CAPITALISMO CONSCIENTE
É um termo popularizado desde 2010. Este propõe um olhar mais ético para o negócio e a boa conduta da organização para gerar impacto positivo na sociedade e produzir excelente reputação para a empresa. Este enfoque ressalta a necessidade de ações mais voltadas para o social e ambiental e não somente visando o lucro da organização.
Esta filosofia foi inspirada na definição do economista e prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus que fundou um banco de microcrédito para tirar as pessoas da pobreza. Yunus disse que fundou um negócio social, uma forma de novo capitalismo, socialmente consciente.
A partir de 2013 o termo popularizou, quando John Mackey, cofundador da Whole Foods e o professor de marketing, Raj Sisodia publicaram o livro Capitalismo Consciente: como libertar o espírito heroico dos negócios.
Desde então o termo vem crescendo com a chegada de novos adeptos a esta abordagem. Conforme matéria da Revista Você RH de dezembro de 2020, o número de empresas que aderiram ao Instituto do capitalismo Consciente dobrou neste ano. Este crescimento ocorreu muito por influência da pandemia. No ano de 2022, a ABNT publicou normas com conceitos, diretrizes e modelo de avaliação e direcionamento para as organizações atingirem o propósito de 2030. Este é o primeiro documento do Brasil voltado aos conceitos e princípios ESG (environment, social e governance).
Deste modo, quando as empresas optam em ser mais conscientes seguem estratégias organizacionais que buscam resultado financeiro positivo, mas gerando valor para todos, beneficiando o ser humano e o meio ambiente. A ideia é equilibrar o lucro da empresa com a responsabilidade social e ambiental. As organizações que adotam esta filosofia levam em consideração o impacto de suas ações na sociedade, com todas as partes envolvidas.
Para tanto se faz necessário práticas organizacionais sustentáveis, ética e visão em longo prazo. O objetivo do Capitalismo Consciente é criar valor para os acionistas e os stakeholders. Este conceito promove a ideia de que a empresa pode ter prosperidade sem causar danos ao planeta, sendo agente de mudanças positivas para o mundo.
Este movimento, hoje, global, gera lucro e valor intelectual, físico, ecológico, social, emocional, ético e espiritual para todos envolvidos e eleva a consciência das lideranças para manterem práticas que gerem valor, sem causar prejuízo aos investidores e acionistas.
O Capitalismo Consciente, conforme o Instituto do Capitalismo Consciente Brasil, está baseado em quatro fortes pilares que servem de diretrizes e princípios orientados. Têm como meta a orientação estratégica que contribui para a geração de valor agregado a responsabilidade social, a tomada de decisão ética, a construção da credibilidade e da boa reputação. Também está orientado para o engajamento e a motivação da equipe. O Capitalismo Consciente contribui de forma positiva com a sociedade, a sustentabilidade de longo prazo e a perpetuidade da organização.
Pilares do Capitalismo Consciente
Propósito maior - tem como princípio gerar valor e não somente lucro. Sustenta a ideia de propiciar impacto positivo na sociedade e no mundo. Seu objetivo inclui contribuição social, responsabilidade ambiental, criação de valor para os stakeholders e cultura organizacional positiva, influenciando e engajamento os colaboradores para o propósito maior.
Cultura consciente - tem o objetivo de promover uma cultura de compartilhamento, conscientizando e influenciando todos os membros da organização. Ressalta os princípios e valores organizacionais, compartilha e conecta pessoas e processos ao propósito. A transparência é fundamental, informa claramente as partes interessadas de maneira que haja compreensão para engajar e envolver todos para um bem maior.
Liderança consciente – líderes conscientes contribuem para que o propósito da empresa seja realizado. Trabalha para o bem comum dos stakeholders e busca o sucesso da organização. A liderança consciente tem autoconsciência, sabe que suas decisões e ações afetam a empresa e aos demais. Demonstram empatia com todos os níveis organizacionais e enfrenta os desafios junto com a equipe. Esta liderança respeita a diversidade e tem consciência da sua responsabilidade social. Este tipo de líder comunica de forma eficaz, tem prazer em contribuir com o desenvolvimento das pessoas e toma decisões de forma ética.
Orientação para os stakeholders – é a abordagem que prioriza os stakeholders além dos acionistas nas tomadas de decisões. Busca o equilíbrio entre o resultado financeiro e o impacto social e ambiental. As decisões são equilibradas para a busca do bem de todos.
O Instituto de Capitalismo Consciente acredita na disposição das empresas em colaborarem para o fortalecimento do propósito de atingimento da Agenda 2030 proposta pela ONU e o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentáveis.
Todas as ações do capitalismo consciente vão de encontro com a Governança Corporativa, e o conselheiro, tem papel fundamental nesta jornada que traz benefícios para a empresa, colaboradores e demais partes interessadas.
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