A ciência é legal, mas as pessoas seguem mesmo é o WhatsApp.
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A ciência é legal, mas as pessoas seguem mesmo é o WhatsApp.

Que os olhos do mundo se voltaram para a ciência é um fato, mas se as pessoas estão seguindo o que a ciência diz, é outra história.

Não estou aqui julgando nenhuma autoridade, minha reflexão é sobre as atitudes das pessoas no dia-a-dia. A maioria, acha o discurso sobre ciência muito legal, mas não entende a sua funcionalidade. Elas são bombardeadas de informações - científicas ou não - e não fazem a mínima ideia do que fazer com esses conteúdos.

A comunicação – problema e a solução

Além da importância da ciência, a pandemia também mostrou novas forças da sociedade, dentre elas as ferramentas de comunicação on-line. O mundo se tornou mais virtual que real do dia para a noite. O marketing digital se transformou em combustível para muitas engrenagens. Possibilitou movimentação econômica e – não menos importante - a democratização do conhecimento.

O conhecimento – a resposta e a escolha

Me refiro ao conhecimento real, com mais fatos e menos “achismo”, aquele que nos esclarece e nos dá respostas.

E está nas respostas a grande confusão. Elas são muitas, elas mudam e às vezes se contradizem. E então, como tomamos a decisão de em qual acreditar? Bem, é uma escolha. Uma escolha pessoal, baseada nos valores individuais. Precisamos repensar nossos valores, quais estão guiando nossa vida? Ou estamos deixando nos guiar pelas notificações que “pipocam” no celular?

Sendo cientista por muitos anos, sempre senti vontade, e talvez necessidade, de esclarecer algumas coisas pela ciência, agora, mais do que nunca, acredito nisso e sigo baseada nesses valores: a autenticidade e o foco.

Resiliência - paciência com a ciência

Já passamos pelas promessas de cura como a cloroquina ou a ivermectina, possibilidade de vacinas ainda em 2020, eficácia do isolamento social, e agora grande questão é se adquirimos resistência ao vírus.

Saiu no The New York Times, dias atrás, que a resposta imune que protege contra o COVID-19 ainda não é bem compreendida. Algumas pesquisas sugerem que as pessoas podem ser capazes de ser infectadas duas vezes em sucessão rápida. Outros estudos preliminares indicam que anticorpos produzidos para combater a doença podem se dissipar rapidamente. A mensagem dos especialistas é: mais pesquisas são necessárias! Sim, ciência de qualidade não bate ponto, não acaba todo dia com respostas certeiras na hora que a gente vai para casa.

Tem coisas que a gente ainda não sabe, e os cientistas estão incansavelmente trabalhando para produzir dados de qualidade. Sejamos pacientes, resilientes e conscientes na escolha dos valores que guiam nossas decisões.

Amanda Mara Silva Souza

Comunicação e Mercado em Biotecnologia

4 a

Ótima reflexão! Uma coisa é achar legal, outra coisa é seguir as orientações...

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