Burrice Artificial?
Acredito que a Inteligência Artificial está no auge do seu início. No apogeu do começo. Como quando pintores protestaram contra a fotografia e contadores contra as calculadoras eletrônicas - muito se discutirá sobre isto ainda (inutilmente inclusive) até que ela fique tão comum quanto forno de microondas e máquina de lavar roupa.
O título não é um clickbait barato. Não vou falar mais de Inteligência Artificial além desta linha. Nem vou falar muito da antítese - da ignorância natural mas, principalmente, de burrice. Burrice artificial.
Com a enorme, inominável, escachapante, inescusável quantidade de informação (e de boa informação) disponível, junto com seu acesso quase irrestrito e gratuito a qualquer leitor, fica difícil entender que as seguintes ignorâncias sejam sinceras - eu não consigo mesmo aceitar que pessoas aparentemente esclarecidas creiam de verdade nestes 'caôs' (fake news):
Todos os exemplos acima - infelizmente tenho que avisar - são falsas notícias ou conceitos muito, muito equivocados. Entendo que muita gente acredita nisso por preguiça. É uma preferência pelo Whatsapp (que significa apenas, "como é que tá?") como fonte de assunto (e assunto não é necessariamente informação). Um pessoal que chama parágrafo de 'textão' ('textão' para mim é livro). Pessoas que tem dificuldade mesmo para interpretar texto e raciocinar dois níveis acima, desinformados sinceros - ignorantes naturais, que estão mais vulneráveis e sem munição, são direta e maldosamente influenciados (e prejudicados) pelos burros artificiais. Gente que finge ser burra.
Estou falando de gente aparentemente esclarecida que voltou para o obscurantismo (tava no claro e resolveu desligar a luz, repetindo o mantra "nunca usei isto que a escola ensinou"). Gente que estudou, se formou, comeu danoninho na infância, que não tem defeito congênito cognitivo (e até entende o que isto significa) e que espalha e defende estes conceitos. Publicamente!
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Acho que não é uma ignorância ingênua. Penso que é burrice artificial. Estão jogando pra platéia - não é conversa real. Não é um comportamento exatamente honesto - dado que no fundo, no fundo, a pessoa sabe que existe base sólida que derruba estes conceitos em alguns minutos. Mais fundo ainda, elas estão usufruindo, por exemplo, conscientemente, de um mundo onde a maioria se vacinou. Vou usar este exemplo:
Por causa do (bom) comportamento da maioria, elas podem andar sem máscaras na rua de novo. Levar a vida 'normal' de antes da pandemia. Então, se continuam falando estes horrores, elas estão fingindo ser burras. Pois não dá pra negar o efeito benéfico da imunização em escala mundial.
Por que fazem isto? Entendo que é por clubismo - agremiação mesmo! Senso de grupo! Querem tão desesperadamente fazer parte de um grupo que fizeram até carteirinha neste aí. (E, não se ofendam os 'entendidos' que acham que é uma conclusão equivocada - estou agora exercendo o meu 'direito' de achar o que eu quiser. Não é informação. É opinião - mas aí não sei se vão entender a diferença né?).
MAS, contudo, todavia, no entanto, quero avisar neste último parágrafo (prometo!) que propagar achismos como se fossem informação, não garante a entrada no grupo almejado - mas por outro lado, vai certamente causar um efeito no mundo profissional (como nesta rede social). No mundo corporativo, parecer burro é comportamento arriscado; não funciona além da página 2. Gente séria, que acredita em eletricidade e gravidade (justamente porque a eletricidade e a gravidade não estão nem aí para o que cremos sobre elas) e que estão em postos de comando nas empresas, vão perfomar outro comportamento para lidar com a burrice artificial:- o afastamento real de gente assim (ainda que discreto, silencioso e elegante, com efeito muito impactante nas suas carreiras).
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Obrigado por assinar "Ironia Corporativa".
CEO na RM Consultoria Estratégica | Especialista em Marketing e Consultoria de Vendas
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