Cenários da educação no Brasil

Cenários da educação no Brasil

Olá pessoal, como estão?

Depois de algum tempo ausente estou de volta para propor algumas reflexões, e claro, estimular o debate sadio de ideias.

Qual é a sua lembrança dos tempos da escola?

Se bateu aquela nostalgia da época do 'primário' ou do 'ginásio' certamente você aproveitou muito bem os anos que passou sentado nos bancos escolares.

Época boa, onde os professores eram respeitados e até reverenciados. É bem verdade que os salários nunca foram lá grande coisa, mas os 'mestres' sempre tiveram a admiração de seus alunos.

Mas nos dias atuais, como anda a educação no Brasil?

Muitos diriam que péssima, outros nem tanto, e tantos outros diriam que está boa, muito boa. (esses certamente são alunos de instituições particulares). Mas sigamos...

Ao fazer uma breve reflexão sobre o sistema educacional brasileiro, observamos que apenas em meados do século XX se deu o processo de expansão da escolarização básica no país.

Logo, o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino só aconteceu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.

Mais recentemente, dados divulgados no último mês de maio, pela Pearson International, parte do projeto The Learning Curve, mostram que o Brasil ocupa a penúltima posição em um ranking de 40 países pesquisados.

Esse ranking foi elaborado a partir de resultados de três testes internacionais, aplicados a alunos do 5º ao 9º ano do ensino fundamental. (faixa etária dos 10 aos 15 anos).

Então, nós que achávamos que tudo já estava ruim, descobrimos que algo ainda pode piorar. Os resultados mostram que temos simplesmente um dos piores sistemas de educação do mundo.

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"Se no Brasil a educação já mancava de uma das pernas, agora ela já faz uso de muletas, e caminha com dificuldades".

Hoje no país, três em cada dez jovens e adultos de 15 a 64 anos – cerca de 38 milhões de pessoas – são considerados analfabetos funcionais.

Este é um grupo que tem extrema dificuldade de se expressar através de letras e números em situações do dia a dia.

O indicador aponta que, 29% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais. Deste total, 8% são analfabetos absolutos, e 21% são considerados analfabetos rudimentares.

Destaca-se ainda que, há dez anos, a taxa de brasileiros nessa situação está estagnada, como mostra o Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf).

E o que fazer frente a toda essa adversidade?

Oras, vamos continuar lutando, ou melhor, estudando.

Quer uma boa notícia?

Depois te concluir a educação básica (maioria vindos da rede pública), os jovens brasileiros se veem sem muitas perspectivas.

Qual o caminho a seguir? O que fazer?

Neste contexto surgem as escolas técnico/profissionalizantes, que vem 'salvando' a vida e dando uma profissão há milhares de jovens no país inteiro.

Com uma base educacional fraca e deficiente, muitos se quer tem chances de disputar a tão sonhada vaga nas universidades públicas.

Essas na sua maioria são tomadas por ex-alunos da rede privada de ensino básico. Uma tremenda disparidade.

Ok, muitos vão falar das bolsas, das cotas, do esforço, do mérito, etc, etc.

Seria leviano dizer que alunos vindos da rede pública, disputem em grau de igualdade com os egressos da rede particular. Isso é fato!

E para os outros?

Sim, para os outros a luta continua, e a oportunidade de cursar uma escola técnica é real e deve ser agarrada por aqueles que ainda sonham com um futuro pela frente.

Se lá atrás a escola básica lhes faltou, agora é hora de tirar o tempo perdido, ou pelo menos amenizá-lo. 

Muitos jovens saem das ETECS com uma profissão, outros tantos já saem empregados e podem seguir a vida com mais dignidade.

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Mas também existe outros caminhos, como os cursos EAD, que veem crescendo ano a ano no país.

Cerca de 1,5 milhão de brasileiros já optaram pelo ensino a distancia.

Uma maneira prática, econômica e viável para seguir nos estudos. O aumento da oferta de cursos de graduação, pós-graduação com preços mais acessíveis também contribuiu para a democratização do acesso ao ensino superior.

Sabemos que no Brasil espera-se que a educação resolva sozinha, os vários problemas sociais e culturais do país.

Mas, para isso é preciso melhorar o nível de formação dos nossos docentes, consequentemente melhoramos a formação intelectual dos alunos.

A estrada é longa a perder de vista, mas um país sério, que objetiva um futuro para seus cidadãos, não pode negligenciar ou terceirizar a educação, principalmente nos níveis básicos de ensino.

Seguimos acreditando no Brasil, e incentivando que, cada vez mais crianças, jovens e adultos tenham acesso a uma educação de qualidade.

Abraços e até a próxima!

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