Boletim de Mercado
Quinta-feira, 22 de Agosto de 2024

Boletim de Mercado Quinta-feira, 22 de Agosto de 2024

Ibovespa bate novo recorde pelo terceiro dia consecutivo:

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta nesta quarta-feira (21), marcando o terceiro dia consecutivo de recordes. Durante a sessão, investidores voltaram sua atenção para o exterior, analisando dados revisados de emprego nos Estados Unidos e a ata da reunião de julho do Federal Reserve. O dólar teve leve oscilação, com variações sutis no mercado internacional.

O Ibovespa fechou o dia em alta de 0,28%, atingindo 136.463 pontos. Na sessão anterior, o índice também havia alcançado um novo recorde com alta de 0,23%, chegando a 136.087 pontos. Já o dólar encerrou o dia com leve queda de 0,07%, cotado a R$ 5,4823. No início das negociações, a moeda apresentou uma pequena desvalorização em relação ao real, revertendo parte dos ganhos do dia anterior. Na terça-feira (20), o dólar à vista estava cotado a R$ 5,486.

Nos EUA, S&P 500 subiu 0,42%, fechando aos 5.620,85. Nasdaq subiu 0,57% e encerrou a sessão aos 17.918,99 pontos. Dow Jones teve menor alta, subindo 0,14%, encerrando o dia aos 40.890,49 pontos. 

Ata do FED aponta para corte de juros em setembro:

No mês passado, as autoridades do Federal Reserve estavam amplamente inclinadas a um possível corte na taxa de juros durante a reunião de política monetária de setembro, com alguns membros até dispostos a reduzir os custos de empréstimos imediatamente, conforme revela a ata da reunião do FOMC  de 30 e 31 de julho divulgada ontem. Embora o banco central dos EUA tenha decidido manter a taxa básica inalterada na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, o documento sugere que um corte pode ser considerado na reunião de 17 e 18 de setembro.

Os mercados financeiros têm antecipado que a reunião de setembro poderia marcar o início de reduções na taxa básica, atualmente situada na faixa de 5,25% a 5,5%. Há expectativas de uma flexibilização de até 1 ponto percentual até o final do ano.

Durante a reunião de julho, a ata revelou que “a grande maioria” dos formuladores de política monetária acreditava que, se os dados continuassem conforme o esperado, seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião. Além disso, foi destacado que muitas autoridades do Fed consideram a atual postura de juros como restritiva e alguns participantes argumentaram que, diante da contínua diminuição das pressões inflacionárias, manter a taxa inalterada poderia intensificar o impacto da política monetária na economia.

Embora todas as autoridades tenham concordado em manter os custos dos empréstimos em julho, “vários” membros do Fed apontaram que o progresso na redução da inflação, aliado ao aumento do desemprego, forneceu uma base plausível para uma redução de 25 pontos-base nesta reunião, ou que poderiam ter apoiado essa decisão.

A ata também revelou que um número crescente de formuladores de política monetária teme menos que um afrouxamento prematuro da política monetária possa reverter a inflação. A justificativa para um possível corte nas taxas é a desaceleração da inflação em direção à meta de 2% do banco central, além da crescente preocupação com a situação do mercado de trabalho, após dados recentes mostrarem um aumento na taxa de desemprego.

A elevação rápida na taxa de desemprego, que subiu de 3,4% no início do ano passado para 4,3% no mês passado, intensificou o debate sobre a necessidade de cortes nos juros. Alguns analistas sugerem que uma redução de 0,50 ponto percentual pode ser considerada no próximo mês.

A ata também destacou que as autoridades veem o mercado de trabalho como tendo retornado em grande parte ao nível que estava antes da pandemia de Covid-19, descrevendo-o como “forte, mas não superaquecido”.

As preocupações do Fed com o mercado de trabalho podem ser amplificadas pela estimativa do Departamento do Trabalho, divulgada na quarta-feira, que revisou o número de empregos em março, indicando 818.000 empregos a menos do que o anteriormente reportado. Essa revisão faz parte do processo anual de ajuste do índice de referência.

Além disso, a ata observou que a “maioria” das autoridades do Fed considera que os riscos para o mercado de trabalho aumentaram, enquanto os riscos relacionados à inflação foram reduzidos. O nível atual de desemprego já é superior ao 4% projetado pelo Fed para este ano, conforme as projeções econômicas atualizadas em junho, e também está acima dos 4,2% estimados para o final do próximo ano.

Agora, o foco se volta para o discurso de Jerome Powell no evento de Jackson Hole na próxima sexta-feira, onde ele pode fornecer mais pistas sobre a possível redução de juros em setembro.

Principais Indicadores:

Selic Meta: 10,50%

CDI: 10,40%

DI Futuro (Jan 2026): 11,47% (média).

Bolsas de Valores:

Ibovespa:136.463,66 (+0,28%)

S&P 500: 5.620,85 (+0,42%)

Dow Jones: 40.890,49 (+0,14%)

Nasdaq: 17.918,99 (+0,57%)

Moedas:

Euro: R$6,1117 (+0,17%)

Dólar: R$5,4810 (-0,07%)

Inflação:

IPCA: 4,50% (acumulado 12 meses)

IGP-M: 3,82% (acumulado 12 meses)

 

Desejo a todos uma ótima sessão!

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