Blade Runner

Artigo publicado no caderno "cidade" do Jornal Mogi News em 29/11/2016

afonsopola@uol.com.br

Blade Runner (o Caçador de Androides), é um filme de ficção científica norte-americano de 1982, dirigido por Ridley Scott e estrelado por Harrison Ford. A trama ocorre no início do século XXI, quando uma grande corporação cria um robô com uma inteligência comparada aos seres humanos e superior a eles em força e agilidade, denominados de Nexus 6. Eram chamados de replicantes e serviam como escravos na colonização e exploração de outros planetas.

A ocorrência de um motim provocado por esses robôs mais evoluídos em uma colônia fora da Terra faz com que os replicantes sejam considerados ilegais na Terra e passam a ser caçados por policiais de um esquadrão de elite, conhecidos como Blade Runner.

Um grupo de replicantes Nexus 6 foge de seu local de trabalho em busca do prolongamento de seu tempo de vida, pois apesar da agilidade, força e inteligência, eles têm apenas quatro anos de vida. Na Terra, esse grupo é perseguido por um Blade Runner interpretado por Harrison Ford.

Na fantástica cena final do filme, o líder dos fugitivos e o caçador de androides se enfrentam sobre o terraço de um arranha céu. Sob uma intensa chuva ácida eles travam a derradeira batalha. O Blade Runner fica pendurado em uma coluna de aço preste a cair. No momento em que suas mãos se soltam da coluna o androide o segura pelo punho e o iça até o terraço.

Os dois ficam sentados, frente a frente, enquanto o androide fala sobre a tristeza do fim da vida. Ele diz que tudo o que viu e viveu, “...todos esses momentos se perderam no tempo como lágrimas na chuva” e logo depois morre. Ele amava tanto sua vida, que até a vida de seu oponente era importante demais para ser desperdiçada. Por isso o salvou.

Todos nós compomos aquilo que chamamos de humanidade. A morte de cada um, seja quem for, é a morte de um pedaço dessa humanidade. O que dizer então do momento em que vivemos. Como entender pessoas festejando a morte de outras pessoas. Pessoas desejando a morte daqueles que são diferentes, que pensam diferente.

Triste de nós que pertencemos a uma espécie que não ameaça apenas a existência de outras espécies. Somos tão mesquinhos e medíocres que ameaçamos inclusive nossa existência e nossa condição humana.

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