Brasil, o país do futuro agora!
Independência, liberdade, democracia e sustentabilidade.
Em 2022, o Brasil deveria ter comemorado o bicentenário de sua independência política. Infelizmente não houve muito a ser celebrado, com o país imerso em um ambiente tóxico, em que qualquer vestígio de participação social era combatido. Chegou 2023 e o horizonte de transformação e evolução despontou como um fato.
Há muita coisa a se comemorar neste 7 de setembro, principalmente a reorganização da participação social a partir da transição de governo. Há no horizonte a perspectiva de um projeto de país capaz de atrair investimentos e de direcionar os recursos da nação.
A diversidade de frentes em que é necessário atuar pode oferecer um cenário de alta complexidade. No entanto, poucas vezes o Brasil contou com uma capacidade tão formidável para realizar diagnósticos e enfrentar os desafios das múltiplas transições necessárias.
As instâncias de participação social, novamente reconhecidas como parceiras pelo novo governo, estão preparadas para contribuir com esse esforço. Todas as esferas de governos, sociedade civil organizada, academia e setor privado precisam se unir para estruturar um plano nacional para o desenvolvimento sustentável.
Chegamos a este novo 7 de setembro com algumas oportunidades e vantagens. No campo dos dados, no início deste ano, o IBGE apresentou os dados do Censo, com informações estruturadas da população, suas demandas e características. Isso, aliado aos inúmeros diagnósticos realizados por organizações de todos os tipos, abre uma imensa janela de oportunidade para a ação.
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Para além de utilizar bons indicadores de referência, o governo precisa aglutinar capacidade técnica, instrumentos de planejamento e financeiros, com a mobilização da sociedade civil e do setor produtivo. Com metas P, M, G e GG, é preciso ter clareza das necessidades de cada cidade brasileira, e garantir a gestão local de forma republicana.
A sociedade e seus territórios demandam soluções de complexa diversidade, mas, se compreendidas dentro de uma lógica sistêmica do desenvolvimento sustentável, podem otimizar em grande medida os investimentos, maximizando os benefícios para a população.
A comemoração deste 7 de setembro, apartada de disputas partidárias e dentro de um espírito cívico, é mais um impulso para a cooperação e organização da vida em sociedade. O avanço de uma institucionalidade sustentável passa por uma cultura democrática ativa, pelo respeito aos povos originários, pela valorização dos ativos socioambientais e pelo desenvolvimento de tecnologias para inovação. Esses são elementos primordiais para a geração de renda e trabalho.
A qualificação do ensino, da pesquisa e do trabalho para todos é fundamental para lidar com os desafios das mudanças climáticas. Esforço que será tanto mais bem-sucedido, quanto a qualidade dos incentivos financeiros e tributários, capazes de oferecer recursos e diretrizes para a sustentabilidade.
Este ano, o 7 de setembro não pode ser apenas uma efeméride a ser comemorada. É preciso que seja mais, que aponte para a independência com garantias de direitos universais, que aponte para um futuro de prosperidade e para o limiar de um tempo em que a cultura, a ciência, a história e a arte sejam valores para nosso povo e para nossa vida. (IDS)