Clipping Energia - Resumo Semanal
Clipping Energia (Petróleo/Gás/Naval/Renováveis) – 03/Abr/2023 a 09/Abr/2023
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Resumo da Semana:
Os preços do petróleo dispararam no início da semana, quando a Opep+ chocou os mercados com um anúncio de corte na produção, mas desde então os preços foram limitados por temores crescentes de destruição da demanda devido a problemas econômicos.
Após a alta explosiva dos preços do petróleo observada no início desta semana, os aumentos adicionais foram lentos, apesar das notáveis reduções de estoque nos estoques de petróleo e produtos dos EUA. Com a demanda dos EUA voltando após um fraco primeiro trimestre e a OPEP+ levando realmente a sério a redução da produção, os fatores do lado da oferta parecem indicar mais vantagens. Ao mesmo tempo, problemas macroeconômicos podem mais uma vez estragar a festa, especialmente se dados fracos do mercado de trabalho dos EUA reacenderem o fogo da destruição da demanda.
Notícias Locais – Local News
Petrobras propõe inserir atenção às pessoas e busca pela transição energética em Planejamento Estratégico
Investimentos necessários viriam de fluxo de caixa. Revisão de desinvestimentos não assinados será ajustada no Planejamento Estratégico
A Petrobras informou em comunicado ao mercado na última sexta-feira, 31 de março, que submeteu à Diretoria Executiva e validou seis propostas para serem consideradas no Planejamento Estratégico.
As sugestões foram enviadas pelo presidente Jean Paul Prates e envolvem atenção total às pessoas, com prioridade no desenvolvimento, retenção e requalificação de talentos; o foco em ativos rentáveis de exploração e produção, com descarbonização das operações e dos fornecedores; a ênfase na adequação e aprimoramento do parque atual de refino; a busca pela transição energética justa, em linha com as empresas congêneres internacionais; o aproveitamento de diferentes potencialidades do Brasil em prol do desenvolvimento sustentável e o fortalecimento do acesso a mercados e busca da vanguarda na transição energética, através da atuação internacional com parcerias tecnológicas e operacionais.
Anda de acordo com o comunicado, os investimentos necessários para assegurar a consecução das propostas devem ser financiados pelo fluxo de caixa operacional, no mesmo nível dos outros players e através de parcerias que permitam compartilhar riscos e expertise, buscando o retorno do investimento, a redução do custo e o fortalecimento da Petrobras como uma empresa de energia integrada.
Em outro comunicado divulgado nesta segunda-feira, 3 de abril, a Diretoria Executiva informou que a revisão dos processos de desinvestimentos não assinados será realizada no âmbito dos ajustes ao Planejamento Estratégico da empresa. Fnte
Stellantis crava volta do motor a etanol em carro híbrido no Brasil
Grupo Stellantis anuncia projeto para a criação de sistemas híbridos para os carros nacionais com foco no uso do etanol como fonte de energia
O Estado de S. Paulo
A indústria automotiva global caminha para uma ampla eletrificação dos veículos, com China e Europa como prioridade nas entregas e prazos. No Brasil, os planos ainda são tímidos, mas o grupo Stellantis acaba de anunciar estratégia para usar modelos híbridos a etanol até 2030, o que pode acelerar toda a cadeia local.
Para isso, a Stellantis vai investir 30 bilhões de euros até 2025 em eletrificação e desenvolvimento de softwares e soluções. O valor é equivalente a R$ 167,5 bilhões na conversão direta. Entretanto, ele inclui todos os mercados no mundo e não apenas o Brasil. Assim, mostra o custo da corrida pela eletrificação dos carros em nível global nas montadoras.
De acordo com o presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, a meta de eletrificação para o país será de 20% da linha de produtos até 2030. Em outras palavras, a montadora que reúne Citroën, Fiat, Jeep, Peugeot, RAM, entre outras marcas, prevê que uma a cada cinco vendas será de um carro com algum tipo de eletrificação. A meta é zerar as emissões até 2050.
Lançamento do primeiro carro híbrido nacional
Ainda não houve um anúncio específico de novos modelos nacionais das marcas da Stellantis. Mas a montadora garantiu que haverá foco no lançamento de um novo conjunto mecânico eletrificado com base na plataforma GSE, que é global e “nasceu preparada para a hibridação”, de acordo com os executivos da empresa.
Assim, os novos modelos serão Mild Hybrid (MHEV), ou seja, híbridos leves com sistema de 48V combinado ao motor a combustão. Haverá também o Full Hybrid (HEV), como no Toyota Corolla sedã, que une bateria e motores elétrico e a combustão. Mas o sistema Plug-In Hybrid (PHEV) será o principal foco da Stellantis. Por fim, a montadora vê os veículos elétricos a bateria (BEV) com menor volume e foco no segmento premium.
Em todos os cenários, a base é o uso do etanol como fonte de energia. Ou seja, o motor a combustão será a etanol (o que pode dispensar o sistema flex no futuro), ao passo que existe também um plano de produzir células de combustível a etanol para abastecer os carros elétricos a hidrogênio. Esse, porém, é um cenário bem mais futurista.
Rota de eletrificação
A Stellantis planeja eletrificar até 50% dos produtos à venda nos Estados Unidos, por exemplo, dentro do mesmo prazo que projeta ter 20% de eletrificação no Brasil. Entretanto, o diferencial do plano da empresa está na grande localização de tecnologias. Ou seja, cada mercado vai poder aplicar soluções e tecnologias locais, que são mais baratas que soluções importadas, para alcançar a meta de eletrificação e de corte nas emissões de carbono.
Assim, o Brasil, que é o maior mercado da América do Sul, vai desenvolver o Projeto Bio-Electro com veículos híbridos que usam bateria aliada ao motor a combustão alimentado com etanol, uma opção que dispensa o atual motor flex. “Acreditarmos que a melhor solução para o Brasil é o uso do etanol, que já está consolidado no país. Assim, para nós (Stellantis), será crucial associar o etanol com a eletrificação”, sintetiza o CEO da Stellantis, Antonio Filosa.
Segundo o executivo, o plano da Stellantis é totalmente viável, uma vez que a empresa já tem a maior oferta de modelos elétricos no país atualmente. São sete veículos a baterias: Fiat 500e, Peugeot e-208 GT, Peugeot e-2008, Jeep Compass 4xe, Fiat e-Scudo, Citroën E-Jumpy e Peugeot e-Expert. Portanto, a montadora quer ampliar essa oferta nos próximos anos, mas com um custo menor e a produção local de novas tecnologias.
Plano de eletrificação
De acordo com Filosa, a ideia central do plano Bio-Electro está na descentralização da cadeia produtiva. Isso significa deixar de depender de tecnologia europeia, bem como ampliar a cadeia produtiva no Brasil e na Argentina. Atualmente, a Stellantis tem fábricas em Betim (MG), Goiana (PE) e Porto Real (RJ). Há também unidades da Fiat e PSA na Argentina, que segundo Filosa, serão ampliadas e modernizadas.
Mas a principal ideia é ampliar o parque produtivo no Brasil, não necessariamente com novas fábricas completas, mas com cadeias de produção de componentes em diferentes praças. “Descentralização é bom para Stellantis porque se concentramos o PIB em poucas regiões, não temos uma ampliação de consumo. Ao passo em que é comprovado que, onde levamos nossas fábricas, ampliamos as condições não só econômicas, mas sociais. É um cálculo econômico muito forte”, explica Filosa.
Pelas contas da empresa, o total de profissionais de criação de produtos engloba 1,5 mil engenheiros e 300 designers automotivos entre Betim, Goiana e Argentina. Para o presidente da Stellantis, esse potencial humano será usado para “localizar qualquer tecnologia que o mercado nos chame a desenvolver”.
Como foi a definição do plano
Segundo a Stellantis, testes dinâmicos com veículo abastecido por quatro fontes diferentes de energia demonstraram que a matriz brasileira de biocombustíveis é a mais sustentável dentre as alternativas globais. Neste teste, com metodologia da Bosch, um veículo rodou 240,49 km sob as mesmas condições com quatro tipos de combustível.
Assim, de acordo com a empresa, com a gasolina tipo C (E27, usada no Brasil, com mistura de até 27% de etanol), o nível de emissões foi de 60,64 kg de CO2 equivalente. Já o sistema 100% elétrico com energia da Europa gerou 30,41 kg de CO2eq. Por sua vez, com sistema movido 100% a etanol (E100), as emissões ficaram em 25,79 kg de CO2eq. Por fim, sistema 100% elétrico com o combustível vegetal feito da cana-de-açúcar rendeu 21,45% kg de CO2eq. Assim, o etanol apresenta redução de mais de 60% de emissão de poluentes na comparação com gasolina.
O cálculo considera desde a origem do combustível e não apenas a medição feita no escape do automóvel, ou seja, é o processo chamado “do poço à roda”. Segundo Antonio Filosa, 30% do parque automotivo nacional roda com etanol diariamente. Assim, há um potencial de ampliação.
Carro híbrido virá mesmo sem ajuda do governo
Segundo o chefe da Stellantis, a montadora vai executar o plano mesmo sem uma definição de metas e incentivos do governo brasileiro. É um cenário diferente do que acontece em diversos países Europeus, nos Estados Unidos, na China e na Índia, onde as metas de descarbonização são públicas e cada vez mais rígidas. Entretanto, o mercado brasileiro representa um volume expressivo para a empresa. E investir aqui será decisivo diante da concorrência.
“Ter uma escala garantida com nossa atual participação de mercado permite discutir e viabilizar investimentos com acionistas. E convencê-los de que vale investir no Brasil, porque temos força para garantir isso no período de 20 a 30 anos”, afirma Filosa.
Ainda segundo o presidente da montadora, essa rota definida para o Brasil é a mais rápida e barata, por causa do amplo desenvolvimento local do etanol como combustível, já considerando o chamado “etanol 2.0”, que tem menos água em sua formulação e é mais energético. Além disso, há o ganho em escala, uma vez que, com o parque de fornecedores locais, os custos são menores e os lucros maiores, o que vai pavimentar essa transição para os híbridos no país.
Eugênio Augusto Brito
Nebras e Diamante anunciam joint venture para UTEs em SC
Dentre os objetivos da JV está a construção de UTE de 600 MW em Garuva
Nebras Power, subsidiária para investimentos da Qatar Electricity & Water Company, a Diamante Geração de Energia anunciaram a formação de uma joint venture no Brasil. O objetivo da associação é investir na construção de térmicas a gás, como a UTE Norte Catarinense (600 MW), em Garuva, além de uma nova unidade geradora de 440 MW no complexo de Jorge Lacerda.
A JV também quer desenvolver e implantar um portfólio de até 9 GW em outras partes do Brasil, que é considerado um mercado chave. Para Pedro Litsek, CEO da Diamante, os projetos da Joint Venture são importantes para o equilíbrio do Sistema Interligado Nacional e para o desenvolvimento econômico de Santa Catarina, pela geração de empregos diretos e indiretos. Fonte: Canal Energia
Ministro anuncia mudança na política de preços da Petrobras e prevê redução de até R$ 0,25 no diesel
Alexandre Silveira fez declaração em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (5). Segundo ministro, implementação da medida começará após reunião do conselho da empresa, no fim deste mês.
Valdo Cruz, Camila Bomfim e Pedro Alves Neto
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou nesta quarta-feira (5) que haverá mudança na política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras, com a adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior. A declaração foi dada em entrevista ao programa Conexão GloboNews.
Silveira classificou a atual política, que se baseia nas movimentações internacionais, de "verdadeiro absurdo". Durante a entrevista, ele afirmou que a medida deve provocar redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.
"O tal PPI [Preço por Paridade de Importação] é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno", disse.
Segundo o ministro, a Petrobras já possui orientação para alterar as diretrizes. A previsão é que as mudanças comecem a ser aplicadas após a próxima assembleia geral da estatal, marcada para o fim deste mês.
"A partir daí, o equilíbrio entre o conselho e a diretoria vai visar buscar a implementação dessa nova política de preço", afirmou Silveira.
Ainda de acordo com Silveira, a empresa vai voltar a ter função de amortecimento para diminuir o impacto de crises internacionais no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras.
"A Petrobras vai continuar sendo respeitada na sua governança, vai continuar sendo respeitada na sua natureza jurídica. Mas nós vamos exigir da Petrobras, como controladores da Petrobras, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está nas Lei das Estatais e na Constituição Federal, sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis", disse.
"Isso vai resolver o problema definitivo quando a gente tiver uma crise internacional? Não. Não vamos iludir ninguém, nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobras tem sim muito para poder contribuir com a questão social brasileira", continuou.
Ao assumir o ministério, em janeiro, o ministro já havia indicado interesse em mudanças nas diretrizes. Em discurso, ele disse que é preciso preservar o consumidor da volatilidade do preço no mercado internacional.
"Precisamos implementar desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade do preço dos combustíveis", afirmou.
Já em fevereiro, Silveira disse que a discussão sobre a política de preços da Petrobras se aprofundaria no governo federal. À ocasião, afirmou que a pauta era muito "sensível" e precisava ser tratada com "cautela".
Política de preços
A atual política de preços da Petrobras foi adotada em 2016, pelo governo do ex-presidente Michel Temer. Ela está submetida ao critério de paridade internacional, que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.
Na prática, ela estabelece que, se o preço do petróleo subir no mercado internacional, a alta deve ser repassada para os preços dos combustíveis nas refinarias da estatal no Brasil.
Esse mecanismo tem o objetivo de evitar que o preço no país fique defasado em relação ao resto do mundo, o que poderia, no limite, desestimular a importação de combustível e levar ao desabastecimento.
Polêmicas
Desde que foram adotadas, as atuais diretrizes para definição de preços nas refinarias são alvo de polêmica. No governo de Jair Bolsonaro (PL), três presidentes da Petrobras foram derrubados do cargo por conta da política de preços.
À época, insatisfeito com os constantes reajustes nos preços dos combustíveis e de olho na campanha à reeleição, Bolsonaro chegou a chamar de "estupro" o lucro recorde da estatal no primeiro trimestre do ano passado.
A atual gestão também é crítica da política de preços da estatal. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já afirmou que as diretrizes precisam ser definida pelo governo, e não pela compahia.
No mês passado, Prates afirmou que a empresa pode usar outros parâmetros para determinar preços, que não o da Paridade de Preços de Importação (PPI).
Segundo Prates, a Petrobras vai "praticar preços competitivos como ela achar melhor". "O PPI é uma referência e, se julgar necessário, terá mais de uma referência para ter o melhor preço para o consumidor", disse. Fonte: G1
IBP quer arcabouço regulatório de eólicas offshore para atrair investidores
Segundo o Instituto, a eólica offshore terá importante papel no processo da transição energética em curso.
O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) disse que é preciso reforça a necessidade da criação de um arcabouço regulatório no segmento de eólicas offshore que possibilite o país avançar nesta área. Atualmente, no Congresso, existem discussões para a construção de uma regulamentação da atividade, como o Projeto de Lei 576 de 2021, em tramitação na Câmara dos Deputados.
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"É importante ressaltar que o Projeto de Lei não configura nenhuma reserva de mercado. É preciso que o debate sobre o arcabouço regulatório seja levado adiante para que o país não perca as janelas de oportunidades para ampliar o desenvolvimento e a diversidade de fontes de energias renováveis mais limpas", explicou o IBP.
Segundo o Instituto, a eólica offshore terá importante papel no processo da transição energética em curso, além de trazer benefícios sócioeconômicos como atração de mais investimentos, geração de receitas e de novos postos de trabalho.
"Para que o Brasil se consolide como um dos líderes globais em geração de energia com base nas eólicas offshore é fundamental que tenhamos um ambiente de negócios atrativo, com regras claras, segurança jurídica e regulatória, que proporcione competitividade entre os agentes", concluiu o IBP. Fonte: Monitor de Mercado
O que é a Opep e como corte na produção do petróleo pode afetar seu bolso
Em um movimento surpreendente, os grandes exportadores de petróleo do mundo estão cortando a oferta em um milhão de barris por dia.
TOPO
Por BBC
Alguns dos maiores países exportadores de petróleo do mundo informaram que irão reduzir seus níveis de produção, o que causou um salto nos preços do óleo nesta segunda-feira (3/4).
Arábia Saudita, Iraque e vários outros países do Golfo estão cortando juntos a oferta em 1 milhão de barris de petróleo por dia e a Rússia, seu colega no grupo Opep+, estenderá seu corte de meio milhão de barris por dia até o final do ano.
A medida foi criticada pela Casa Branca.
O que é a Opep+?
A Opep+ é um grupo de 23 países produtores e exportadores de petróleo que se reúne regularmente para decidir quanto petróleo bruto vender no mercado mundial.
No centro desse grupo estão os 13 membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que são principalmente países do Oriente Médio e da África.
A Opep foi formada em 1960 como um cartel, com o objetivo de controlar a oferta mundial de petróleo e seu preço.
Hoje, as nações da Opep produzem cerca de 30% do petróleo bruto do mundo.
A Arábia Saudita é o maior produtor individual de petróleo da Opep, produzindo mais de 10 milhões de barris por dia.
Em 2016, quando os preços do petróleo estavam particularmente baixos, a Opep juntou forças com 10 outros produtores de petróleo para criar a Opep+.
Esses novos membros incluíam a Rússia, que também produz mais de 10 milhões de barris por dia. Juntas, essas nações produzem cerca de 40% de todo o petróleo bruto do mundo.
"A Opep+ adapta a oferta e a demanda para equilibrar o mercado", diz Kate Dourian, do Energy Institute. "Eles mantêm os preços altos reduzindo a oferta quando a demanda por petróleo cai."
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A organização também pode baixar os preços colocando mais petróleo no mercado.
Por que a Opep+ está cortando a produção de petróleo?
O corte mais recente, de 1,66 milhão de barris por dia, segue-se a um corte de 2 milhões de barris por dia em outubro de 2022.
O anúncio levou a uma alta de mais de 6% nos preços do petróleo nesta segunda-feira.
"Foi uma surpresa completa", disse Dourian, "porque a Arábia Saudita disse recentemente que suas cotas de produção permaneceriam em vigor pelo resto do ano".
"Pode ser um movimento preventivo da Opep+, porque avaliam que a demanda mundial por petróleo não será tão robusta quanto se previa anteriormente."
Em 2020, o grupo cortou a produção em mais de 9 milhões de barris por dia em resposta à pandemia. À medida que os países entraram em confinamento, o preço do petróleo bruto caiu devido à falta de compradores.
Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os preços subiram para mais de US$ 130 o barril, mas em março deste ano caíram para o menor nível em 15 meses, para pouco mais de US$ 70 por barril.
Os EUA classificaram a ação da Opep+ como "desaconselhável".
Como isso pode afetar os preços dos combustíveis no Brasil?
A alta de preços do petróleo coloca pressão nos preços dos combustíveis e na inflação em todo o mundo.
No Brasil, o preço do barril é um dos fatores que a Petrobras leva em conta ao reajustar os preços da gasolina, diesel, gás natural e gás de cozinha (GLP).
No entanto, ainda é cedo para dizer quais os efeitos para os preços dos combustíveis por aqui.
Primeiro, será necessário aguardar para avaliar se essa trata apenas de uma volatilidade momentânea de preços ou se o novo patamar veio para ficar.
Isso porque a atividade mundial está em desaceleração, em meio a alta de juros nos EUA e Europa. Assim, um enfraquecimento na demanda pode tirar pressão sobre os preços do óleo mais à frente.
Além disso, os preços no mercado interno dependem ainda de outros fatores, como a cotação do dólar, a política de preços da Petrobras — que ainda não está clara com a mudança de governo — e o nível de impostos.
No entanto, a alta do petróleo deve reduzir o espaço para a Petrobras realizar novos cortes nos preços dos combustíveis nas próximas semanas.
O que está acontecendo com o petróleo russo?
Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia, os países da União Europeia pararam de importar todo o petróleo russo transportado por mar e países como os EUA e o Reino Unido pararam de comprá-lo completamente.
A Rússia agora está exportando mais petróleo para a Índia e China, que não aderiram às sanções ocidentais contra Moscou.
No entanto, o grupo de nações do G7 (grupo formado por EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) está mantendo baixas as receitas do petróleo da Rússia, impondo um teto de preço de US$ 60 por barril para o petróleo que exporta.
Preço do petróleo sobe mais de 6% na semana, após corte de produção da Opep+
Contratos do tipo Brent - preço de referência global, utilizado na política de preços da Petrobras - para junho fecharam cotados a US$ 85,12, o barril
Por Valor — São Paulo
Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quinta-feira em alta e terminaram a semana com ganhos expressivos, na esteira do corte na produção de óleo bruto anunciado no domingo passado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pela Rússia.
Ao longo de toda a sessão, os preços da commodity anotaram ligeira queda, na esteira de indicadores que têm apontado para uma fraqueza da economia dos Estados Unidos. Na reta final da sessão, porém, o petróleo voltou a mostrar fôlego, na medida em que os agentes começam a olhar mais atentamente o lado da oferta.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em maio fechou em alta de 0,11%, a US$ 80,70 por barril.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent - preço de referência global, utilizado na política de preços da Petrobras - para junho subiu 0,15%, para US$ 85,12.
Na semana, o WTI anotou alta de 6,65% e o Brent ganhou 6,55%.
“Os números econômicos fracos continuam a aparecer, apontando para uma desaceleração da economia dos EUA”, aponta a equipe de energia da StoneX baseada em Kansas City. Para eles, isso sugere um declínio na demanda por energia à frente.
O número de americanos que solicitaram seguro-desemprego supera 200 mil por nove semanas consecutivas, o que começa a elevar o sinal de alerta entre os investidores quanto à possibilidade de uma desaceleração mais intensa da atividade.
Mesmo assim, os preço dos petróleo têm mantido a forte alta vista no começo da semana, depois que a Arábia Saudita e outros membros da Opep e de aliados do cartel anunciaram reduções na produção de petróleo no domingo passado, o que geraria um corte de 1,15 milhão de barris por dia na oferta a partir de maio. Além disso, a Rússia também anunciou que estenderá um corte de 500 mil barris por dia na produção de petróleo até o fim do ano.
“O aumento [no petróleo] foi um sinal de que a Arábia Saudita se sente muito confiante de que pode aumentar o preço, apesar de alguma preocupação com a economia global, sem quaisquer efeitos nocivos”, afirma Phil Flynn, analista sênior de mercados da The Price Futures Group.
Nesse sentido, cabe apontar que diversos bancos em Wall Street aumentaram as projeções para o preço do petróleo nos próximos trimestres, embora analistas alertem que os cortes na produção também podem sinalizar preocupações sobre a demanda pela commodity, em um momento de juros mais altos no mundo.
Credit Suisse vê petróleo pressionado e ajusta preços-alvos de Petrobras e Prio
Banco manteve a previsão de US$ 83 o barril no fim do ano. Veja recomendação para as ações
Por Felipe Laurence, Valor Investe — São Paulo
O Credit Suisse cortou o preço-alvo dos recibos de ação (ADRs) da Petrobras negociados na Bolsa de Nova York (Nyse) de US$ 16 para US$ 15, potencial de alta de 38% sobre o fechamento de ontem, reiterando recomendação neutra.
O banco também elevou o preço-alvo de Prio de R$ 42 para R$ 50, potencial de alta de 49,2%, reiterando recomendação de compra, apontando uma exposição maior ao preço do petróleo internacional e melhor alavancagem operacional.
Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que os preços do petróleo devem ficar pressionados no curto prazo, reduzindo estimativas no segundo trimestre de US$ 85 para US$ 80 o barril e mantendo previsão de US$ 83 o barril no fim do ano.
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“Ao nosso ver, o estresse financeiro, a restrição de crédito e a possibilidade de a China crescer abaixo das expectativas causaram desconforto o suficiente para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortar produção”, comentam.
No Brasil, eles mantêm cautela com Petrobras por conta do noticiário político, mesmo com a perspectiva de manutenção de uma geração de fluxo de caixa livre substancial no curto prazo.
Já a Prio tem boas perspectivas de crescimento, praticamente dobrando a sua produção até 2024, e pode acelerar geração de caixa após o fim dos pagamentos relativos à aquisição de Albacora Leste.
Por volta das 12h, as ações ganhavam 2,90%, acompanhando as concorrentes.
Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360
Notícias Internacionais – International News
Construction of Brazil-bound FPSO kicks off at Chinese shipyard
Chinese shipbuilder COSCO Shipping Offshore Engineering has held a groundbreaking ceremony in Qidong for the construction of a floating, production, storage and offloading (FPSO) vessel, which is destined to work for Petrobras in the Santos Basin pre-salt area offshore Brazil.
The Chinese company says that it held the groundbreaking ceremony for the P-82 FPSO, which it describes as “the world’s largest FPSO project.” According to the firm, the ceremony was attended by relevant heads and project team members of Singapore’s Sembcorp Marine, ABS Classification Society, COSCO Shipping Heavy Industries Operation Center, and Qidong COSCO Shipping Offshore.
Furthermore, COSCO Shipping Offshore explains that the P-82 FPSO has a total length of 360 meters, a beam of 60 meters, a depth of 34.3 meters, and a total weight of more than 8,160 tons of hull steel structure, making it the largest FPSO project to date.
While elaborating that this is the first project under a new model between BPA, Sembcorp Marine and COSCO Shipping Offshore in Qidong, the firm highlights that the FPSO has a designed storage capacity of 22.5 million barrels and will connect 7 wells equipped with CO2 capture and geological storage (CCUS) technology using divergent mooring.
However, when Petrobras signed a contract with Sembcorp Marine Rigs & Floaters for the construction of the P-82 FPSO for operations on the Búzios field, the Brazillian giant said the FPSO would have the capacity to produce up to 225,000 barrels of oil per day, process up to 12 million m³of gas per day, and store more than 1.6 million barrels.
At the time, Petrobras also underlined that the FPSO would incorporate the so-called closed flare technology, which increases gas utilisation and prevents it from being burned into the atmosphere. In addition, the project foresees the interconnection of 16 wells, 9 of which are producers and 7 injectors.
The P-82 FPSO is scheduled to start operating in 2026 and will be the tenth platform to be installed in the Búzios field, where Petrobras is the operator, with a 92.6 per cent stake in the field, having CNOOC and CNODC as partners, with 3.7 per cent each.
Regarding other FPSO units destined to work at the Búzios field, SBM Offshore recently completed the project financing of the FPSO Almirante Tamandaré for a total of $1.63 billion, secured by a consortium of 13 international banks.
This FPSO will also have a processing capacity of 225,000 barrels of oil and 12 million m3 of gas per day.
With more natural gas on the agenda, Petrobras sets the wheels into motion to charter two FPSOs
Brazilian state-owned oil and gas giant Petrobras has kicked off the contracting process for the chartering of two floating, production, storage and offloading (FPSO) vessels, which will be deployed at deepwater assets located in the Sergipe-Alagoas Basin off Brazil to increase the country’s supply of natural gas.
These two FPSOs for the Sergipe Deepwater Project (SEAP), in the Sergipe-Alagoas Basin, about 100 km off the coast, will be strategic to expand the availability of national gas, besides opening a new production frontier in the Northeast region, according to Petrobras.
The company explains that each platform – SEAP I and SEAP II – will have the capacity to process up to 120,000 barrels of oil per day (bpd). As the oil in the region is light – considered to be of good quality – between 38 and 41 degrees API, Petrobras highlights that it is of higher commercial value. The two FPSO units will have the potential to offer up to 18 million cubic meters of gas per day.
Jean Paul Prates, CEO of Petrobras, remarked: “The Sergipe Águas Profundas project stands out for its expressive reserves, with potential to boost the supply of natural gas in the country and reduce our dependence on imports of this input.
“Another advantage is that gas is the crucial fuel for energy transition. Not only for its versatility of application – as an energy source for the most diverse industries – and predictability of delivery, but mainly for its efficiency in emissions.”
Furthermore, Petrobras believes that the project opens a new horizon for investments with a substantial volume of gas, bringing a series of opportunities for the sector and for the states of Sergipe and Alagoas. In addition, it is expected to enable “a new technological milestone” in the country, which is the implementation of a production project at water depths above 2,500 meters – reaching up to 3,000 meters – incorporating innovations, outlines the Brazilian player.
Based on the firm’s statement, the two FPSOs will be chartered units and, in their technical specifications, the company used advanced solutions, such as improvements in the treatment and injection system for the water produced in the reservoir, and new technologies with greater efficiency in reducing greenhouse gas emissions.
Back in May 2018, Petrobras disclosed its plans to farm out parts of its ownership in four concessions – BM-Seal-4, BM-Seal-11, BM-Seal-4A and BM-SEAL-10 – located in deep water in the Sergipe-Alagoas Basin, across an exploration area of 44,370 square kilometres.
Come May 2022, the Brazilian firm revealed its intention to end the divestment process for a partial sale of assets located in the Sergipe-Alagoas Basin, effectively retaining its stake in these concessions. Petrobras expected a declaration of commerciality to be submitted to the Brazilian authorities in the second semester of 2020 for these concessions.
However, this was done in January 2022 when the oil and gas giant outlined its plans to develop seven deepwater fields in the Sergipe-Alagoas Basin – Agulhinha, Agulhinha Oeste, Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Cavala, and Palombeta – with FPSO-type units, called Sergipe Deepwater I and II.
Moreover, the SEAP I project covers the fields of Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala, and Palombeta, located in the BM-SEAL-10 and BM-SEAL-11 concessions. Petrobras is the operator of the BM-SEAL-11 concessions with 60 per cent stakes – in partnership with IBV Brasil Petróleo (40 per cent) – and BM-SEAL-10, where it holds 100 per cent stakes.
On the other hand, the SEAP II project covers reservoirs belonging to the Budião, Budião Noroeste, and Budião Sudeste fields, located in the BM-SEAL-4, BM-SEAL-4A, and BM-SEAL-10 concessions, respectively. Petrobras is the operator of concessions BM-SEAL-4 with 75 per cent stakes – in partnership with ONGC Campos Limitada (25 per cent) – and BM-SEAL-4A and BM-SEAL-10, where it holds 100 per cent stakes.
Regarding Petrobras’ recent activities, it is worth noting that the Brazilian giant joined forces with Shell, thanks to a long-term deal inked between the two companies, as they embark on a quest to unlock new upstream and energy transition opportunities.
Sembcorp Marine to rebrand as Seatrium
Singapore-based shipbuilder Sembcorp Marine is proposing to change its name to Seatrium Limited.
The move follows the completion of the combination of the businesses of Sembcorp Marine Ltd and Keppel Offshore & Marine Ltd on 28 February 2023.
Following the completion of the proposed combination of Sembcorp Marine and the restructured Keppel O&M, Keppel O&M is now a wholly-owned subsidiary of Sembcorp Marine.
The proposed change of name is subject to shareholders’ approval and is expected to be finalized in the second half of 2023. However, the rebranding exercise will begin immediately after the completion of the merger.
The company said that Seatrium is a combination of two words – “sea” and “atrium”. It is a reflection of the business and its aspiration to be a premier global player providing innovative engineering solutions for the offshore, marine and energy industries.
“The enlarged entity will unite world-class talent and engineering capabilities to create transformative and sustainable offshore and energy solutions,” the company said.
Sembcorp Marine’s business is supported by four commercial units: Rigs & Floaters; Repairs & Upgrades; Offshore Platforms; and Specialised Shipbuilding.
At the beginning of this year, Sembcorp Marine named the first of a series of LNG hybrid tugs specially designed for domestic service in Singapore.
Sembcorp Marine plans to build a fleet of tugs to progressively replace the existing diesel-powered fleet operated by its subsidiary Jurong Marine Services (JMS) and a licensed operator of the Maritime and Port Authority of Singapore. The company commissioned the design and construction of the world’s first LNG hybrid tug in 2018.
Despite potential for more, Enauta keeps production at lower level from new well
Brazilian oil and gas player Enauta has concluded the production ramp-up of the first well in its three-well drilling campaign at a field offshore Brazil.
Enauta disclosed on Friday, 31 March 2023, that it had wrapped up the production ramp-up phase for the new well, 7-ATL-5H-RJS (5H), at the Atlanta field, which was connected to the FPSO Petrojarl I. As the well was completed on time, the costs determined so far are in line with the approved amounts, says the Brazilian player.
Even though the 5H well has demonstrated a higher potential, Enauta decided to keep its production stabilized at around 15 thousand barrels per day (bbl/d) for a longer period until it starts its natural downward curve, to preserve equipment, which will be replaced with the start of to the Full Development System (FDS), estimated by mid-2024.
At that point, the FPSO Petrojarl I will be replaced by a vessel named FPSO Atlanta – currently being converted at Dubai Drydocks World – which will be deployed at the Atlanta field and operated under ABS Class, following conversion.
Currently, the daily production at the Atlanta field is approximately 22.0 thousand bbl/d. Located in block BS-4 in the Santos Basin, at a 1,500-metre water depth, the Atlanta field is operated by Enauta Energia, a wholly-owned subsidiary of the company, which also has a 100 per cent interest in this asset. The field’s reserves are estimated at 106 MMbbl.
With inspection and maintenance underway, Brazilian FPSO expected back online in mid-April
Australia’s oil and gas company Karoon Energy has stopped production from assets connected to a floating, production, storage, and offloading (FPSO) vessel after running into an issue and the FPSO is currently undergoing inspection and maintenance work, which is slated to end next week.
Faculdade de Economia Agostinho Neto
1 aTécnico Mecânico e Manutenção Industrial offshor