BNDES= + ágil + rápido
ECONOMIA
Recife, terça-feira, 10 de abril de 2018
BNDES será mais ágil, diz Dyogo
O novo presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, tomou posse ontem com o discurso de que o banco terá que se reinventar e se adaptar a um novo cenário, de juros baixos, no qual não há mais espaço para subsídio.
Disse ainda que quem bater à porta do banco para tomar crédito será tratado como cliente e não como beneficiado e que o objetivo é tornar a instituição mais ágil na concessão de crédito, para elevar sua competitividade: “Na era do juro baixo, o BNDES será diferente, não será maior nem menor. No passado, o BNDES era o principal financiador de infraestrutura. Não é mais assim. O BNDES será mais ágil, passará a tratar aquele que bate à sua porta não como beneficiário, mas como cliente, que merece ser atendido com rapidez”.
Segundo ele, o banco será mais pró-ativo, identificando, especialmente no setor de tecnologia, as empresas que podem ser alvo de apoio. “A proatividade vai se somar à agilidade”, disse Dyogo.
Na sua visão, como os juros do banco serão próximos aos do mercado, a celeridade nos processos será fundamental. Dyogo não estabeleceu meta de redução de prazo ou de desembolso – a estimativa de liberação de R$ 80 bilhões em 2018 está mantida.
Dyogo afirmou também que, nesse cenário de juros baixos, os fundos de pensão, as seguradoras, os family officies “estarão ávidos por aplicações que ofereçam um pouco mais de rentabilidade que os títulos do Tesouro”. Por isso, o BNDES deve focar na estruturação de projetos. Segundo ele, os investidores têm reclamado que há escassez de projetos. Ele frisou, ainda, que o banco vai apoiar micro e pequenas empresas e fortalecer o mercado de capitais.
Para o presidente Michel Temer, os bancos públicos devem ter função social, diferentemente dos bancos privados. Na visão dele, os bancos privados contribuem para o desenvolvimento econômico, o que indiretamente tem efeitos positivos sobre a área social, porém cabe aos públicos responsabilidade distinta. “Os públicos, afora o desenvolvimento econômico do país, também devem perseguir a questão social. Por isso o ‘S’ do BNDES”, disse.
Temer se referia a investimentos em educação e segurança pública e mencionou diretamente a linha de crédito aberta pelo banco para a segurança pública, que tem como meta liberar R$ 5 bilhões aos Estados neste ano.