Câmara Livre: Enfim, a esperança!

Câmara Livre: Enfim, a esperança!

O anúncio de uma Frente Ampla (com 11 partidos) em apoio a candidatura de Baleia Rossi (MDB) para a presidência da Câmara dos Deputados pode ser o pingo de esperança que falta para a pacificação política nacional. Somente depois disso, é que poderemos encampar a luta por um país de volta aos trilhos do desenvolvimento.

Tal afirmação que pode parecer "Chapa Branca" ou despretensiosa é motivada devido alguns fatores históricos que nos levaram a beira no precipício ou a uma queda livre para, enfim, encontrarmos o fundo do poço!

Vejamos, primeiro não se pode negar que os avanços sociais entraram em colapso com o mar de escândalos envolvendo o primeiro governo de um proletariado advindo da massa no Brasil para uma jovem democracia. Falo aqui da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a sequência de um projeto, a priori, queria diminuir a desigualdade histórica no país.

Naquele período, a esperança tinha vencido o medo, mas como não se pode ter vaidade em um projeto deste tamanho, a frustração sequestrou o brilho nos olhos de milhares de brasileiros e levou para o curral uma onda de brasileiros descontentes que, no final trágico do governo Dilma (PT), se aglomeravam na beira do precipício.

Ao avançar em políticas sociais, obrigatórias via Constituição Cidadã e um problema para os gestores, tais medidas tiveram como efeito imediata a emancipação de uma boa parcela da população para a classe de "consumidores", porém sem emancipa-los enquanto cidadãos.

Essa dificuldade de enxergar a realidade histórica e conjecturar uma leitura crítica criou uma bolha do que chamo de “pessimistas”, aquele que, mesmo como fruto do avanço das medidas sociais, passaram a demonizaram as instituições democráticas pela não entrega dos benefícios ligados, quase que exclusivamente, pelo consumo.

O barril de pólvora estava aceso e ja tinha dado sinais de tendência com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB) para a presidência da Câmara dos Deputados, todavia, a fragmentação interna do Partido dos Trabalhadores e do aliados de centro-esquerda e o não ter reconhecido dos erros, a não depuração, não ter admissão dos equívocos enquanto ainda tinha palanque para isso levaram o país para um futuro sombrio.

Como uma das pragas bíblicas, o país foi jogado ao obscurantismo do antipolítico que emergiu do baixo clero da política brasileira levando consigo tudo de mais atrasado da política bairrista, conservadora, retrógrada e despreparada do Brasil. 

Naquele momento, o esfacelamento da união progressista, necessária para corrigir os rumos dos países das políticas sociais, levou-me ao pensamento:

-Quando iremos chegar ao fundo do poço? 

Como consequência da ausência desta autorreflexão, os progressistas se separaram e no pleito de 2018 o corpo e a mente deste politizados fizeram com que o candidato do PT fora derrotado pelo antipolítico.

Confesso que votei no Bolsonaro, e quem convive comigo sabe que meu argumento era de que o Brasil precisaria ser pacificado para ser reconstruído praticamente do zero. Para isso precisaríamos de alguém ruim o suficiente para levarmos ao fundo do poço, esse era o preço, não havia escapatória...

Mas qual era esse fundo do poço? Mais quanto tempo de queda livre? 

O governo se iniciou de forma desastrosa, sendo corroído de dentro para fora, e sem consenso (a arte da política) já estava em frangalhos no final do primeiro ano quando passou a pedir socorro aos políticos de sempre…

Foi quando a “gripezinha” apontou do oriente que percebi que estávamos chegando ao térreo das entranhas do Poder. Todo o processo de não aceitação, a onda de obscurantismo, de negacionismo e da falta de planejamento estatal acentuaram que o discurso da tecnocracia e de zelo aos mais pobres era só discurso e que o governo já estava de cócoras no ringue político.

Acometido pela COVID-19, o desastre de falas, postagens e lives, plantou uma maravilhosa semente, em um período que, confesso, não queria vivenciar, mais de 200 mil mortos...

Mas qual seria essa semente?

A pacificação (que esperava tanto) ganhou corpo e esperança na candidatura de Baleia Rossi, do MDB, à presidência da Câmara dos Deputados. O vírus Bolsonaro conseguiu unir adversários históricos sobre a mesma bandeira: “Câmara Livre”!

Ele até pode vir a ser derrotado para a presidência da Câmara, mas a semente se nutre, dia após dia, e evidencia que os democratas de plantão necessitam deixar as diferenças de lado e fortalecer o consenso em acender a luz no fim do túnel. 

Pode ser que já estejamos no fundo do poço, com o país em frangalhos, dominado por um vírus, mas é através deste consenso que o futuro se acena. O governo da vez, sabe que já existe materialidade para seu impichamento, porém ainda há uma horda de defensores, e queda da popularidade poderá indicar que o Brasil já terá anticorpos suficientes para expurgar esse período nebuloso da história de nosso país!

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