[bilhete 004] autossabotagem: modo de uso para aumentar sua ansiedade

[bilhete 004] autossabotagem: modo de uso para aumentar sua ansiedade

autossabotagem | medo da opinião alheia | definição de objetivos | como parar de se autossabotar


essa é uma edição curta das cartas da newsletter postei & saí, sobre ansiedade e vida moderna.

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🎧 leia essa edição ouvindo atlantis, do seaflet

caro amigo,

tenho quase certeza de que sou meu pior inimigo. vou te explicar.

essa conclusão me veio analisando mais alguns pontos da minha vida. venho constantemente tentando evoluir em algumas partes da vida, mas quando estou prestes a passar de nível, eu arrumo alguma maneira de me sabotar, fazendo qualquer outra coisa que me atrapalhe.

às vezes eu não sei, mas parece que não consigo me ver bem ou evoluindo, é um estado constante de punição. de olhos sempre fixos na tela daquele aparelhinho na palma da minha mão eu encontro um prato cheio pra continuar me punindo.

cada scroll é um passo largo em direção aos corredores escuros da minha mente, onde me perco muitas vezes. a ansiedade? ela sempre está lá, meu caro, sussurrando dúvidas e medos no meu ouvido. nada de novo.

o pior é que eu sei. eu sei muito bem que estou caindo mais uma vez na armadilha que eu mesmo criei. constantemente são altos e baixos que nunca me deixam sair desse ciclo vicioso.

na primeira queda, culpo a vida, o ambiente ou qualquer um, menos eu mesmo. sou só um expectador. acendi uma fogueira aqui dentro e queimo qualquer chance que aparece de mudança.

[...]

espero que por aí esteja melhor,

maik


trecho da carta 006 da edição estendida da p&s sobre o sabotador (eu). assine para ler as edições completas direto no seu e-mail :)

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foi duro ler isso? realmente quando colocamos as palavras pra fora, elas podem assustar. mas também é um exercício de se perceber, se conhecer e fazer algo em cima disso.

autossabotagem. quando o nosso inimigo tem a nossa própria face, a luta é muito mais complexa. parece que constantemente estamos nadando contra a maré.

ao mesmo tempo, fica a autoanálise: me percebo colocando impedimentos que crio na minha própria mente para diversas situações, por isso, tenho sido culpado por algumas frustrações também.

se eu sou um escritor e fiz esse combinado comigo mesmo, mas não escrevo e nem compartilho com o mundo minhas palavras, também sou culpado por isso.

se eu me sinto mal e ansioso rolando o feed e passo horas e horas fazendo isso sem me perceber, eu também tenho certa culpa nisso.

“ah, mas o algoritmo”, “posso deixar pra escrever amanhã”. o culpado parece que nunca somos nós mesmos. o autossabotador não se percebe como responsável por determinadas ações que o afasta da sua própria essência.

sim, existem vários culpados também dentro dessa conta, o ambiente é um deles. mas hoje, estamos falando apenas da autorresponsabilidade. aquele compromisso que você fez internamente dentro do quarto quando estava se sentindo esgotado e precisando mudar de vida, sabe?

todas as vezes que caímos novamente nesse ciclo vicioso de coisas que nos arrependemos depois, mas continuamos fazendo, dizemos não para nossas promessas.

me vejo constantemente nesse ciclo, faço escolhas que sabotam meus próprios sonhos, mas sigo firme tentando manter pelo menos este compromisso aqui. eu não sei quanto tempo isso vai durar, mas eu sei que deixá-lo cair no esquecimento não é mais uma opção.

o resumo disso tudo, é saber quem é você. e então te pergunto agora, caro leitor: quem é você? fora sua profissão, seu status social, seus bens, quem é você?

abaixo algumas dicas para identificar seus padrões e começar a entender conscientemente suas próprias responsabilidades e arcar com as suas consequências.

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como abandonar o ciclo vicioso da autossabotagem

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✍️ sobre o autor:

maik é natural de cristina, interior de minas gerais, desde 1997. é criador de conteúdo graduado em marketing, redator e comunicador.

desde que passou por um burnout, mudou seu estilo de vida e passou a compartilhar suas crônicas sobre ansiedade digital como exercício de autoconhecimento e aprendizado. viciado em séries, também escreve recaps das suas favoritas nas horas vagas.

é aprendiz e praticante do minimalismo digital e da escrita terapêutica para uma vida online saudável. além disso, defende o storytelling como ferramenta de envolvimento e consolidação de marca através do marketing de conteúdo.

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Maurício Cordeiro Neves

Diretor de Criação na Symples Informação Digital

10 m

Maik, a questão toda está cediada no “auto”, remova essa função e tudo estará resolvido, se tentar fazer algo, é como um sensor de movimento, está ligado e reativará o sistema. Se olhar apenas para a situação, desligada, com o tempo se tornará algo tão inútil que deixa de existir. As vezes teimamos em querer confrontar o óbvio, sempre achando que é preciso ser útil, só assim seremos mais explorados e portanto alimentarmos a nossa insatisfação. Quando deixamos no piloto automático, chega ao ponto de perdermos por completo a noção. Depois de desligado, aproveite e faça como sugere o TAO, não faça NADA, seja inútil, mas dessa vez um inútil CONSCIENTE. Maurício, você está fomentando o CAOS no meu artigo. Não Maik, apenas convidando as pessoas que antes se”auto sabotavam” a sabotarem-se conscientemente, isso fará uma diferença incrível. “Postei&sai”!

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