CNV: Dá para ser direto sem ser julgado?

Finalizado o curso de Comunicação Não Violenta (CNV), confesso que tenho cá minhas dúvidas. A ideia de priorizar o outro, ser cuidadoso com as palavras e tentar adivinhar sentimentos parece ótima na teoria. Mas... e você precisa de espaço? Quem acolhe as necessidades nesse processo?

Porque, sejamos honestos: se eu disser que não estou no clima, serei facilmente taxada como "grossa". Se sou direta, sou "insensível". A Comunicação Não Violenta, do jeito que está sendo apresentada, às vezes soa mais como uma idealização do que uma prática real. Não é que eu ache que não seja importante ser cuidadoso nas palavras, mas o que acontece quando sou eu quem precisa de espaço?

Recentemente, me deparei com um exemplo que me fez refletir ainda mais: será que a CNV, quando levada ao extremo, transforma nossa comunicação ou apenas cria uma fachada de harmonia, onde os conflitos nunca são realmente resolvidos??

Minha reflexão final: será que precisamos "embalar" tanto as conversas para sermos respeitados? Ou talvez a sinceridade direta e simples também seja uma forma válida – e poderosa – de conexão? Seria possível que a CNV, ao invés de apenas focar na delicadeza das palavras, também abraçasse a autenticidade como um caminho legítimo? Afinal, honestidade não precisa ser sinônimo de grosseria.

Comunicação Não-Violenta, no fim das contas, não deveria ser sobre evitar conflitos a qualquer custo, mas sim sobre estabelecer diálogos reais que respeitem tanto os meus limites quanto os do outro, criando pontes de entendimento mútuo. Será que uma abordagem mais direta não seria igualmente eficaz, desde que usada com respeito?

Deixa sua opinião: 🗣️

• Você acha que ser direto(a) é incompatível com a Comunicação Não Violenta? Ou acredita que a honestidade, quando bem direcionada, pode fortalecer as relações?
• Já passou por situações em que ser honesto(a) te trouxe julgamentos desnecessários? Como lidou com isso?

Vamos conversar. (De forma direta, por favor! 😅)