Campanha eleitoral é jornalismo
No interior paulista não há prefeito campeão de popularidade.
Isso significa que eles não são competitivos nas urnas?
Não, não significa.
Sabe o motivo? É simples. Aliás, vou argumentar e, talvez, possamos construir uma linha de pensamento. Não há definições aqui. O que não se quer é o maniqueísmo (o certo ou errado) e uma avaliação do mérito (a política não é o palco da justiça).
A resposta tende por aqui: eles detém o poder político.
O poder político também significa isso: reunir pessoas. E isso conta muito. Muito mesmo. Porque ele atrai pessoas com habilidades singulares em meio à comunidade. Por que? Porque o poder tem essa prerrogativa. É um imã (não há maniqueísmo aqui). Essa aglutinação é útil e auxilia a antecipar cenários (de certo, alguns conseguem tomar decisões erradas mesmo com esta vantagem competitiva).
Logo, diante deste desenho eleitoral, de prefeitos impopulares, qual seria o papel do candidato desafiante?
(Essa pergunta só é respondida por consultores pagos, mas vou responder). Atacar a incompetência dos prefeitos impopulares configura um caminho letal. Atacar suas características pessoais é um equívoco. E sabe do que o candidato desafiante precisa? De uma boa equipe de jornalistas impetuosos em sua campanha. Para produzir dados. Sabe por quê? Campanha eleitoral para o Executivo é mais jornalismo do que publicidade.
Eu tenho muito mais para falar sobre isso. Mas esta troca de ideias ficou longa demais Emoticon smile