Coisas Estranhas
Coluna publicada no Jornal Destak, 01/Agosto/2019
Ontem finalizei a maratona da última temporada de Stranger Things. Para quem não conhece, é um seriado que passa em uma plataforma de streaming. Ela conta a história de Eleven, Mike, Dustin, Lucas e Will, crianças que cresceram na década de 80, em Indiana, nos Estados Unidos.
Parte do grande sucesso de Stranger Things, são as inúmeras referências à cultura Pop do cinema da época, além da literatura, moda, videogames e cotidiano. A coisa mais comum no seriado, por exemplo, são as roupas típicas que usávamos naquela época. Eu me identifico muito com o boné “caminhoneiro”, shorts e moletom! Hoje, não acho que eram bonitas, mas eram a moda da época, e fazem sucesso atualmente.
Outras razões para o sucesso de coisas estranhas, são literalmente as coisas estranhas que acontecem! Os irmãos Duffer, criadores da série, são fãs de Stephen Spielberg, Stephen King e John Carpenter. Jogando os três citados em um liquidificador, o resultado não poderia ser diferente do que monstros, suspense, crianças salvando o mundo, um típico herói americano brutamontes, organizações secretas governamentais, Russos, outras dimensões, tecnologia avançada e super poderes.
Eleven (Onze), uma das protagonistas da série, é dotada de super-poderes. Pode-se dizer que ela é uma mistura de Jean Grey, de X-Men, com Akira, pois tem poderes de telecinese e um tipo de telepatia. A sua história lembra também a de Logan, por seu passado incerto, onde acreditamos que ela tenha sido criada em laboratório.
Quero lembrar, por exemplo, que Spielberg nos deu um ET bonachão, bonzinho, com o poder de voar. Stephen King nos deu muito suspense, um palhaço macabro, um louco vivido por Jack Nicholson, em O Iluminado, doenças “voando” boca afora do infectado (À Espera de um Milagre), Carrie e muito mais. Carpenter nos deu a fuga mais famosa do cinema, a de Los Angeles, com Kurt Russell, além dos filmes A Coisa, e Starman. Isso tudo é muita coisa estranha junta.
Novamente, quero parafrasear Doc Brown, “Pra onde vamos, não precisamos de estradas”. Provavelmente, o filme campeão de easter eggs no seriado é De Volta para o Futuro. As diversas cenas de Lucas bebendo seu refrigerante, claramente remetem à Marty Mcfly. A mãe de Will, interpretada por Winona Ryder, também lembra um pouco a Lorraine, interpretada por Lea Thompson, em De Volta para o Futuro.
Ponto curioso: nessa temporada, não temos um cientista maluco em específico, mas temos uma organização russa cheia deles. E um dos meninos, o qual não revelarei, começa a se mostrar o intelectual da turma, e obviamente, é o que enfrentará os russos. Para um cientista comunicador como eu, fico feliz em ver inserções no roteiro, como a Constante de Planck. Erraram o número, mas tudo bem, acho que esqueceram que a série se passa em 1985.
Community Manager / Video Gaming PR / Consultant for Brazil and LATAM
5 aParabéns Gui