Carta do Especialista 🧐 - Sexta-feira, 17 de Setembro de 2021

Começo a Carta desta semana falando da aplicação da realidade aumentada no sempre criativo mundo da moda e já caio na realidade da dificuldade da vida dos entregadores dos serviços de aplicativos. Em seguida, as novas pesquisas na neurociência e os reflexos na saúde dos pacientes e na performance de atletas olímpicos e por fim falaremos sobre uma lenda da tecnologia que...DESAPARECEU!!!

Isso e muito mais! Bora lá?

 Realidade aumentada no Mundo da Moda

Você já deve estar familiarizado com filtros do Instagram e Snapchat, certo?...

E que tal você assistir a um desfile de moda que parece normal mas, ao apontar seu smartphone para as camisetas, elas passam a exibir animações 3D?

É o que a empresa ucraniana de moda FINCH, e a de TI FFFACE.ME desenvolveram em conjunto: uma coleção semi-digital!

Você ainda vai ouvir falar muito de Metaverso, união do mundo físico com digital. Este é um exemplo

Interessante! Não acha?

Saiba mais em Reuters.

 Revolta dos entregadores de aplicativo

Não é só em nosso país que a segurança é um problema crescente. Mas aqui muitos ladrões se disfarçam de entregadores do Ifood. Já nos EUA são os entregadores as vítimas de ataques de ladrões, principalmente em trechos onde os motociclistas precisam passar para finalizarem os pedidos.

E tanto lá como aqui, em muitos casos, pedir ajuda a polícia é perda de tempo.

Mas nos EUA, eles se uniram e estão se mobilizando para conseguirem retornar para casa em segurança. Reunindo forças com os seus demais companheiros eles se postam em guarda todas as noites com uma placa escrita “ESTAMOS DE GUARDA PARA PROTEGER NOSSOS TRABALHADORES DE ENTREGA”.

Além desta “força especial”, também criaram um grupo no Facebook para que outros entregadores tivessem acesso às informações de roubos e ataques e pudessem evitá-los.

Saiba mais no The Verge.

 As novas interfaces cérebro-computador

Atualmente já existem dispositivos capazes de registrar sinais neurais e os transmitirem para computadores mas, a equipe da Brown University desenvolveu o chamado neurogrão, microchip do tamanho de um grão de sal que, aplicado de forma não invasiva e às dezenas, na superfície do cérebro, pode funcionar como sensor e antena ao mesmo tempo, recebendo e enviando sinais.

Para evitar rejeições do organismo, eles deverão ser fabricados em material biocompatível e, se possível, cada vez menores.

Esta pesquisa de interface cérebro-computador pode auxiliar no tratamento de doenças neurodegenerativas como o Parkinson e a epilepsia. Pode trazer (também) benefícios para pessoas com lesões cerebrais e espinhais, restaurando a comunicação e movimentos, possibilitando maior autonomia.

Veja a notícia completa na Wired.

Um Estudo sobre derrames, que pode mudar tudo!

E já que estamos falando das novidades da neurociência, vamos seguir com o ensaio clínico bem-sucedido sobre estimulação do nervo vago que pode mudar o tratamento médico e até mesmo treinamento olímpico.

O estudo aconteceu em 2017 com 108 pacientes com AVC e deficiência nos braços e nas mãos, que foram submetidos a cirurgia para implantes de neuro estimuladores no nervo vago, responsável pela transmissão de sinais do cérebro para o corpo e que fica localizado na parte frontal do pescoço.

Neste teste, os pacientes tiveram resultados positivos: com o auxílio de fisioterapia, as pulsações naquele nervo ajudaram os pacientes a recuperarem os movimentos do membro deficiente. O procedimento teve efeitos mais rápidos e eficazes comparado a outros tratamentos.

A medida em que este projeto vai evoluindo é só uma questão de tempo para que a neuromodulação ganhe espaço comercial.

Mas e se forem utilizados em pessoas sem nenhuma deficiência? - Atletas olímpicos, por exemplo? O que poderia acontecer?

Tudo indica que esta tecnologia poderá melhorar o desempenho físico, dando um “upgrade” no corpo dos atletas. Mas temos que pensar no que deveria mudar em relação aos regulamentos das Olimpíadas..

Mais uma do Wired, hoje!

 'Profeta da inteligência artificial' deixou série de alertas e sumiu do mapa

Não sei se Arthur C. Clarke foi a sua inspiração, mas Philip Agre, 30 anos atrás, parecendo um viajante que veio do futuro, fez previsões sobre os computadores e seus efeitos, foi ignorado e tornou-se recluso a ponto de ninguém saber seu paradeiro.

Mas hoje podemos ver como ele estava certo: Agre previu que computadores seriam utilizados por todo o mundo, o que modificaria e simplificaria o comportamento humano. E que as pessoas estariam dispostas a compartilharem dados, informações e até mesmo interagirem virtualmente.

Mas ele também alertou sobre as causas negativas que a tecnologia poderia trazer, com disseminação de informações falsas, por exemplo, ainda mais na internet , onde não existem limites de fronteiras e poucas normas são válidas.

Na época em que ele escreveu o artigo, ninguém pareceu dar importância. Mas, atualmente seus escritos estão sendo utilizados como referências nos mais variados trabalhos. Não dá pra negar que ele deixou a sua marca.

E você que está lendo este conteúdo? Gostaria de me contar as suas “previsões proféticas” rs?

Saiba mais sobre no Terra.

Por hoje é só! Sexta-feira que vem tem mais!

E na 2ª feira que vem, ouça no Spotify o TrenDs Cast, a gravação de nossa sala TrenDs News, que acontece todas as 6as feiras, das 8h00 às 9h00 no Clube Transformação Digital do Club House, com notícias como esta.