Bullying em Contexto Laboral

Bullying em Contexto Laboral

O bullying é um termo normalmente relacionado com as crianças e com os adolescentes, mas sabia que também existe bullying no ambiente de trabalho? E tem um nome específico, o mobbing.

O que é?

Também conhecido por assédio moral, o bullying laboral ou mobbing é um comportamento abusivo e repetitivo, caracterizado por práticas de violência verbal ou moral contra colaboradores de uma mesma empresa.

Pode acontecer de duas formas...

O bullying vertical no qual um ou mais colaboradores sofrem agressões físicas ou verbais dos seus gestores/líderes com o objetivo de diminuir, inferiorizar, isolar e destabilizar mentalmente o empregado no seu próprio ambiente de trabalho.

O bullying horizontal que ocorre entre os colaboradores. O assédio aparece, por exemplo, por meio de piadas preconceituosas, desrespeito durante apresentações e discursos de ódio direcionados às minorias na empresa.

Quais as principais consequências?

O comportamento de humilhar, agredir, intimidar e provocar o outro causa sérios efeitos, tanto em quem realiza a violência quanto em quem recebe, entre elas:

  • Baixa autoestima (no agressor e na vítima);
  • Ataques de pânico e ansiedade (na vítima);
  • Excesso de dores de cabeça e tensão muscular (na vítima);
  • Isolamento social (na vítima);
  • Tentativas de suicídio em casos mais graves (na vítima);
  • E existe uma agressividade contida, tanto na vítima quanto no agressor.

Como a psicologia pode ajudar?

Os especialistas aconselham que sejam colocadas em prática uma série de medidas, entre elas procurar a ajuda de um profissional da psicologia. Este profissional poderá ajudar ambos os intervenientes:

Vítima: O processo terapêutico vai ensinar o paciente a enfrentar situações desafiadoras e geradoras de ansiedade. E vai ajudar o paciente a lidar com as suas crenças de baixa autoestima e com a necessidade de isolamento.

Agressor: O processo terapêutico visa analisar em conjunto com o paciente a sua história de vida, nomeadamente a infância e a adolescência, pois muitas vezes, quem pratica o bullying sofreu algum tipo de violência quando jovem e não sabe dar vazão a esse sofrimento, mantendo o ciclo de agressão durante a sua vida.

Na realidade, independentemente dos atos de assédio moral serem praticados pelas chefias ou pelos seus colegas, o importante é agir. Os agressores devem ser responsabilizados e devem sentir que o outro lado mostra resiliência, caso contrário a situação terá sempre tendência para agravar.

Autor: Dra. Magda Torrão, Psicóloga Clínica @ Khushi Minds

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