Chat GPT e IA: Você lida com IA todos os dias e não sabe!
Outro dia perguntei nos stories do Instagram quem sabia o que era Chat GPT, e quem já havia utilizado. Algumas pessoas devem pensar: porquê ela veio falar sobre o Chat GPT ou o que exatamente isso tem a ver com o seu trabalho?
O Chat GPT é um modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI, que utiliza a inteligência artificial para conversar com as pessoas. Ele foi criado utilizando uma técnica de aprendizado de máquina chamada Transformador Generativo Pré-Treinado (GPT), que é uma rede neural profunda que aprende a partir de um grande conjunto de dados de linguagem natural.
Isso significa que o ChatGPT tem a capacidade de processar grandes quantidades de texto e aprender a reconhecer padrões e associações dentro desses textos. Ele pode então usar essas informações para gerar suas próprias respostas a partir das perguntas que lhe são feitas sobre diversos assuntos.
Mas será que você já se deu conta de que você entra em contato com AI (Inteligência Artificial) diariamente?
Mídias sociais foram a forma “primitiva” de contato entre a humanidade com a Inteligência Artificial.
É a Inteligência Artificial criada para selecionar o conteúdo dos nossos feeds, que escolhe o que nós vemos, ouvimos e lemos todos os dias nas nossas redes sociais. E que ao longo do tempo tem comandado a nossa vida, de certo jeito - até certo ponto -, para que a gente faça as coisas de forma a agradá-lo mais, para aparecer mais e melhor para as outras pessoas, buscando mais reações e engajamento.
Isso já foi suficiente para minar a saúde mental de uma geração inteira (ou várias), influenciar nosso discernimento, afinal, nós vivemos dentro de nossas próprias bolhas, e somos capazes de confundir a ilusão com a realidade - vide os filtros ultrarrealistas e imagens criadas por IA, como a do Papa.
Muitos jovens estão usando o Chat GPT para fazer os trabalhos da faculdade (!), o que arruinará suas capacidades de pensamento crítico, de escrita, de transformar informação em conhecimento…
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Ou seja, não estamos preparados para lidar com esse tipo de tecnologia. E não sou eu quem estou dizendo isso (sozinha). Os próprios criadores desse tipo de tecnologia estão dizendo isso, assim como grandes historiadores contemporâneos.
No artigo do New York Times intitulado “You Can Have the Blue Pill or the Red Pill, and We’re Out of Blue Pills”, o historiador Yuval Harari disse:
“O que significaria para os humanos viver em um mundo onde uma grande porcentagem de histórias, melodias, imagens, leis, políticas e ferramentas são moldadas por uma inteligência não humana, que sabe explorar com eficiência sobre-humana as fraquezas, preconceitos e vícios da mente humana?
Enquanto sabe como formar relacionamentos íntimos com os seres humanos? Em jogos como o xadrez, nenhum ser humano pode esperar vencer um computador. O que acontece quando a mesma coisa ocorre na arte, na política ou na religião?”
A AI é capaz de trazer danos irreversíveis a nossa sociedade, e isso foi comprovado com a carta aberta assinada até mesmo pelo próprio financiador do Chat GPT, Elon Musk, onde mencionam que precisam ser criados protocolos de segurança e uma moratória de seis meses.
De acordo com a carta: “Nos últimos meses, vimos os laboratórios de Inteligência Artificial em uma corrida fora do controle para desenvolver e aprimorar mentes digitais que ninguém - nem seus próprios criadores – consegue entender, prever ou controlar de forma confiável”.
Entre os primeiros mil signatários da carta, há engenheiros e pesquisadores da Microsoft, Google, Amazon e Meta (Grupo dono do Instagram, Facebook e Whatsapp), além dos co-fundadores do Skype e do Pinterest.