CABO VERDE:Objetivo de eliminar o paludismo até 2020 continua inabalável, diz Ministro da Saúde
CIDADE DA PRAIA -- O ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, afirmou hoje que o objetivo de Cabo Verde de eliminar o paludismo até 2020 continua inabalável, apesar do surto epidémico de 2017 em que foram registados 437 casos.
Arlindo do Rosário falava aos jornalistas à margem conferência sobre os “Desafios atuais e futuros na eliminação do paludismo no horizonte 2020 em Cabo Verde”, realizada na Cidade da Praia, no âmbito da visita do diretor mundial da Roll Back Malaria, Kesetebirhan Admasu.
O governante lembrou que as mais de quatro centenas de casos foram casos localizados na Cidade da Praia, e que foram diagnosticados e devidamente tratados, estando ainda as equipas no terreno para combater os focos do mosquito vetor.
Por outro lado, lembrou que nas últimas semanas não foram registados casos de paludismo ao nível do país, pelo que o desafio é de garantir a perenidade das ações por forma a evitar o redescobrir da doença.
“Mesmo tendo esse surto epidémico este ano, nós continuamos no limiar da incidência inferior que é de 1 por 1000. Portanto, dentro daquilo que é considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde”, salientou.
Trabalhar na pulverização domiciliar, no reforço dos laboratórios, na localização dos casos e tratamento da área e de, sobretudo, trabalhar de forma concertada com os diversos parceiros para uma ação articulada, é, para já, a estratégia do Governo para se alcançar a meta de zero casos de paludismo.
A Roll Back Malária é uma parceria que reúne várias entidades entre as quais a OMS, a UNICEF, o PNUD e o Banco Mundial, em um esforço para fornecer uma resposta global coordenada à doença, e quer que Cabo Verde lidere o processo de eliminação da malária a nível da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).
Kesetebirhan Admasu, que se encontra em Cabo Verde, para avaliar os esforços do arquipélago na luta contra o paludismo, considera que país tem condições de assumir a liderança do processo para a eliminação da doença na sub-região.
“Nós queremos que o trabalho seja transfronteiriço por causa da mobilidade de pessoas. Portanto, há o risco de pacientes infetados trazerem a doença que pode já estar eliminada e reintroduzi-la no país novamente. Por isso, é importante que esse esforço seja coletivo”, explicou.
Adiantou que são necessários compromissos políticos e verbas disponíveis para que esse trabalho seja feito. Neste sentido, adiantou que organização que dirige está para apoiar e garantir que, efetivamente, possa haver a erradicação da malária.
Trata-se, segundo ministro Arlindo do Rosário, de um desafio que o país vai assumir “com todo o entusiamo”, tendo em conta a meta já estabelecida de ter o país livre da doença em 2020.
“Cabo Verde está aberto para partilhar a sua experiência em matéria de combate ao paludismo”, disse o governante.
Por:Inforpress
Fonte:https://noticias.sapo.cv/actualidade/artigos/objetivo-de-cabo-verde-de-eliminar-o-paludismo-ate-2020-continua-inabalavel-diz-ministro-da-saude