornecimento, gerando um crescimento geral da maturidade de todos os players.

Transparência na comunicação: permite o desenvolvimento de uma relação de confiança com todos os seus públicos, incluindo clientes e investidores.

Segurança da informação: representa ganho global para a segurança de toda a organização.

Direcionamento nos investimentos: as obrigações da LGPD funcionam como direcionadores para o planejamento estratégico, além de levar o foco para soluções simples e eficazes.

Competitividade mercado B2B: para se manter ativo e competitivo no mercado é preciso atender às exigências da LGPD. Esta regra é válida para os mercados nacional e internacional.

Competitividade no mercado B2C: a relação de confiança com o público é a evolução natural da cultura de proteção de dados, então para se manter competitivo no mercado brasileiro, a adequação à LGPD é essencial. Já para ofertar produtos e serviços para o mercado europeu, a adequação é obrigatória.

Imagem: reduz consideravelmente os riscos de um escândalo envolvendo uso indevido ou vazamento de dados pessoais.

Contribuição para a cultura social de proteção de dados: as empresas que contribuem para o correto aculturamento social tendem a ganhar mais credibilidade dos players e consumidores.

Segurança jurídica: evita sanções relacionadas à própria LGPD e outras relacionadas à responsabilidade civil por eventuais danos causados aos titulares de dados.

Compliance: estar em compliance com a LGPD representa atender também outros dispositivos legais e regulamentares (Marco Civil da Internet, Código de Defesa do Consumidor, PCI etc.).

ESG: a proteção de dados etá embutida no conceito de responsabilidade social e a EGS só aumenta a credibilidade das organizações.

Posicionamento inovador: atender à LGPD significa estar preparado para acompanhar as mudanças da sociedade e do mercado de forma ágil e segura.

Diferencial competitivo: adotar a privacidade e a proteção de dados ainda é um diferencial competitivo. 

Visão pela Cadeia de Valor

A LGPD é sim uma lei e como tal, precisa ser respeitada, mas antes, reflete um movimento natural de uma sociedade que está em franca transformação. Além dos ganhos operacionais e da segurança jurídica, ainda é preciso considerar a perpetuidade no mercado, a inovação segura e o diferencial competitivo.

Cabe à empresa entender a lei e definir como vai encará-la. Será força ou fraqueza? Oportunidade ou ameaça?