Ciclos

Ver a vida como uma sequência de ciclos é algo que pode parecer estranho a primeira vista, mas foi a forma que eu encontrei de sistematizar e entender as situações que precisei enfrentar até aqui na minha vida, principalmente nesta sessão que chamamos de carreira.

Um mês depois de iniciar um novo ciclo profissional, estive refletindo sobre os novos e conhecidos desafios que tenho enfrentado e percebi que, antes de iniciar esse novo ciclo, eu não estava fora de um ciclo. Esse processo de começos e fins não é ordenado, estamos continuamente num entrelaçado de ciclos que findam e começam a cada novo projeto, a cada novo contrato, a cada novo trabalho, a cada novo cliente, a cada nova viagem, a cada nova conversa...etc.

São vários ciclos se entrelaçando. Parar e percebê-los é o que precisamos fazer para entender como cada um deles contribui para o nosso crescimento. Entendendo, onde estamos crescendo mais, onde já não é preciso continuar e onde estão novas oportunidades.

Ao fazer essa observação, podemos encontrar pontos onde nós mesmos já não somos o que eramos antes, e tudo bem... a mudança é natural, nem sempre fácil ou sem dor, mas natural.

Há quem diga que mudanças são sempre bem-vindas, mas alguém pode negar o medo que elas dão? Nunca neguei! E acho que por conta desse medo já adiei muitas mudanças, mas elas sempre chegam de uma forma ou de outra, porque nós estamos mudando, o tempo todo, mesmo quando não estamos percebendo esse processo.

Foi ao perceber isso que passei a desacreditar que desenvolver o autoconhecimento seja algo alcançável ou verificável, talvez por isso autoconhecimento nem seja uma habilidade. O que eu tenho tentado agora é trabalhar com a autopercepção, procurando entender o que estou sentindo, como estou reagindo e o que pode me levar além. E você, que ciclos têm te levado além?