Brasileiros trabalham 153 dias em 2016 para pagar impostos
Tudo que você, como contribuinte, recebeu de rendimentos, em 2016, no período de 01 de janeiro a 01 de junho, serviu somente para pagar tributos (impostos, taxas e contribuições).
De conformidade com o estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, o contribuinte brasileiro precisou trabalhar este ano, 153 dias, ou cinco meses e um dia somente para pagar tributos ao fisco, levando em conta que 2016 é um ano bissexto, ou seja, com 366 dias no seu total.
Os cidadãos brasileiros estão tendo ainda que destinar em média 41,80% do seu rendimento bruto em 2016 para pagar a tributação sobre os rendimentos, consumo, patrimônio e outros. Nos anos de 2014 e 2015 o índice permaneceu o mesmo: de 41,37%.
O estudo “Dias Trabalhados para pagar Tributos”, criado pelo IBPT, considera a tributação incidente sobre rendimentos, formada pelo Imposto de Renda Pessoa Física, contribuições previdenciárias e sindicais; e a tributação sobre o consumo de produtos e serviços, como PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, e etc.; e a tributação sobre o patrimônio, onde se incluem IPTU, IPVA. As taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos e contribuições, como no caso da iluminação pública também são consideradas.
O presidente-executivo do IBPT, João Elói Olenike, comenta:
“Tivemos, a partir do início do ano de 2015, uma série de aumentos de tributos, que ensejaram nesse acréscimo de dias trabalhados pelos brasileiros, somente para pagá-los, com reflexos neste ano de 2016”,
Afirma ainda o presidente do IBPT: “Apesar de contribuir cada vez mais com a crescente arrecadação tributária do País, o brasileiro continua não vendo investimentos em recursos fundamentais e de direito do cidadão como, educação, saúde e segurança”.
O presidente João Elói do IBPT ainda destaca: No ranking dos países pesquisados, o Brasil se aproxima da Noruega, lugar em que os cidadãos destinam 157 dias de trabalho aos tributos. “No entanto, a população de lá tem um considerável retorno em termos de qualidade de vida, podendo usufruir dos serviços públicos, infelizmente diferente do povo brasileiro, que paga muito e não tem o retorno adequado”.
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Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT