Carreira | Função Corporativa ou de Consultoria?

Quem nunca se deparou com a dúvida acima? Devo investir na carreira interna, fixa em uma única organização e atuando de forma exclusiva ou em consultoria, variando clientes e desafios?

Certamente não há resposta correta para esta pergunta, mas sim vários outros questionamentos que levam a esta reflexão.

Primeiramente temos de entender estas duas vertentes:

• Função Corporativa: O profissional é contratado (independentemente do regime) para executar uma função pré-definida dentro de uma estrutura já estabelecida e com foco igualmente já previsto, onde seu desempenho será medido de acordo com sua descrição de cargo ou função, o trabalho cotidiano e sua progressão de carreira normalmente se dá de forma mais lenta, porém com mais estabilidade e consistência, focando no médio e longo prazo;
• Consultoria: Seja de forma independente ou atrelado a uma companhia, o indivíduo atua de forma a resolver problemas pontuais de clientes ou mesmo para desenvolver e gerir projetos (às vezes em múltiplos clientes e escopos diferentes), não sendo incomum fazer parte de equipes e processos distintos ao mesmo tempo, o que leva (em caso de desempenho positivo) à progressão de carreira e remuneração superiores ao de uma pessoa que opera de forma fixa em uma única corporação. Porém, a qualidade de vida, o planejamento e questões relacionadas a continuidade de projetos e tipos de atuação podem ser mais complexos

Dados os perfis em sua forma mais simplista possível, fica nítido que não se deve questionar o que é melhor, mas sim a quem e quando cada categoria de trabalho pode ser a melhor opção, lembrando que em todo modo de trabalho há situações atípicas, variações e questões inerentes a cada tipo de mercado e segmento.

Normalmente, a consultoria se encaixa para profissionais com mais senso de urgência, seja para seu aprendizado, pois fica em contato com uma gama muito maior e variada em termos de desafios e cenários; ao ponto em que uma posição fixa (corporativa) permite ao profissional trilhar, de forma mais clara e tranquila (porém com menos intensidade de aprendizado e progressão de carreira) como seu plano profissional, a médio e longo prazo, será percorrido.

Uma vez tendo a noção básica dos dois modelos de trabalho, acredito que a opção por um ou outro deva levar em conta, como critérios, o momento profissional, de capacitação, de qualidade de vida desejada e de planejamento de carreira, pois cada um destes modos de trabalho permite atingir aos objetivos, porém cobrando fatores e aspectos de formas também distintas.

Portanto, pense que, ao aceitar uma posição em qualquer dos modelos, pense como seria um dia típico de trabalho e compare como isso se encaixa em seu estilo de vida e anseios pessoais e profissionais.