Breve balanço da publicidade brasileira para o 'Dia Internacional das Mulheres'

Breve balanço da publicidade brasileira para o 'Dia Internacional das Mulheres'

No geral, a publicidade brasileira aprendeu nos últimos dois anos e as campanhas do dia das mulheres estão mais cuidadosas e melhores. Mas ainda há a confusão geral sobre 'elogio X reconhecimento / respeito', 'auto-estima X empoderamento'.

Sobre a demanda de 'ser elogiada sempre' (Renner): dia da mulher não é auto-ajuda, nem programa motivacional para que ela continue fazendo todas as tarefas. Valor e respeito são demonstrados de uma forma diferente.

Sobre a mulher aceitar o próprio corpo a despeito da sociedade (Mariza): isso é parte do empoderamento pessoal, uma forma de resistência - que demanda um trabalho emocional e individual grande. A sociedade no geral e a objetificação do corpo da mulher é que deveriam ser questionadas. Para não falar que o corpo mostrado é absolutamente padrão.

Sobre gender mainstreaming: teria sido um statement muito mais forte da Rede Gazeta ter mudado a própria redação para sempre, do que fazer exclusivamente para o dia das mulheres uma campanha de cartazes (1 dia no ano, certo?).

O Estado de S. Paulo (‪#‎7minutos1denuncia‬) e a ESPN (Invisible Players) são exemplos de que a publicidade pode abraçar a causa feminina, denunciar opressão e desigualdade, e que o dia da mulher não é dia de só de celebrar, mas é principalmente de luta.

Balanço do dia: melhorou, mas pode ficar ainda melhor.
Link com algumas campanhas: http://bit.ly/1LRiRZg

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