Cadê a educação no LinkedIn?

Entrei de fato nesta rede outro dia. Antes tinha perfil, mas nunca navegava. Uma voluntária do Quero na Escola, a Denise Maia, insistiu que faria todo sentido estar aqui e já acho que ela tem razão. Ainda aprendendo, hoje entrei na busca e coloquei a palavra mais óbvia: "educação". A resposta foi a tela acima. Não tem um setor de "educação" e as opções nada razoáveis são "educação à distância" ou "saúde, bem estar e educação física". Acho sintomático de como o mercado, as empresas e os profissionais ainda não falam do assunto mais importante para o desenvolvimento de uma sociedade.

Procurando bem, na plataforma em inglês, se encontra "education", mas como se refere a etapa do estudante, a tradução para o português foi "ensino" (fundamental, médio e superior). Educação é diferente! Engloba ensino, mas também aprendizagem, ou seja, não é só aquilo que o professor explica - o que em tempos de Google teria cada vez menos razão de existir - mas o que se produz no encontro e busca de conhecimentos, como mostrou Paulo Freire.

Isso importa, por vários motivos. Primeiro porque demonstra como educação ocorre em toda relação e conversa entre duas ou mais pessoas, inclusive nas redes sociais. É preciso reconhecer esta responsabilidade. Depois, porque é preciso visibilizar que existe um vasto e importantíssimo setor de educação que inclui estudos, produção de conteúdo, projetos como o Quero na Escola e o mais importante de tudo, um lugar destinado a educar e que merece toda atenção: a escola. Mais especificamente aquela que é responsável por educar 90% da população e, portanto, a espinha dorsal da nossa sociedade: a escola pública.

Profissionais e empresas que realmente se importem com a formação das futuras gerações precisam valorizar a educação. Precisamos falar mais do tema, acompanhar mais o tema, investir mais no tema, saber e impactar no que se passa no setor educacional e nas escolas, especialmente as públicas.

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