Celular é poderoso instrumento de pesquisa de compra
Duas pesquisas recentes mostraram que o consumidor brasileiro prefere utilizar os dispositivos móveis (celulares e tablets) para pesquisa de compra do que como ferramentas de aquisição de produtos ou serviços.
De acordo com a pesquisa “Total Retail 2015” realizada pela PwC com 19 mil consumidores de países de todos os continentes, incluindo o Brasil, 63% dos brasileiros usam o aparelho móvel para comparar preços e 34% para localizar lojas. Quase metade da amostra brasileira nunca usou celular (46%) ou tablet (49%) para comprar. Esses percentuais são ainda maiores no mundo, já que 52% jamais usaram seus celulares para isso, e 54% nunca adquiriram nada em seus tablets. Entre os motivos apresentados está a sensação de insegurança que o ambienta virtual ainda desperta. As pessoas têm medo de fraude ao digitar suas informações de pagamento na internet.
O levantamento do Google em parceria com Ipsos MediaCT e Sterling Brands de nome “O impacto digital nas compras em lojas” também revelou a importância dos celulares na experiência de compra. Foram entrevistadas mais de seis mil pessoas entre 18 e 54 anos entre março e maio do ano passado. Mais de 70% dos consumidores que utilizam seus smartphones para pesquisa na loja afirmam que os aparelhos se tornaram parte importante da experiência de compra. Três em cada quatro consumidores que consideram útil uma informação de varejo obtida por meio de busca na web têm maior probabilidade de visitar a loja física.
Essas informações evidenciam mais uma vez a importância de as marcas trabalharem os universos online e offline ao mesmo tempo. A estratégia multicanal no varejo que contemple as lojas físicas e o e-commerce é o caminho para atingir um consumidor munido de informações de qualidade e disposto a fazer a melhor compra possível (a obter o melhor custo-benefício). Os dispositivos móveis empoderam o consumidor e criam um verdadeiro desafio para as empresas. O gráfico abaixo lista a porcentagem de adultos com um celular, atestando a popularidade do aparelho em todo o mundo. A China lidera, Rússia e Estados Unidos vêm depois, e o Brasil está entre os primeiros.
Destaque por fim para as aspas publicadas no estudo do Google e atribuídas ao vice-presidente digital da Sprint, Evan Conway. “Uma em cada quatro pessoas que clica em anúncios de busca móveis acaba dentro de uma loja, portanto, nós percebemos que a experiência na loja física precisa continuar construindo aquela ponte que criamos no digital”.