COLUNA-Com reforma ministerial, Dilma busca virada tentando o impossível

 

SÃO PAULO (Reuters) - A se confirmarem as últimas notícias, a presidente Dilma Rousseff parece estar tentando o impossível com a reforma administrativa e ministerial: cortar ministérios, agradar todos os blocos do PMDB, dar poder prático ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficar bem, na medida do possível, com o PT e não arranhar demais os outros aliados.

Isso tudo tendo dois objetivos mais ou menos bem definidos: garantir apoio parlamentar necessário para evitar seu impeachment e votos para que as novas medidas do ajuste fiscal sejam aprovadas do jeito que precisam ser aprovadas.

Mas ao fim e ao cabo nada garante que os dois objetivos serão alcançados, ou mesmo um deles.

Manter ministros do PMDB ligados ao vice-presidente Michel Temer e os que representam os senadores do partido e ainda oferecer o "gordo" Ministério da Saúde para contemplar os deputados peemedebistas visa algo crucial para que Dilma consiga sobreviver na Presidência até 2018: impedir que os parlamentares do PMDB desembarquem no movimento pelo impeachment.

De quebra, o Palácio do Planalto espera mais apoio para aprovar medidas impopulares.

 

Do lado do PT, a presidente parece ter se rendido à dura realidade da política e também aos desejos de Lula. Embora o ministro Jaques Wagner não seja um pau-mandado do ex-presidente e tenha um bom relacionamento com Dilma, no tabuleiro atual ele será, ao assumir a Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante, mais um homem de confiança de Lula no Palácio de Planalto --o outro é o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

 

Com Wagner na Casa Civil, além de agradar Lula, Dilma tenta contentar outras lideranças petistas e aliadas que há tempos pediam a cabeça de Mercadante.

 

(Para ler o texto completo, clique em http://bit.ly/1FI5TtW)

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