Bolsonaro de hoje é o PT de ontem.

Escrevi no facebook uma famoso TEXTÃO. Achei pertinente trazer ele aqui… então lá vai:

Toda segunda-feira sai um podcast da Folha de S.Paulo, chamado Presidente da Semana.

Gosto de ouvir porque é bem dinâmico, embora sempre tenha me interessado por história política.

É curioso como a história traz certos acontecimentos que se repetem. Há uma frase que gosto, que diz algo assim “conheça a história e não repetirá os mesmos erros…” é algo assim.

Podem me xingar, mas a mesma sensação de renovação de agora, com o Bolsonaro e o avantajado crescimento do PSL, já se deu no passado, com o Lula.

Eu sei o resultado final (corrupção, sucessão no poder, má gestão da Dilma… enfim), mas falo a sensação de rompimento com o paradigma atual.

Há de convir que há outras semelhanças do momento atual com outros momentos da história. Mas não vou ficar enumerando aqui. Vá em busca deles, vale a pena.

Mas voltando ao meu pensamento matinal, curvo-me ao atual sentimento que traz essa esperança aos corações cansados dos eleitores. O Bolsonaro não é (de longe) uma pessoa que se possa adjetivar como preparada e competente, pode-se dizer espontânea, (talvez) sincera, patriota e outros que minha recente memória #elenão não me facilitam trazer aqui.

Tenho medo do amanhã, confesso. Mas esse medo vem com a eventual intransigência ideológica do Bolsonaro, ao, se entrar no governo, continuar a proferir agressividade, mas também temo a incapacidade atual do PT de gerir a si, quem dirá um pais.

Do muito que se aprende com a história, uma certamente é consenso: o maior erro do gestor é querer se perpetuar no poder, seja por si ou por outrem.

O PT da gestão Lula errou? Sim, com certeza, ao fazer a mesma política suja que tanto condenava. Mas o PT que quis se perpetuar no poder, elegendo a incapacidade foi o seu fim.

Não é o tempo do PT morrer, mas é de se reciclar, sob pena de ser “assassinado” politicamente (desculpem-me o trocadilho). A mostra de que o PT se reinventou no tempo foi em 2002, quando elegeu o Lula, mas agora é necessário novamente parar e refletir que a velha política não está mais se encaixando com o pensamento da população (e graças a Deus, ao menos isso).

Velhos caciques partidários que governavam o pais, direta ou indiretamente, caíram (amém). Para se instalar no poder, o PT fez acordos com eles (estou falando da gestão Lula mesmo), dai surgiram os dissidentes do PT, que fundaram outros partidos.

Naturalmente o Bolsonaro não fará acordos com esses, mas protagonizará outros nomes (basta ler o Jornal de ontem e hoje para ver que serão os nomes fortes do eventual governo), que, se não cuidarem da vaidade que o poder traz, serão os próximos Josés Dirceus, Genuinos, etc.

Não vou apoiar e nem criticar o fenômeno Bolsonaro, porque ele tem uma razão de ser. Nasceu dos erros do próprio PT e, ao que tudo indica, tende a se consagrar assim também.

Nunca quis estar na condição de medo, como brasileiro apaixonado que sou e eleitor (por isso torci tanto para que o Ciro superasse o PT), mas rezo para que a sabedoria divina ilumine a cabeça dos nossos gestores e que os erros do passado sirvam ao menos de lição para o futuro.

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