CARTÕES BANCÁRIOS: INOVANDO O TRANSPORTE PÚBLICO
INTRODUÇÃO
Temos acompanhado iniciativas no transporte público no Brasil (em especial nos modais ônibus e trem) para a adoção de cartões bancários por aproximação com tecnologia contactless como forma de pagamento em adição aos cartões restritos para uso no transporte público (por exemplo, o cartão Bilhete Único da SPTrans). A tendência é que a quantidade destas iniciativas aumente, visto as vantagens obtidas, tais como:
- Conveniência: com o cartão bancário, usuário não necessita pagar em dinheiro o transporte público e não é obrigado a ter mais um cartão na carteira/bolsa (cartão do transporte) ou se deslocar para algum local que vende e/ou realiza recarga deste tipo de cartão;
- Segurança: diminui a circulação de dinheiro no transporte público e com usuários;
- Dispositivos de pagamento com formatos além de cartão: é possível que os usuários paguem com os serviços de pagamentos integrados aos smartphones (ApplePay, GooglePay, SamsungPay), relógio e pulseira que operam por aproximação;
- Redução de risco de assalto no transporte público: isto é reflexo da redução da circulação de dinheiro em espécie.
PAGAMENTO NOS SISTEMAS EMBARCADOS DE BILHETAGEM ELETRÔNICA
Esta modalidade de pagamento, muito predominante no transporte público tem as seguintes características:
- Transação: do tipo offline (transação acontece com o validador desconectado da rede de comunicação);
- Saldo: armazenado no cartão de transporte que é um moedeiro eletrônico e não numa conta;
- Tecnologia dos cartões: predominantemente Mifare Classic (antiga e insegura sendo substituída por tecnologias mais seguras, tais como: Mifare Plus, DesFire e Cipurse);
- Do tipo “Closed loop” pois o pagamento ocorre num circuito fechado: não se aceita outros cartões de pagamento, como por exemplo, cartão bancário;
- Não resolve a questão do usuário esporádico no transporte que não possui o cartão do transporte, obrigando em muitos casos que o operador de transporte público aceite dinheiro em espécie como forma de pagamento;
- Exige recarga de créditos no cartão pelo usuário.
Pagamentos com cartões bancários por aproximação nos estabelecimentos (não no transporte público)
Esta modalidade de pagamento, muito predominante nos estabelecimentos comerciais tem as seguintes características:
- As transações normalmente são do tipo online;
- O saldo está na conta bancária (não no cartão);
- Tecnologia dos cartões: EMV (amplamente utilizada no setor bancário). Vide www.emvco.com;
- Pelo fato de ser baseado no padrão EMV para transações de crédito e débito, o pagamento é normatizado mundialmente e seguro;
- Do tipo “Opened loop” (circuito aberto: não está restrito a um tipo especifico de cartão de pagamento);
- “Mobile” Pay (Apple, Samsung, Google Pay, etc.): alternativa ao cartão físico.
O texto a seguir descreve cada um dos participantes desta cadeira.
Gateway:
- Conecta o POS/TEF com instituições financeiras, como bancos e operadoras de cartão;
- Permite o processamento de pagamentos on-line;
- Coleta e armazena as informações e as comunicam diretamente para as credenciadoras;
- Permite trabalhar com mais de uma credenciadora.
Credenciadora (também conhecida como adquirente):
- Comunicação direta com as bandeiras;
- Liquidação financeira;
- Pagamento de taxa para a bandeira.
Bandeira:
- Cobrança de taxas do emissor e do adquirente;
- Manutenção da infraestrutura da rede;
- Especificações dos produtos;
- Marketing;
- Certificações;
- Compensação e Liquidação.
Emissor:
- Emissão de cartões para seus clientes;
- Faturamento contra seus clientes;
- Pagamento de taxa para a bandeira que o licencia a emitir cartões.
Como são os sistemas de pagamento no transporte público com cartões bancários por aproximação
Esta modalidade em termos de arquitetura é similar à dos pagamentos com cartões bancários por aproximação nos estabelecimentos, mas tem diferenças expressivas conforme descrito a seguir:
- Para permitir intermodais (integrações) e tarifas do tipo temporal: necessidade do backoffice;
- Transações podem ser do tipo online ou offline;
- Cartão bancário do tipo “contactless”;
- “Mobile” Pay (Apple Pay, Samsung Pay, Google Pay, etc.): alternativa ao cartão físico;
- Validador tem que ser certificado EMV Level 1 e Level 2 (www.emvco.com) e recomendável PCI
- Quando o cartão ou smartphone é encostado no leitor do validador, ele é autenticado e os dados do tap são gerados;
- Cartões e smartphones são checados contra uma a deny list antes do usuário ser aceito para viagem;
- No modelo MTT (Mass Transit Ticketing) os taps são acumulados no backoffice e o valor a ser cobrado é calculado no final do período de viagem (transações diferidas). Já no modelo TGP (Tap, Go and Pay), cada tap gera uma cobrança assim que o validador transmite os dados do tap;
- No modelo MTT: o valor a ser cobrado do passageiro é calculado pelo backoffice
Modelos de pagamento no transporte público com cartões bancários por aproximação
Existem alguns modelos, sendo que os mais comuns são os dois apresentados a seguir.
- MTT (Mass Transit Transaction): a tarifa final cobrada nem sempre é conhecida no momento da viagem, mas é calculada no final do período de viagem (normalmente 24 horas) pelo operador de transporte público com base nas viagens realizadas durante esse período;
- TGP (Tap, Go & Pay): o valor da tarifa é sempre conhecido no momento em que a jornada é iniciada e não permite o acúmulo de múltiplas viagens em uma única transação.
Comparativo entre os modelos de pagamento no transporte público com cartões bancários por aproximação
A tabela a seguir apresentação uma comparação entre MTT e TGP.
A decisão por escolher entre MTT ou TGP depende das características apresentadas acima.
Diretor de operações
2 aobrigado pela aula, sucesso pra você
Ótimo artigo! Parabéns Bernardo!!!
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